«Olham-nos como favoritos»

Depois de ter iniciado a época em Espanha, na principal Liga do país vizinho, a internacional portuguesa chega ao CAB para ajudar as madeirenses na fase final do campeonato feminino.

Atletas | Competições
20 ABR 2015

Nesta entrevista explica por que aceitou o desafio das insulares e os objectivos a que a equipa se propõe na prova.

 

Um balanço da última temporada em Espanha? Conseguiu atingir todos os objetivos individuais por si estabelecidos?

Esta temporada foi bastante positiva, se compararmos com a época anterior. À imagem do que sucedeu na temporada passada, tive que trabalhar para ganhar o meu lugar na equipa. E consegui, dessa forma posso dizer que, no que diz respeito aos objetivos individuais, os alcancei. Mas posso e devo fazer mais futuramente onde quer que esteja.

 

Como surgiu o convite de vir terminar a época ao CAB Madeira? E os motivos que a levaram a aceitar?

O CAB Madeira chegou a mim através da minha agente no inicio de Fevereiro. Ainda estava em competição, mas era impensável chegar ao playoff, uma vez que só vão 4 equipas, e nesse momento estávamos em 8º lugar. Já tinha para mim que no final da temporada necessitava de um desafio… neste caso jogar uma fase final, e pelo percurso do CAB esta época percebi que era um clube que me poderia possibilitar o que eu pretendia. Logicamente outras equipas ‘lembraram-se’ de mim, mas já era um pouco tarde. Outro fator que me atraiu foi o facto de poder trabalhar com as estrangeiras que cá estão, porque estou numa fase, sobretudo, de aprendizagem. Isto porque já conhecia as atletas portuguesas e sei bem que têm muita qualidade. Por fim, foi importante a motivação e a vontade que o treinador tinha/tem para que eu me unisse a este projeto.

 

Quais as principais diferenças que destacaria entre a competição espanhola e portuguesa?

Claramente a competitividade. Logicamente uma Liga que tem 14 equipas e apenas 4 vão ao playoff faz-te estar ainda mais focado. Cada vitória ou derrota é importante para os objetivos da equipa. Se tens 8 equipas a disputar o playoff o equilíbrio e a luta é muito grande, até porque a vantagem de poderes jogar em casa a final já te foi retirada… Outra fator, seria o ritmo de jogo. Em Espanha, jogar em contra-ataque é fundamental, aqui o jogo é bastante mais estático. Por fim, diria que é bastante mais físico e já tive essa experiência. Infelizmente não podes jogar aqui com a mesma intensidade defensiva. Mas por motivos, não só monetários, ambas as Ligas já tiveram melhores dias.

 

O que mais a impressionou na equipa do CAB? E de que forma poderá ajudar a equipa a ainda tornar-se mais forte?

A versatilidade da equipa. Serei mais um ponto de versatilidade. A Sofia que jogava em Portugal há três anos tinha pouca maturidade, e era um 5 puro. Por por várias circunstâncias tinha de o ser e gostava bastante desse papel. Contudo, vejo-me uma jogadora diferente, que pode jogar tanto a 4 como a 5, porque nestes últimos três anos tive/tenho oportunidade de melhorar o meu jogo, e a confiança dos treinadores da seleção sénior e das equipas onde estive para o fazer.

 

Quais os principais problemas que poderão ser causados pelo Vagos no jogo inaugural da Final Four?

O Vagos sempre foi aquela equipa que está presente nas finais das taças e que te faz trabalhar. Tem jogadoras novas mas já experientes nestas andanças e duas estrangeiras que podem fazer estragos, principalmente a interior. Contudo, sabemos perfeitamente o que vamos fazer para travar os seus pontos fortes e explorar as suas lacunas. Seria um erro grave mudar muita coisa numa temporada isenta de derrotas.

 

Tendo em conta os resultados obtidos pelo CAB durante esta temporada, concorda que é o principal candidato ao título de campeão nacional? E das outras três quem poderá ser o adversário mais complicado?

Penso que todos nos olham como favoritos. Tenho para mim, como novata na equipa, que somos o alvo a abater. Não temos que provar nada nesta fase, este momento é para disfrutar ao máximo. Não há dor, cansaço, desculpas… apenas vontade de seguir invicto! Quanto às outras equipas, se chegaram também até aqui têm o seu mérito, e isso não deve ser discutido. Serão três dias em que quem tiver o melhor "mindest" ganha. Que seja o CAB.

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20 ABR 2015

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