Observações para Selecções Nacionais Sub-16
No âmbito do plano de contingência na preparação das selecções nacionais que, entre outras medidas, ditou a suspensão dos três CNT’s destinados aos Sub-16, vão arrancar na próxima semana os trabalhos de observação e preparação dos jovens jogadores desse escalão, projecto esse que pode ser alargado a todo o país e que nos foi dado a conhecer pelos seus principais impulsionadores: Ricardo Vasconcelos (Coordenador das Sel.
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5 DEZ 2011
Nac. Fem.) e Rui Alves (Sel. Nac. Sub-16 Masc.).
Com data marcada para 12 de Dezembro, as sessões regulares de trabalho técnico com jogadoras e jogadores Sub-16, em observação para as selecções nacionais, aparece assim como o mais recente projecto que volta a unir os sectores feminino e masculino da FPB. Ricardo Vasconcelos, de forma sintética, destaca a importância do mesmo: “Este é o projecto possível para poder suprimir, ainda que de forma mínima, o facto de este ano não existir CNT’s. Este trabalho vai nos permitir estar em contacto permanente com os atletas de maior valor a nível nacional podendo assim incutir desde já algumas ideias e apreciar mais de perto as suas evoluções no trabalho que desenvolvem diariamente nos seus clubes”.De facto, a contingência e a redução orçamental aguçaram o engenho do Gabinete Técnico da FPB que procurou assim ser o exemplo de busca de oportunidades em tempo de crise, tentando fazer muito… gastando pouco, conforme nos conta Rui Alves: “Este projecto terá um impacto no desenvolvimento desportivo dos jogadores inferior a 10%, se comparado com um CNT, mas quando a alternativa é o 0% (nada), então deitamos mãos à obra com todo o afinco”. Os principais objectivos que norteiam estas acções são “em primeiro lugar, tentar aperfeiçoar, melhorar e desenvolver (principalmente do ponto de vista técnico) um pouco mais os atletas envolvidos nas convocatórias. Em segundo lugar, interagir mais de perto e frequentemente quer com esses atletas convocados, quer com todos os treinadores do respectivo escalão (bem como de qualquer outro que se mostre disponível para o efeito). E também, somos conscientes que a possibilidade de trabalhar com alguns destes jovens facilitará e muito na fase final da convocatória a ideia de quais os atletas que devem fazer parte do grupo final. Visto que cada vez será mais difícil conseguir estágios e tempos de preparação, cada passo que dermos nesse sentido será mais fácil, através de um conhecimento mais profundo dos atletas, entender quem serão os jogadores mais interessantes e úteis para apostar nas respectivas selecções”, segundo Ricardo Vasconcelos. As convocatórias são preparadas tendo em conta um conjunto de detalhes conforme explica Rui Alves “As jogadoras e jogadores convocados para os treinos terão de pertencer à região onde se realiza a sessão, ou distritos limítrofes, e fazer parte das listas de jogadores de interesse nacional (LJIN) ou jogadores de especial talento (JET), independentemente da idade/escalão. Por exemplo esta primeira, que se vai realizar nas instalações do CAR Jamor, tem convocados da AB Lisboa e AB Setúbal, a quem aproveito para agradecer a colaboração já prestada. Aliás, sendo uma actividade prevista para dias de semana, o compromisso de todos é fundamental: Associações, Clubes, Treinadores, Pais e os próprios jogadores”. Mas então o que esperar de um treino deste tipo? O Coordenador das selecções femininas não hesita: “Níveis de intensidade e rigor muito elevados. Muito trabalho de ordem técnica. Ora se juntarmos a estes dois aspectos o facto de termos presente neste tipo de sessões atletas com especial talento, podemos concluir que o nível de oposição que estarão sujeitos será muito superior ao do dia a dia, onde se prevê um desafio natural muito interessante a qualquer jovem/jogador na unidade de treino, que por si só obriga habitualmente a superações que levam a evoluções”.Mas atenção que “este projecto não quer ser «fechado» no treino, ou confinado às nossas instalações do CAR… pelo contrário, surge também para dar resposta à permanente solicitação de recursos por parte das Associações, para que se potencie o trabalho com os mais aptos, sem qualquer custo para as mesmas. E antes e depois de cada treino, é nossa vontade partilhar ideias com os seleccionadores distritais e todos os treinadores que nos queiram visitar. Na verdade, só faz sentido irmos por este caminho se tivermos dispostos a acreditar num trabalho de todos, em que muitas partes contribuem e no fim não há um mérito único de uma entidade… Estaremos dispostos a isso?” fica a questão colocada por Rui Alves.


