“O trabalho foi árduo, mas recompensado pelo trabalho final”

O 3×3 BasketArt volta a estar em foco este sábado, 22 de abril, com a inauguração oficial de um campo da autoria do artista João Domingos, mais conhecido como Bigod, em Benavente.

O recinto homenageia Michael Jordan, Scottie Pippen e Dennis Rodman, trio lendário de basquetebolistas dos Chicago Bulls nos anos 90, na NBA. A obra-prima situa-se na Rua Dr. António Gonçalo Sousa Dias, Valverde Campus, nas seguintes coordenadas: GPS 38°58’40.4″N 8°48’43.4″W ou aqui.

Na antecâmara da cerimónia de abertura, num sábado que vai envolver atividades durante todo o dia, entrevistámos João Domingos, que falou sobre as ideias que o inspiraram na criação e acerca da sua paixão pela NBA.

Qual é a sensação ao estarmos a poucos dias da cerimónia de abertura de um campo da tua autoria?
Sinto-me empolgado e um pouco nervoso, acho que é algo normal.

Como surgiu esta proposta? Em que ideias te baseaste?
A proposta vem no seguimento de uma atividade que desenvolvi em conjunto com CIMLT, de workshops com a comunidade. O município ficou com o meu contacto e a partir daí foi-me proposto fazer um projeto sobre Michael Jordan, mas fiz uma contra-proposta, de pegar nas três maiores lendas da minha equipa favorita de basquetebol, sendo que no momento do projeto estava em altas a série “The Last Dance”.

O campo é dedicado a um trio lendário dos Bulls. És um apaixonado pela NBA e pelo basquetebol em geral?
Sou apaixonado por desporto no geral, mas cresci com primos que eram loucos por NBA, que ficavam à espera das tranmissões dos jogos pela noite dentro. E eu era pequeno e ficava ali com eles, sem perceber muito bem o que se passava, mas com o decorrer do tempo fui crescendo e percebendo o que era, e fiquei Fã. Eram os Bulls que estavam a dar tudo naquele tempo, daí serem a minha equipa. Lembro-me de que o meu primo (melhor amigo do meu pai), estava emigrado nos Estados Unidos e num dos verões em que veio me trouxe uma bola de basquetebol e um chapéu dos Bulls. O que fez com que ainda ficasse mais apaixonado pela equipa e por estes três lendários jogadores.

Como foi o processo de criação do campo? Ao recordares todos os passos, qual é o balanço? Quais foram os maiores desafios?
O processo de criação foi muito bom, recordar os tempos com os meus primos foi muito bom, e quando fazemos aquilo de que gostamos ainda se torna mais fácil. O balanço foi positivo, mais um desafio superado, um trabalho árduo, mas que foi recompensado pelo resultado final, que não é só meu, mas de todos aqueles que podem usufruir do campo de basequetebol. Acho que tudo foi um desafio, mas o desafio de pintar no chão, onde não tempos muito a perspetiva do que estamos a fazer, e se estamos a fazer bem, acho que isso foi aquilo que mais me desafiou.

Para que as pessoas te conheçam melhor, fazes que tipo de trabalhos? Como é a tua atividade na área?
O meu trabalho é muito ligado às tradições locais, pelo que podem seguir no meu Instagram ou Facebook, onde será mais fácil perceberem o que faço. Neste momento vivo da pintura, o que é muito bom, mas também de produções artísticas, ou seja, trabalho para outros artistas visuais, algo que também a minha me fascina, deixo também o link se quiserem dar uma vista de olhos ao que desenvolvo para outros artistas.

O campo já se encontra registado no “Courts of the World”, plataforma da FIBA onde qualquer pessoa pode avaliar os campos, anexar fotos e vídeos. Este campo é o primeiro da rede 3×3 BasketArt na área da Associação de Basquetebol de Santarém.