Os Vitorinos

No entanto a prioridade principal no clube escolar continua a mesma: formar indivíduos e jogadores de basquetebol.

Por via da vitória no Campeonato Regional de Seniores femininos, conseguida na época passada, e da manutenção da equipa masculina nos Nacionais, o CDE Vitorinos é o primeiro clube terceirense (quiçá açoriano) a conseguir apresentar equipas em ambos os sectores na Série Açores do Campeonato Nacional de Basquetebol 2. No entanto esta é uma proeza que não parece desviar os responsáveis do clube dos seus objectivos principais. “Vamos encarar a participação na Série Açores como sempre encaramos”, refere José Oliveira; “são equipas sempre vistas como uma continuação do processo de formação dos nossos atletas, que têm ali um espaço motivante para competir. Os nossos objectivos são sempre flutuantes’ e estão dependentes do processo de formação dos atletas. Depende sempre da qualidade que eles têm. Se tiverem qualidade para estar ali e vencer jogos, estão lá; senão, temos de encarar a realidade e procurar outro inferior, por isso estamos relaxados em relação a esta matéria”. Mesmo assim o desejo é ter duas boas equipas, “apesar de alguma indefinição nos quadros competitivos… Tudo está dependente daquilo que vier a ser a Série Açores. Mas é óbvio que estes atletas têm mais um ano de aprendizagem, por isso esperamos algumas melhoras. Mas não queremos estabelecer patamares obrigatórios. Temos mostrado que este é umespaço em que merecemos estar, sem nunca desvirtuar os nossos princípios. A maioria dos atletas já tem sete ou oito anos de prática desportiva no clube e esta é a principal razão de orgulho para nós”.“ESTRUTURA É FUNDAMENTAL”Para continuar com a tarefa da formação, o clube volta a contar com muitos dos atletas e técnicos que fizeram a última época, Segundo o técnico e dirigente, “nos minis devemos continuar com quatro equipas, sendo uma delas ligado ao Programa Escolinhas do Desporto, sob a responsabilidade do Nuno Ribeiro e a Sandra Vieira, que terá um papel mais activo na coordenação das equipas. Com eles também vão estar quatro atletas do clube, que tentamos integrar também como novos treinadores do clube. Mário Figueiredo, Neuza Gomes, Vanessa Canto e Mónica Rocha”. Depois aparecem duas equipas de Iniciados, com Marco Meneses no sector masculinos e Sandra Vieira, no feminino; uma equipa de Cadetes masculinos, onde continua Nélson Coelho; e dois grupos de Juniores/Seniores, com Paulo Pinto responsável pelas femininas e José Oliveira à frente do grupo dos rapazes. Um escalão, “que vai ser alvo de um trabalho particular, porque muitos destes atletas terão um papel interventivo no plantel sénior”, refere o técnico. Quanto a perspectivas para a formação, as maiores dores de cabeça passam por organizar todo o trabalho de treinos, jogos e transportes, já que “em termos de resultados não criamos grandes perspectivas e isso faz parte da filosofia do clube. São indicadores, mas são indicações para nós, para dentro do clube e para os atletas. Énormal que vamos exigindo mais, há medida que os anos de trabalho vão passando, mas o que nos interessa é formar, até porque os resultados são sempre subjectivos”, refere José Oliveira… Quanto ao resto, “a preocupação principal é tentar manter esta estrutura em andamento, esperando sempre obter resultados, não só desportivos, mas também em termos de implementação da modalidade. Para além disso temos sempre de tentar melhorar… Não só o clube, mas todos, porque acho que estamostodos a remar para o mesmo lado, resta cada um tentar assumir da melhor maneira o seu papel”.