Negra para decidir finalista
Tudo igual na meia-final entre CAB e Académica de Coimbra, já que a vitória deste domingo, em Coimbra, dos madeirenses (89-83), fez regressar à Madeira a eliminatória, para um quinto e decisivo jogo.
Competições
12 MAI 2013
O fator casa não prevaleceu, pelo que os comandados de Norberto Alves, caso queiram marcar presença na final, têm de vencer no Funchal um conjunto que respondeu bem à pressão do momento, acabando por ser recompensada com a realização da negra em sua casa. Se é que isso é efetivamente uma vantagem… As duas equipas voltam a encontrar-se para a negra na próxima quarta-feira, pelas 20 horas, na Nazaré, Pavilhão do CAB Madeira.
As duas equipas acusaram algum nervosismo, próprio da importância do jogo, no entanto, na segunda parte do primeiro período o CAB foi mais atrevido e conseguiu construir uma ligeira vantagem no marcador. Isto deveu-se não só, aos tiros exteriores de Fábio Lima (10 pontos e 4 ressaltos) e Jorge Freitas (5 pontos), mas também devido à exploração do jogo interior, especialmente através de João Guerreiro, que contribuiu com pontos e ressaltos importantes. No final do primeiro período a vantagem era do CAB, por 17-21.No segundo quarto, os madeirenses entraram melhor e pareciam determinados, novamente com o tiro exterior a ser a sua principal arma ofensiva, com Jaime Silva a exibir os seus habituais predicados no regresso à competição. Nada que fizesse alterar a forma de jogar da Académica, que se manteve sempre por perto no resultado. Seriam inclusive os conimbricenses a tirar partido de alguns turnovers, a passar para a frente do marcador. Porém, triplos de Jason Smith e de Shawn Jackson (8 pontos), reequilibraram o marcador, no período mais produtivo da Académica (30 pontos), ainda que a primeira parte tenha terminado com a Académica na frente pela diferença mínima (47-46).O regresso dos balneários coincidiu com o melhor período dos visitantes, que mesmo cometendo alguns erros defensivos, tiravam partido da sua presença na luta das tabelas. Desta vez era a Académica a dar-se mal com o aumento da agressividade defensiva adversária, que, sem comprometer, via os visitantes fugir um pouco no marcador (70-65).No último período, a Académica entrou determinada a reduzir e ultrapassar a vantagem que o CAB construíra no período anterior, evitando, assim, a ‘negra’ na Madeira. Foi isso que sucedeu quando faltavam 5 minutos para acabar o jogo, altura em que Mário Fernandes (11 pontos, 4 ressaltos e 3 assistências), com um triplo empatou, o jogo (76 pontos). A partir daí o jogo, que já estava a ser intenso, tornou-se numa verdadeira partida de nervos. Nos últimos momentos prevaleceu a frieza do CAB e a sua capacidade de não se envolver nas emoções fortes que o jogo gerou. Um triplo de Jaime Silva (8 pontos, 2 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola) quando o resultado estava em 86-83 sentenciou o duelo a favor dos insulares. O norte-americano Jason Smith, MVP do encontro com 37 de valorização, ficou muito perto do duplo-duplo (27 pontos e 9 assistências), fez a diferença neste encontro, para além de ter revelado uma enorme eficácia num jogo desta importância para a equipa madeirense.Na Académica, Arnette Hallman (19 pontos, 12 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola) repetiu a boa exibição do dia anterior, o mesmo sucedeu com Fernando Sousa, que terminou o jogo com 16 pontos, 5 ressaltos, 4 roubos de bola e 3 assistências. Mas a tarde não foi de grande inspiração para os atiradores da Académica, se bem que tenha sido da linha de lance-livre que a Académica desperdiçou inúmeros pontos proibitivos em jogos desta importância (16/29 – 55%).