Ovarense conquista título distrital

Illiabum entra mal…A equipa do Illiabum/Luís Óptica, treinada por Nélson Sousa, depois do segundo lugar na fase anterior, em que terminou em igualdade com a Ovarense (duas derrotas em 14 jogos), entrou mal na Fase Final, perdendo os primeiros dois jogos e ficando, desde logo, afastada do título. Quanto ao Sangalhos, de Pedro Maia, a conjugação de resultados também o afastava do ceptro. Contudo, no último dia, podia ainda aspirar ao segundo lugar caso vencesse os ilhavenses. Num jogo equilibrado durante os primeiros 30 minutos, onde se destacou o “gigante” ilhavense Pedro Rodrigues, que dominou as tabelas, o Sangalhos tentou ripostar com uma defesa agressiva e recorrendo ao “tiro” exterior (marcou oito triplos). A equipa de Ílhavo, com Bernardo Almeida e Marcos Traylor em destaque na organização do jogo, revelou mais opções, mas foi o “poste” Pedro Novo a “chave do sucesso”. Com dez minutos demolidores, Pedro Novo converteu 18 pontos só neste parcial, para além de ter conquistado um sem número de faltas. De facto, a estratégia bairradina, que funcionou até à entrada do decisivo quarto, “esfumou-se”. Muito penalizados com faltas, mostrando dificuldades em “parar” o ataque contrário (35 pontos neste período) e revelando pouca clarividência no ataque ao cesto, só mesmo João Mar- tinho e Diogo Silva foram disfarçando a ineficácia da sua equipa, mas não evitaram a sua derrota. Com o desfecho do jogo seguinte, entre a Ovarense e a Sanjoanense, ambas as equipas garantiriam a presença na Taça Nacional. Ganhar no jogo do tudo ou nada Face ao resultado da partida entre o Sangalhos e o Illiabum, quem ganhasse o jogo do “fecho” seria campeão, com a particularidade da Sanjoanense/ Lojas Hello, em caso de derrota, “cair” para a quarta posição. A ostentar o título conquistado na última temporada, a equipa de São João da Madeira entrou bem na partida. O conjunto orientado por Rui Resende, com o dinâmico Simão Pinheiro a liderar o jogo ofensivo, chegou aos 11-5, obrigando o técnico vareiro, Mário Leite, a “parar” o jogo. A pressionar mais o homem com bola, e com muitas ajudas, a Ovarense tentava travar o jogo visitante. Contudo, a Sanjoanense, mesmo com Simão Pinheiro no banco (cometeu duas faltas muito cedo), foi encontrando soluções no ataque, sobretudo por Augusto Silva. Os vareiros, liderados por Miguel Soares, tinham em Rodrigo Soeiro e Gabriel Diaz mais duas soluções muito dinâmicas em ataque. Numa partida muito táctica, as percentagens de lançamentos foram baixas e o equilíbrio ao intervalo deixava tudo em aberto. Com uma entrada mui- to forte após o intervalo, a Ovarense inverteu o rumo da par- tida e viu praticamente abertas as “portas” do título. Uma defesa “asfixiante”, que condicionou o ataque visitante (quatro pontos em cinco minutos), aliado às quartas faltas de Simão Pinheiro e Bryan Rivero, acabariam por ser dados determinantes. Com Ricardo Martins a ganhar maior protagonismo no jogo da Ovarense, a equipa da casa foi gerindo uma vantagem, que, não sendo superior a dez pontos, mantinha a pressão do lado contrário. Destaque, ainda, para a experiência de Miguel Soares, que acabou por dar serenidade à sua equipa, numa fase de grande ansiedade e muitos “turnovers”. Com naturalidade, os jovens vareiros fizeram com que o título regressasse a Ovar, algo que, neste escalão, não se verificava desde a época 2006/07. Com este desfecho, a Sanjoanense terminou no quarto lugar e, consequentemente, jogará o Torneio Inter-Associações. Os “14” que conduziram a Ovarense ao título A caminhada vareira até ao título distrital daAssociação de Basquetebol de Aveiro teve 14 protagonistas, para além do técnico Mário Leite. Ricardo Martins, Gabriel Diaz, Nuno Sil- va, Lucas Leitão, Sebastião Ca- saca, Bernardo Quelhas, Ro- drigo Marques, Rodrigo Soeiro, Pedro Pinto, Henrique Barbeta, Nuno Marques, Miguel Soares, Luis Vicente e Joaquim Soras inscrevem, assim, o seu nome na história do clube vareiro