A 3 de fevereiro de 1910 nascia o Sport Club Conimbricense, carismática equipa da cidade de Coimbra e que tem o seu nome imortalizado enquanto primeiro campeão nacional masculino de basquetebol, na temporada 1932/33. Carlos Ferreira, presidente do clube, recordou memórias distantes, mas não esquece o presente.
Carlos Ferreira não esconde o orgulho ao recordar as façanhas do Sport Clube Conimbricense, em particular o grande feito de 1933: “Pensamos que deve ter sido um dia inolvidável e de grande honra, pois ganhar o primeiro Campeonato Nacional ficará para sempre na história do Sport Club Conimbricense, do país e do basquetebol. Como já não conhecemos ninguém que fez parte daquela equipa, imaginamos o quão honrados estavam os rapazes que disputaram a final”, afirmou. O adversário foi o Guifões SC, “tendo o jogo terminado empatado (21-21), para depois no prolongamento ser o jogador Manuel da Costa a revelar-se decisivo no resultado final (25-23)”, nas palavras do dirigente.
O presidente da coletividade deu conta de duas curiosidades sobre essa época: “A taça conquistada era de uma beleza extraordinária, mas muito singela, a tal ponto que em dada altura quase ia parar ao lixo”, confessou, mas nem tudo foram rosas, “já que em 1933, quando o Sport Club Conimbricense foi campeão, foi também penalizado, de uma forma insólita, com uma multa pecuniária por ter disputado um jogo em Lisboa”, atirou.
Puxando a cassete atrás, Carlos Ferreira lembrou os fundadores: “O Sport Club Conimbricense nasceu a 3 de fevereiro de 1910, tendo comerciantes da baixa de Coimbra como fundadores. Somos um clube com muita garra e força de vontade, que nunca vira as costas à luta, apesar das dificuldades que surgem pelo caminho. Quanto a nomes importantes da nossa história, destacamos os fundadores Ismael D’Almeida Chuvas, Daniel Rodrigues e Sílvio Nogueira Seco, e na equipa campeã nacional de 1933 recordamos Manuel da Costa, Feliciano Gaudêncio, Fernandes Costa, Arlindo Marrano e António Carvalho. Permito-se só enumerar estas pessoas, pois não quero incorrer no erro de esquecer alguns nomes”, finalizou. O líder do clube da cidade dos estudantes fez também questão de mostrar que muitas outras modalidade têm estado de mão dada com o sucesso: “No entanto, houve dezenas de pessoas que marcaram toda a vida do clube, pois conquistámos também títulos nacionais de luta livre, luta greco-romana, tiro, andebol, futebol, natação, hóquei em patins, ténis de mesa, ciclismo, jiu-jitsu, karaté e futsal”, puxou dos galões.
Mas o clube também se faz do presente, que na opinião do presidente é risonho, apesas das dificuldades: “O Sport Club Conimbricense, neste momento, encontra-se bem, mas a recuperar de uma crise com falta de atletas. No entanto, estamos a fortalecer a modalidade e a disputar a II Fase do Nacional da 2.ª Divisão Masculina, com sérias hipóteses de subida. Temos cerca de 30 atletas e estamos a fazer treinos de captação, com especial incidência nos jovens”, destacou.
Por fim, o orgulho de Carlos Ferreira por presidir aos destinos deste clube centenário: “Não é fácil exprimir os sentimentos que tenho enquanto presidente do Sport Clube Conimbricense, mas é fácil dizer que é uma honra e um privilégio ser dirigente de um clube que é um ex-líbris da cidade de Coimbra e de Portugal. Vamos continuar a manter bem alto o nome do Sport Clube Conimbricense. Bem-haja a todos!”, encerrou.
FPB
1 ABR 2020