«Não cometer erros»

Depois de ter perdido um dos dois encontros que realizou em casa, o Vitória de Guimarães vai ao recinto do Lusitânia sabendo que precisa de vencer pelo menos um dos dois jogos para poder aspirar a uma presença na final do playoff.

Atletas | Competições
7 MAI 2014

O experiente jogador analisa nesta entrevista o que correu mal naquela partida e diz do que deve ser feito pela equipa no sentido de ser bem sucedida nos Açores.

Depois do domínio que demostrado em casa pelo Vitória durante a fase regular, os vimaranenses, ao serem derrotados no jogo 2, perderam a vantagem casa. Algo que Paulo Cunha não estava certamente à espera, mas que o atleta encara de uma forma realista, já que era um cenário possível de poder vir a acontecer. “O Lusitânia é uma equipa forte e bem organizada, sabíamos que esta eliminatória ia ser equilibrada, a exemplo dos dois jogos da fase regular.” Depois de terem triunfado no jogo inaugural desta série, os vitorianos não foram capazes de aumentar a vantagem no dia seguinte. Para o capitão do Vitória, tal não se ficou a dever a qualquer tipo de facilitismo por parte da equipa. “Não acho que tenha havido nenhum tipo de relaxamento, simplesmente foi mais forte o Lusitânia no jogo 2.” Os comandados de Fernando Sá, especialmente durante a 1ª parte (54 pontos sofridos), não estiveram nada bem na defesa, facto que muito provavelmente lhes terá custado o empate na eliminatória. “Não conseguimos parar o jogo exterior do adversário, o que nos condicionou e marcou o resto do jogo.” Períodos houve do jogo em que a equipa vitoriana deu a sensação de ter perdido algum controlo emocionalmente, passando a jogar mais com o coração do que com a cabeça. Precipitou-se nas ações ofensivas, e a frustração atacante tinha reflexos na forma como a equipa se comportava no outro lado do campo. “Não é fácil correr sempre atrás do resultado e mais do que instabilidade emocional, o querer recuperar rápido a desvantagem não esteve a nosso favor.” Na opinião do experiente jogador, nada se alterou na forma como o Lusitânia se apresentou no jogo 2. Mais do que alterações táticas ou diferentes estratégias defensivas, a pontaria revelada pelos açorianos acabou por fazer a diferença. “Quer no jogo 1, quer no jogo 2, a equipa do Lusitânia foi sempre igual aos seus princípios e jogou sempre da mesma maneira, o que mudou foi a eficácia ofensiva.” A eliminatória continua em aberto, pelo que o jogo 3 poderá representar um papel importante no desfecho da série. Cunha recusa a obrigatoriedade de vencer o jogo 3 nos Açores, embora saiba o que é necessário para que qualquer uma das equipas chegue ao playoff decisivo. “É obrigatório vencer mais dois jogos nesta fase para seguir em frente e passar à final, esse é o nosso caminho e todas as pessoas que trabalham connosco o merecem.” Naturalmente que quando uma equipa perde é sinal que coisas existiram que não funcionaram bem durante o jogo. Depois da habitual análise do jogo de domingo, o Vitória tirou certamente ilações, e Paulo sabe bem que não se podem repetir as mesmas falhas sob pena de ficar pelo caminho. “Para chegar a final nenhum erro pode ser cometido, costuma-se dizer que ganha quem comete menos erros, logo quem não os cometer passa a final.”

Atletas | Competições
7 MAI 2014

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