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Depois de em Março se ter sagrada campeã europeia de 3×3 na categoria de deficiência intelectual, a Seleção Nacional de Basquetebol DI 3×3 volta a ser notícia, ao ter vencido, ontem, 29 de agosto, o Virtus Sport Celebration Event, torneio de demonstração que decorre em Paris e em paralelo aos Jogos Paralímpicos.

O grupo bateu a Espanha (18-9), a França (12-10 após prolongamento) e a Polónia (15-9), somando três vitórias e seis pontos. França ficou no 2.º posto (cinco pontos) e a Espanha em 3.º com quatro.

De frisar que este VIRTUS Basket 3×3 Celebration Event se trata de um encontro entre quatro nações com o intuito de mostrar esta nova modalidade coletiva no seio do desporto para a deficiência intelectual e que se está a desenrolar no Club France, local de passagem obrigatório a quem acompanha de perto os Jogos Paralímpicos. A organização é da VIRTUS – Federação Internacional de Desporto para Atletas com Deficiência Intelecitual e da FFSA – Federação Francesa do Desporto Adaptado.

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Foto | ANDDI Portugal – Associação Nacional Desporto Desenvolvimento Intelectual

Já tinha apitado as finais dos Mundiais de Sub23 em 2022 (Masculino) e 2023 (Feminino), e estreou-se agora no derradeiro jogo de uma competição de seniores: as finais do 3×3 Europe Cup 2024 tiveram no passado domingo, 25 de agosto, um participante português, o árbitro Pedro Maia (AB Algarve).

O juíz, de 42 anos, o único português num lote de seis árbitros escolhidos para a Europe Cup, foi selecionado para estar na final feminina, vencida pela Espanha frente à França. Uma nomeação que, frisa, é “o resultado de um trabalho árduo”. “Digamos que é a cereja no topo do bolo”, admitiu à FPB.

Pedro Maia “fez-se árbitro” no Porto, de onde é natural, e está desse lado do jogo desde 1995. Mas no basquetebol convencional, onde “dá cartas”, desde 2002, nas Ligas Betclic. Estreou-se no 3×3 em 2019 e, cinco anos depois, tem-se tornado inevitável a sua presença em vários momentos da modalidade – a nível mundial.

“Recebi entretanto mais duas nomeações no 3×3, para o World Tour (WT), este ano já estive em duas etapas do WT e agora fui nomeado para mais duas, em outubro, em Macau, e em novembro, em Manama, Bahrain”, explicou, questionado sobre os próximos passos na carreira.

Pedro Maia (3.º à esquerda) com os árbitros do torneio

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A classificadora Regina Costa, portuguesa consagrada na área que preside a Comissão de Classificação do Conselho Executivo da IWBF (Federação Internacional de BCR), faz parte do Comité Técnica de BCR, nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

Depois das participações em Atenas 2004, Rio 2016 e Tóquio 2020, chega à capital francesa para testemunhar um formato inédito nas competições, já que o IPC – Comité Paralímpico Internacional – igualou o número de nações a disputarem as provas masculina e feminina, nas modalidades coletivas – no BCR serão 8.

Regina Costa, em Paris desde o dia 24, avaliou positivamente o trabalho da organização até ao momento. “A colaboração com a organização no Pavilhão de Bercy tem sido excelente. São uma equipa muito experiente que já esteve presente nos Olímpicos”, afirma. No tocante aos objetivos concretos da sua área de atuação, a classificação funcional, vinca a “política do IPC, zero classificação nos Jogos”, e debruça-se sobre as ambições globais da IWBF para o evento. “A expectativa é que o torneio corra da melhor forma possível e que o número de espectadores seja mais elevado, mantendo a tradição de edições anteriores, como no Rio 2016, em que esgotámos os bilhetes em muitas sessões”, sumarizou.

Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 tomam lugar de 28 de Agosto a 8 de Setembro e têm transmissão na RTP Play e RTP 2.

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Inédito: pela primeira vez na História há representação do BCR na cobertura televisiva dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, que arrancam hoje, com a cerimónia de abertura a decorrer a partir das 19h, entre os Champs-Élysées e a Place de La Concorde, na capital francesa.

O torneio de BCR, considerada a modalidade rainha do evento – entre as coletivas – conta com várias horas de transmissão na RTP Play (algumas das quais igualmente na RTP 2), que terão Fernando Lemos, treinador do GDD Alcoitão, como um dos comentadores. A inclusão de um elemento especializado no acompanhamento do torneio Paralímpico de BCR é um facto inédito, que demonstra o crescente interesse global no desporto para pessoas com deficiência.

O primeiro encontro previsto é um aliciante Grã-Bretanha vs Alemanha, às 09h30 da manhã desta quinta-feira. O calendário de transmissões dos Jogos Paralímpicos pode ser consultado aqui.

 

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Entre 31 de Agosto e 1 de Setembro, uma equipa mista nacional de BCR vai competir no OPAP Limassol 2024, etapa no Chipre apoiada pela FIBA. O repto, lançado pela Sport Evolution Alliance (SEA), que fornece todo o suporte logístico para garantir a participação lusa, enquadra-se no projeto europeu FORTHE, de pendor ecológico, cujo intuito passa por “reforçar a capacidade das organizações desportivas para implementar desportos urbanos sustentáveis para jovens com deficiência”, de acordo com Pedro Dias, CEO da SEA.

O torneio de BCR irá reunir equipas do anfitrião Chipre, Itália, Polónia e Portugal, sendo aplicadas todas as regras oficiais de competição para o 3×3 de BCR, apenas com a particularidade de as equipas poderem ser mistas. Os atletas nacionais que marcam presença neste evento serão Pedro Bártolo – 2.5 – (BC Gaia) – acumula a função de treinador -, Lassana Indjai – 1.0 – (GDD Alcoitão), Joana Delgado – 3.5 – (APD Braga) e Miguel Reis – 4.0 – (RSV Bayreuth – Alemanha. João Crucho assume a função de Team Manager.

Os jogos da fase de grupos decorrem no domingo, 1 de Setembro, entre as 08h00 e as 10h30, ao passo que a fase a eliminar disputa-se da parte da tarde, entre as 17h00 e as 20h00 (hora local). Na véspera, a comitiva nacional estará no palco da competição para assistir ao torneio local de 3×3 de BCR.

 

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Foi um verão preenchido para as seleções nacionais de BCR. A somar à participação da seleção Sub23 no Torneio Internacional de Barcelona e da seleção A, no Europeu B, Portugal fez a estreia no 3×3, no evento inaugural integrado, na FIBA 3×3 Europe Cup, tutelada pelo máximo organismo do Basquetebol mundial, que continua a dar mostras de reforçar os laços com o BCR.

Ricardo Vieira, selecionador nacional, abordou a importância do momento. “O nosso objetivo principal era aparecer num evento à escala Europeia que mais parecia a nível mundial. conseguimos ter, conquistar, o respeito de muitas seleções, jogadores, organização e público. Sabíamos que a nível de resultado desportivo, especialmente depois de sabermos que atletas as seleções levariam para este Europeu, seria muito difícil atingir os melhores resultados. Procurámos, por isso, ir competindo jogo após jogo. Estou totalmente satisfeito com os atletas presentes e que dignificaram de forma elevada a camisola portuguesa”, afirmou, em jeito de balanço de uma experiência onde sobressai o excelente desempenho contra a seleção espanhola.

“Veio ao de cima a qualidade da seleção que ali esteve presente, mostrando que com todas as bases e apoios podem atingir níveis interessantes e, por isso, responderam da melhor forma à derrota do dia anterior contra a Chéquia, colocando em sentido a “armada espanhola”, recheada de internacionais”, relembrou.

O técnico considera “necessária uma aposta regular e sequencial nesta modalidade”, cenário que pode catapultar Portugal para patamares competitivos elevados e fazer sonhar com a presença na elite. “É uma modalidade que tudo indica que estará presente nos Paralímpicos de Los Angeles 2028, o que poderia ser uma janela enorme para Portugal colocar o seu nome no mapa dos melhores”.

Envolto num ambiente memorável, no seu trajeto no grupo A, da FIBA 3×3 Europe Cup, Portugal cruzou-se com Chéquia, Espanha, Polónia e Áustria, estas últimas finalistas da competição disputada em Viena, que coroou precisamente a nação anfitriã como a primeira campeã da Europa de 3×3 de BCR.

 

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Foi com uma grande vitória que as Sub18 Femininas garantiram o 9.º lugar na Divisão B do Campeonato da Europa do escalão. O coletivo orientado por Mariyana Kostourkova derrubou a congénere da Irlanda por 77-55, em Konya, na Turquia, no último dia da prova, terminando todo o Europeu com apenas um jogo não vitorioso, frente à Roménia (que acabou por vencer o torneio), na Fase de Grupos.

O encontro deste sábado, 24 de agosto, até começou equilibrado, mas, sensivelmente a cinco minutos de jogo, as portuguesas assumiram o controlo da partida, com um parcial de 20-14 no 1.º quarto. O marcador só aumentou a partir daí, 38-30 ao intervalo, 60-42 a findar o 3.º quarto.

Carolina Silva

Carolina Silva, depois de cumprir sete jogos no Europeu de Sub18 em Matosinhos, veio às Sub16 para demonstrar o porquê de ter sido chamada por Agostinho Pinto ao escalão superior no início do mês, voltando a ser a MVP da partida: 29 de eficácia num duplo-duplo de 23 pontos e 12 ressaltos, dois roubos de bola e quatro desarmes de lançamento.

Em suma, a poste portuguesa termina o Campeonato da Europa com três duplos-duplos “no bolso” e médias de 20.3 pontos por jogo (a 3.ª melhor marcadora), 9.7 ressaltos (5.ª na classificação total) e ainda 3.1 desarmes de lançamento por jogo (2.ª entre todas as jogadoras), números que a colocariam facilmente no Cinco Ideal do torneio. A jovem poste teve ainda, por exemplo, a melhor eficácia (26.1) do Europeu, muito à frente do 2.º lugar (20.7).

Carolina Silva marcou 30 pontos contra a Islândia, 3.ª melhor marca da prova, mas o grande destaque foi o seu jogo com a Dinamarca, em que marcou os últimos seis pontos portugueses, inclusive um game-winner a oito segundos do fim.

Ao seu lado na equipa lusa esteve em grande plano Mafalda Monteiro (11.3pts, 4res, 3.9ast, 2.7rb).

Confere a estatística acumulada de Portugal aqui.

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A seleção nacional de 3×3 de BCR despediu-se da sua primeira prova oficial, a FIBA 3×3 Europe Cup, que também integrou de forma inédita a prova de BCR, ao ceder diante da anfitriã Áustria – 16-4. Contrariamente ao sucedido na partida da manhã, Portugal não se mostrou tão certeiro na finalização e teve maior dificuldade em travar as referências rivais, com Hubert Hager e Mehmet Hayirli a dominarem o jogo interior.

No decurso da prova, que tem a sua conclusão, amanhã, 25 de Agosto, Portugal protagonizou momentos de bom BCR, face a seleções e jogadores maioritariamente profissionais, com experiências nas grandes competições internacionais, como Jogos Paralímpicos, Campeonatos do Mundo e Campeonatos da Europa da Divisão A.

 

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O 3×3 de BCR é uma das modalidades “na calha” para integrarem os Jogos Paralímpicos, já na edição de 2028, em Los Angeles.

Nota: fotografias – cortesia Basketball Austria.

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O trabalho de Pedro Pinhal já tinha sido notícia no início do verão, quando o artista do Vale da Amoreira estava a concluir a pintura de três campos de 3×3 em Liepāja, na Letónia, cidade natal do poste da NBA Kristaps Porzingis, colega de Neemias Queta nos Boston Celtics, que, através da sua fundação, “encomendou” o projeto.

A obra, em colaboração com Grow Art e Nelson La Branca, foi concluída ainda em julho e vai ser inaugurada, segundo se lê nas redes sociais do próprio Kristaps Porzingis, no próximo mês de setembro.

Paldies māksliniekam Pedro Pinhal un viņa komandai no Portugāles par darbu.
Ceram oficiāli atklāt laukumu septembrī🤞 @liepajalv pic.twitter.com/8VUp9zBGDz

— Kristaps Porzingis (@kporzee) August 20, 2024

Pinhal, recorde-se, iniciou-se neste tipo de pintura em 2023, ao aceitar o convite do projeto BasketArt para pintar, na terra-natal que partilha com Neemias Queta, um ringue que homenageia o primeiro português a chegar ao mais alto patamar do Basquetebol.

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Fotografia | Direitos Reservados

A seleção nacional de 3×3 de BCR assinou a melhor exibição até ao momento, na FIBA 3×3 Europe Cup, frente à Espanha -12-16 -, uma das nações favoritas. Com um lançamento de Ângelo Pereira – 2.5 -, Portugal colocou-se a vencer, pela primeira vez na competição, e mostrou uma elevada intensidade e velocidade na circulação de bola.

Perante uma seleção espanhola repleta de grandes jogadores, com experiência em Jogos Paralímpicos e/ou Campeonatos da Europa da Divisão A, a turma lusa nunca se amedrontou, nem deixou fugir o marcador para números irrecuperáveis, assinando mesmo algumas das jogadas mais entusiasmantes da partida, casos dos triplos de Alexandre Conde – 4.0 – e Ângelo Pereira – 2.5 – ou do cesto com falta de Sílvio Nogueira – 2.0 -, numa altura capital.

A seleção, já sem hipótese de qualificação para as meias-finais, prepara já a próxima partida, às 15h10, a última do grupo A, diante da Áustria, com transmissão aqui.

Nota: fotografias – cortesia Basketball Austria.

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O último estágio de aperfeiçoamento das Seleções Nacionais de Sub15 Femininos e Masculinos deste verão terminaram no início deste mês de agosto. Agora, é hora de saber, pela voz dos Selecionadores Nacionais, o balanço que fazem deste período e, também, o que podemos esperar destes atletas para os próximos anos.

André Silva, Selecionador Nacional da equipa feminina do escalão de Sub15, oferece a este estágio um balanço “muito positivo”. “Procurámos sempre equilibrar o tempo dedicado ao treino de equipa com o de desenvolvimento individual da atleta e estamos muito satisfeitos com o resultado final. Sentimos que as atletas terminaram o estágio mais capazes e disciplinadas nos vários capítulos do treino”, afirma o técnico.

É importante recordar que estas seleções tiveram contacto internacional, onde confrontaram a seleção polaca em jogos amigáveis. Sobre o tópico, André Silva sublinha que “estes jogos são, para algumas atletas, o primeiro contacto internacional onde a intensidade, o ritmo de jogo e a velocidade é completamente diferente do que encontramos nas competições ‘domésticas’ do escalão”.

“Portugal tem estado entre os grandes da Europa”, explica o técnico, enumerando que há dois anos a seleção de Sub16 Femininos foi 4.ª classificada no Campeonato da Europa, já está garantida a participação na divisão A das Sub18 e Sub20 no ano de 2025, a Seleção Nacional Sénior luta por um lugar no EuroBasket. Garante, assim, que a representação feminina desta modalidade existe em Portugal e está bem encaminhada, André Silva remete ainda que “é importante que as atletas [sub15] que façam parte dos trabalhos das seleções compreendam que nem sempre foi assim, e que nada caiu do céu. É fruto de muito trabalho e disciplina”.

O Selecionador olha para a equipa com um sentimento de futuro e deixa uma mensagem às suas atletas frisando que “o passo mais valioso que cada uma pode dar é ser capaz de continuar a treinar da forma comprometida e competir da forma destemida com que terminaram o estágio”.

“Acredito que esta geração seja capaz de se superar, conscientes de que com muito trabalho tudo se torna possível”, termina o técnico.

Paulo Raminhos, o Selecionador Nacional da equipa de Sub15 Masculinos parte da mesma opinião do seu colega de trabalho: “Cumprimos os objetivos que definimos para esta fase” e explica que “no escalão de Sub15, ainda numa etapa pré competitiva, o foco está em observar, desenvolver e preparar os jogadores com maior potencial, visando o Campeonato da Europa Sub16 em 2025”.

“Trabalhar para formar uma equipa competente e ambiciosa” foi o lema deste período de estágio e realça que a atitude dos seus atletas o deixa “otimista quanto ao futuro desta geração, tanto em termos de mentalidade quanto de compromisso em representar a Seleção Nacional”.

À semelhança da formação feminina, esta seleção também realizou jogos de preparação diante a Polónia, e o Selecionador masculino aponta tópicos a ter em atenção. “É essencial melhorar rapidamente em aspetos chave como a intensidade de jogo, a capacidade de atacar e defender no 1×1, no jogador com bola como sem bola, e a eficácia na finalização perto do cesto e no lançamento exterior. Dominar estas competências será fundamental para conseguirmos dar um salto qualitativo no confronto internacional”, confirma o técnico.

“Vejo nesta geração uma ambição enorme e uma vontade de melhorar a cada dia, com o objetivo de elevar o nome de Portugal cada vez mais alto”, explica Paulo Raminho ao declarar que este é um sinal de que as próximas etapas serão de grande crescimento e nivelamento com os melhores.

Próximo passo: estar o “melhor preparado possível para o primeiro grande desafio no Campeonato da Europa de 2025”, conclui.

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