«Não falhar nos pormenores»
O CAB Madeira está a poucas horas de disputar mais uma final que, segundo o poste da equipa Jorge Coelho, se irá decidir nos pormenores.
Atletas | Competições
4 OUT 2011
O experiente jogador da equipa madeirense acredita que o colectivo, o facto de a equipa ter mantido o núcleo duro de jogadores da época passada, a qualidade e competitividade dos treinos, bem como o troféu ser decidido num só jogo, são factores mais do que suficientes para o CAB contrariar o favoritismo dos dragões.
Mais um ponto alto em que o CAB vai estar presente. Na sua opinião, O CAB encurtou distâncias para as equipas mais fortes da Liga? Acho que, individualmente, as distâncias aumentaram, pois as equipas mais fortes dispõem de maiores orçamentos e isso permite-lhes outro tipo de soluções individuais. Em termos colectivos, penso que as distâncias se encurtaram, pois já temos um grupo que se conhece, o que faz com que sejamos mais fortes, faltando só adaptar os jogadores estrangeiros ao nosso estilo de jogo. Considera que estão ainda mais competitivos do que a época passada? Bem, isso só o tempo o dirá, e a forma como formos superando as adversidades que se vão colocando no nosso caminho. Penso que temos tudo o que precisamos para o fazer. Temos um grupo mais extenso este ano, o que faz com que os treinos até agora tenham sido muito competitivos. Mais uma vez, o facto de termos mantido um núcleo duro de jogadores de um ano para o outro vai ser um ponto a favor para que possamos ser, pelo menos, tão competitivos como na época passada. Que balanço faz do trabalho até agora realizado? Preparados para discutir a Supertaça? Até agora tem sido muito positivo, pois já tivemos um torneio aqui na Madeira, onde foi possível competir com equipas de bom calibre. Tivemos muita pena de não ter sido possível jogar o Troféu António Pratas, mas foi um reflexo do estado do país e das dificuldades que as equipas têm para poder subsistir. A direcção bem se esforçou mas não foi possível. Tivemos, e continuamos a ter, as condições necessárias para podermos discutir a Supertaça, bem como todos os jogos em que participarmos. No seu entender o FC Porto perdeu qualidade com as saídas de Terrel e Ogirri? O Terrel era um jogador com quem tive o prazer de jogar na mesma equipa e contra ele. Acho que foi um dos melhores postes que passou pelo nosso campeonato. E o Ogirri, pela época que fez, era uma mais-valia e um jogador muito bom. Mas penso que uma equipa como o FC Porto, tem soluções para as suas saídas e de certeza que os novos reforços vêm acrescentar muita qualidade. Acho por isso que não perderam qualidade nenhuma e, tal como nós, mantiveram um núcleo duro de jogadores, o que faz com que sejam tão ou mais fortes que no ano passado. Por isso, não vamos esperar facilidades nenhumas, vamos sim discutir a Taça com o objectivo de a vencer. Dos últimos confrontos com o FC Porto, onde acha que eles foram superiores? Nos pormenores. Tirando um jogo no playoff, em que a diferença foi grande, todos os outros foram decididos em pormenores que fizeram a diferença. Trabalhamos para melhorarmos as nossas lacunas e para não falharmos nos pormenores.Agrada-lhe partir da posição em que não é favorito? Não, não me agrada nada, pois significa que quando se ganha somos muito bons e quando se perde é normal. Independentemente do valor do FC Porto, a Supertaça é um só jogo e quem estiver melhor ganha. Vamos trabalhar e encarar o jogo para vencer.