“O Time Out cria ligações à nossa modalidade, a mais bonita”

As candidaturas (uma feminina e outra masculina) para o Time Out 3.0 estão abertas. Trata-se de um programa formativo da FIBA, destina-se ex-jogadores/as ou jogadores/as em final de carreira, com um passado relevante no basquetebol, e tem como objetivo proporcionar meios e novas ferramentas para uma integração na sociedade e prepará-los para novos desafios e integração profissional que permita uma transição de carreira.

Sofia Ramalho Gomes e João Santos, antigos jogadores internacionais portugueses, estiveram em destaque na edição 2.0 do Time Out e falaram-nos sobre a sua experiência.

Para Sofia Ramalho Gomes, o projeto foi importante para mudar o seu próprio registo: “O Time Out foi uma boa surpresa. Abriu-me vários caminhos no sentido em que vi que podia ajudar a minha modalidade em várias áreas. Quando acabamos a carreira, muitas vezes limitamo-nos a pensar no que podemos fazer, mas as vertentes que o Time Out nos dá são muito abrangentes. Ao mesmo tempo dificultou também a decisão do que queria fazer, pois gostei de tudo e identifiquei-me em todas as áreas. Ao mesmo tempo, a parte do “lifestyle advisor”. Posteriormente continuei o curso de coaching da FIBA, deu-me um autoconhecimento que não o tinha e isso ajuda-me na forma como lido com as pessoas. Quem se lembra de mim enquanto atleta, sempre fui muito emotiva, muito faladora, muito explosiva e após o curso já me controlo muito mais. Gostava de ter tido esse conhecimento no início da minha carreira”, confessa.

A antiga base salienta os laços originados pelo Time Out: “Realmente consegui tirar proveito de todas as áreas, foi muito enriquecedor. Quanto a recordações, mesmo em tempo de pandemia em que não estivemos juntos tanto quanto deveríamos e gostaríamos, por causa das restrições da pandemia, o melhor que levo são as pessoas. As partilhas e de ver o bonito que é, mesmo de países diferentes, sem nunca nos termos visto, as ligações que se criam por causa da modalidade mais bonita que existe: a nossa, o basquetebol”, afirma.

Sofia Ramalho Gomes deixa conselhos aos interessados: “Em primeiro lugar, que manifestem esse interesse, pois vale realmente a pena e depois de lá estarem aproveitem ao máximo. Partilhem conhecimentos, aproveitem ao máximo cada uma das pessoas que passará pelo curso. É realmente algo que vale muito a pena”, vinca.

Já João Santos detalha um pouco aquilo que é este programa: “O projeto Time Out é uma oportunidade única de formação qualificada em diferentes áreas ligadas ao desporto, que prepara ex-atletas ou atletas em final de carreira para essa fase importante de transição profissional. Para além da parte académica, tivemos a oportunidade de assistir in loco à organização de uma grande competição e permite-nos criar uma rede de networking muito valiosa”, refere.

João Santos, que marcou presença nos Europeus 2007 e 2011, à semelhança de Sofia Ramalho Gomes, salienta aspetos em que mudou com o Time Out: “As pessoas, tanto formandos como formadores, fizeram com que o projeto Time Out 2.0 fosse mais do que um local de partilha de conhecimento. O curso de liderança permitiu-me conhecer-me melhor enquanto pessoa e profissional. E, toda a aprendizagem, teórica e prática, permitiu-me olhar para detalhes que enquanto jogador não te preocupas”, diz.

A terminar, o antigo extremo-poste também deixa uma mensagem para os candidatos: “Aproveitem ao máximo todas as experiências e oportunidades deste projeto. O facto da formação ser bastante abrangente permite aos participantes identificar as áreas que mais lhes interessem profissionalmente, aplicando os conhecimentos adquiridos para acrescentar valor ao basquetebol”, conclui.

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