“Nunca será fácil vencer tantas vezes no mesmo ano”

A prestação do Porto na Festa do Basquetebol Juvenil saltou à vista de todos com um “tri” inédito.

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17 ABR 2017

Por isso mesmo, entrevistámos Paulo Neta, director-técnico da Associação portuense, que nos falou sobre o momento positivo por que passa a organização.

O Porto fez história nesta Festa do Basquetebol Juvenil, vencendo em três dos quatro títulos. Mesmo com o historial da Associação, esperava um êxito tão grande?

Apesar de conscientes do nosso potencial, não é, nem nunca será fácil vencer tantas vezes no mesmo ano. Esta competição tem características muito próprias, que exigem para lá da superioridade física, técnica e/ou tática sobre os adversários. Os aspetos mentais são decisivos e são também os mais difíceis de se desenvolver. Acredito que é a própria competição que vai “construindo” os vencedores.

 

Enquanto diretor-técnico, em que aspetos acha que o Porto poderá ser superior durante o ano para ser tão forte nestes momentos?

Apesar de ser importante estarmos ao nosso melhor nível nestes momentos da época, é nossa ambição que as seleções sejam parte integrante do processo de valorização dos “nossos” atletas. Pretendemos que o trabalho realizado complemente o que é desenvolvido nos clubes e, se possível, num patamar superior. Por isso mesmo temos realizado mais sessões de treino, aumentámos o número de treinadores que colaboram com as seleções e estamos focados em proporcionar-lhes momentos de assinalável relevância competitiva, como foi o caso do recente Torneio Internacional 90 anos ABP (em parceria com a AB Aveiro).

 

Olhando já para o futuro, quais os principais objetivos para a Associação no que toca ao basquetebol juvenil?

Existem ainda alguns projetos que não estão implementados e que acreditamos que possam contribuir para o desenvolvimento da qualidade do trabalho nos clubes e seus atletas.

Creio também que o setor da arbitragem deverá ser uma área de intervenção prioritária. A qualidade do jogo não pode evoluir se continuarmos a ter um número crescente de jogos sem juízes oficiais.

 

E em relação à Festa deste ano? Qual a sua opinião geral sobre o evento?

Terá sido uma das edições mais equilibradas e competitivas, mas também das mais bem conseguidas do ponto de vista organizacional.

Creio que a filmagem/transmissão e realização de estatística de todos os jogos representam uma inquestionável valorização do evento, ao nível do que de melhor se faz na Europa. A utilização experimental do boletim de jogo eletrónico, assim como alguns ajustamentos regulamentares também me pareceram medidas interessantes e com repercussões positivas.

No que diz respeito às atividades paralelas, parece-me que a sua realização será sempre bem-vinda desde que não interfira com o “core” do evento, que são os jogos e a competição propriamente dita.

 

A Associação já aponta baterias para mais um Europeu em Matosinhos?

Existem já algumas tarefas que estão em andamento. O calendário competitivo está já definido e aprovado pela FIBA e nas próximas semanas serão tomadas várias “démarches”. O voluntariado merecerá, da nossa parte, uma preocupação central, uma vez que eles (os voluntários) são a face visível da organização.

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17 ABR 2017

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