Ovarense força negra
Grande jogo em Ovar, digno de uma meia-final do playoff, entre duas equipas com maior historial na modalidade e em que a Ovarense forçou a negra para decidir esta eliminatória.

Competições
17 MAI 2015
O SL Benfica criou condições para poder resolve a seu favor a série, mas a equipa vareira mostrou um enorme coração na forma como foi buscar o jogo e geriu as últimas posses de bola. Um final perfeito, para uma ronda que decidirá na próxima quarta-feira, às 21 horas, no Pavilhão Fidelidade, casa dos atuais campeões nacionais.
Embora se tenha visto pela primeira vez em desvantagem na eliminatória, a Ovarense Dolce Vita não se revelou afetada por tal facto, tendo começado até bastante bem o jogo 4 desta eliminatória frente ao SL Benfica. A 1ª parte foi pobre em pontos, sobretudo o quarto inicial em que os vareiros se superiorizaram por 11-7.
Até ao intervalo, a fluidez ofensiva das duas equipas melhorou bastante, sobretudo para a equipa vareira, que tal como tinha acontecido no jogo 3, mostrou-se mais coletiva no ataque, na busca do lançamento de equipa (10 assistências). Talvez por isto a percentagem de lançamentos de campo da formação da casa era superior (43% vs 31.5%), o mesmo será dizer que era mais eficiente a atirar ao cesto.
Os encarnados voltavam a não estar bem da linha de 3 pontos (2/10), embora se tenha que dar mérito à defesa vareira como contestou e condicionou o sucesso ofensiva da equipa benfiquista. A pouco mais de um minuto do fim da 1ª parte, a Ovarense liderava por nove pontos de vantagem (31-22), mas seriam os encarnados a terminar melhor o 1º tempo, reduzindo para seis a diferença que separava as duas equipas (33-27).
A etapa complementar começou de uma forma equilibrada, embora tenham sido os vareiros a tirar melhor partido das trocas defensivas utilizadas como estratégia. Um triplo de José Barbosa, após reconhecer mais uma situação de mismatch, seguido de um roubo de bola finalizado em situação de 1X0, obrigavam o técnico Carlos Lisboa a interromper a partida, com o resultado em 38-29 favorável à equipa da casa.
Apesar de continuar a falhar alguns lances fáceis debaixo do cesto, resposta imediata dos campeões nacionais que rapidamente empatou o encontro a 38 pontos, com um triplo de Jobey Thomas. Os últimos minutos do período foram bastante emocionantes, com os triplos a sucederem-se em ambas as tabelas, dois do lado da Ovarense, Neves e Jaime Silva valiam de novo o comando, mas Thomas, de regresso às grandes exibições, voltava a igualar o encontro (45-45).
Começou melhor o Benfica o 4º período, já que, com mais duas bombas de 3 pontos, e um cesto com falta sobre Andrade fez subir a diferença para os nove pontos (54-45). Uma penetração de André Pinto colocou finalmente um ponto final ao bom momento dos encarnados, bem como mostrou o caminho certo para os vareiros regressarem ao jogo. De facto a procura de soluções ofensivas mais perto do cesto, fosse por penetrações ou jogo interior, deu maior eficiência ao ataque da Ovarense, que em conjunto com uma defesa zona permitiram aos vareiros fazer um parcial de 16-5.
Uma falta em ato de lançamento sobre Fernando Neves colocou o extremo da Ovarense na linha de lance-livre, que ao converter os 3 colocou de novo na frente a Ovarense por dois pontos de vantagem (61-59). Gentry volta a empatar, e Barbosa da linha de lance-livre desfaz de novo o empate, isto quando faltavam 36 segundos para o fim (63-61).
Depois de um desconto de tempo pedido por Carlos Lisboa, Andrade falha um triplo e na sequência da jogada vai de novo para o lance-livre e volta a não tremer (65-61). Nova oportunidade para o técnico Carlos Lisboa desenhar um ataque, mas Tomás Barroso comete uma falta ofensiva e compromete em definitivo a possibilidade de dar a volta ao marcador. O resultado de 67-61 é um prémio para o enorme coração da Ovarense, que nunca desistiu, defendeu muito bem, soube ir à procura das soluções ofensivas que lhe eram mais favoráveis, pelo que esta eliminatória merece ser decidida num 5º jogo.
O base José Barbosa (13 pontos e 5 assistências) voltou a ser o grande líder da formação de Ovar, bem secundado por Miguel Miranda (12 pontos, 4 ressaltos e 3 assistências), e com André Pinto a revela-se decisivo pelos pontos que fez e os momentos em que os conseguiu.(11 pontos e 6 assistências).
O norte-americano, Jobey Thomas (25 pontos e 2 assistências) voltou a mostrar-se preponderante nas decisões ofensivas dos encarnados, mas nem com o inconformismo de Carlos Andrade (9 pontos, 6 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola) conseguiu evitar um 5º e decisivo jogo.