«Não sair das nossas rotinas»

O duelo do BC Barcelos e o Vitória de Guimarães, nas meias-finais do playoff da Liga, não podia estar mais emocionante.

Atletas | Competições
15 MAI 2015

Os minhotos venceram um encontro dos dois disputados na Cidade Berço e agora, no fim de semana, vão tentar ganhar outros dois casa. Uma eliminatória a não perder…

 

O que marcou a diferença e ditou a derrota do Barcelos no prolongamento do segundo jogo do playoff com o Vitória?

 

O Vitória entrou melhor no prolongamento, estiveram bem a atacar e a defender. Nós estivemos pouco discernidos no ataque e acabámos por sair das nossas rotinas, o que numa altura de maior cansaço foi-nos fatal.

 

Olhando para o comportamento da equipa durante os dois jogos, acha que o Barcelos não esteve tão bem no 2º jogo? E em caso afirmativo, onde falharam?

 

Os dois jogos foram em tudo semelhantes. Nenhuma equipa teve um grande ascendente durante o jogo e ambos foram decididos nos segundos finais. No primeiro jogo, estivemos melhor nas últimas posses de bola e conseguimos uma pequena vantagem, tendo ainda o Vitória oportunidade de empatar com um lançamento no último segundo. No segundo, o Vitória esteve melhor nos últimos minutos, ainda conseguimos empatar e levar o jogo a prolongamento. Foram jogos decididos por pormenores.

 

O jogo exterior do Vitória, em particular Doug Wiggins, tem causado muitos problemas. Alguma novidade tática, ou tem mais a ver com o talento individual dos jogadores de Guimarães?

 

O Doug é um excelente jogador, que nos criou inúmeros problemas neste jogo. Tem um 1X1 muito forte e uma leitura do bloqueio direto muito boa. Sabe aproveitar bem os desequilíbrios que cria tanto para lançamentos dele como para assistir os companheiros de equipa. A qualidade dos lançadores do Vitória e do seu jogo interior faz com que os desequilíbrios provocados pelo Doug sejam sempre aproveitados com pontos ou lançamentos abertos.

 

No jogo 2, o maior problema foi o controlo da posse de bola ou a menor eficácia no lançamento de longa distância?

 

Penso que controlamos bem a posse de bola durante os dois jogos, apesar do elevado número de turnovers no 2º jogo.  Caso contrário, com uma equipa tão talentosa, os jogos teriam sido desequilibrados, o que não aconteceu. No 2º Jogo, a nossa percentagem de 3 pontos diminuiu mas a de 2 pontos aumentou por isso penso que não tenha sido por ai. Chegamos ao prolongamento com o jogo em aberto, não decidimos bem e ai esteve a chave do jogo.

 

Na sua opinião, os jogos vão continuar a ser equilibrados? A questão física poderá ser importante nos momentos da decisão?

 

A questão física é preponderante, estamos a jogar contra uma equipa mais alta, mais forte e com mais argumentos do ponto de vista físico. Logo em todos os duelos temos que nos aplicar a 100% e isso provoca uma maior fadiga. Com a lesão do Eduardo, os nossos postes ficaram sem rotação, e tanto eles, como os extremos que têm passado pela posição de poste, tiveram um desempenho espetacular neste fim de semana.

 

Consistência vai ser o fator mais importante para decidir o vencedor desta eliminatória?

 

A jogar contra um equipa com uma grande capacidade em fazer pontos é fulcral ser consistente. Em todos os duelos temos de estar concentrados a 100% e dar tudo para os conseguirmos equilibrar. Além do ataque, o Vitória é muito forte e pressionante a defender, por isso é importante não sairmos das nossas rotinas e aproveitarmos todas as vantagens que o jogo nos dá. Estamos conscientes que temos valor para discutir a eliminatória.

Atletas | Competições
15 MAI 2015

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