Polónia repete êxito da véspera (61-46)

O segundo jogo de preparação entre as selecções principais femininas da Polónia e de Portugal não teve o mediatismo do da véspera, porque o desta manhã foi de carácter particular, enquanto o de ontem foi oficial, com hinos e tudo o que é habitual.

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30 MAI 2013

Presumimos que o facto de o primeiro jogo ter sido considerado oficial se deva ao facto de ser a primeira vez que as selecções mais representativas dos dois países se defrontaram em solo polaco.

Hoje é feriado (Corpo de Deus) na Polónia pelo que o percurso de autocarro que nos transportou até ao pavilhão foi bem mais célere do que nos dias anteriores. Feriado é feriado em qualquer parte do mundo e por isso… as diferenças não são praticamente nenhumas. A população aproveita para retemperar energias como é natural. Sobre o jogo desde já dizer que foi diferente do de ontem. Desta feita entrámos mal (10-0 para a Polónia no minuto 5), obrigando Ricardo Vasconcelos a parar o cronómetro. O tiro exterior não saía, as dificuldades na área pintada eram enormes face à maior estatura e peso das polacas e era preciso proceder às necessárias rectificações. Mas as coisas não fluíam como na véspera (a Polónia estudou bem a lição depois de ver como jogávamos) e no final do quarto inicial (21-3) a diferença já era significativa. A eficácia das nossas adversárias era tremenda: 64% (9/14) nos lançamentos de campo, repartidos por 75% (6/8) nos duplos e 50% (3/6) nos triplos. Ao invés Portugal estava desastrado (0/10 nos lançamentos de campo), com os pontos a serem obtidos apenas da linha de lance livre. No 2º período (16-18) o rendimento melhorou, como da noite para o dia. Melhor atitude defensiva, mais concentradas e confiantes no ataque, nomeadamente nos tiros do perímetro que começaram a cair (3 em 6 tentativas), com destaque para a experiente Vera Correia (2/4). Outro aspecto em que se registou melhoria foi no número de faltas provocadas (10 em 20 minutos). Ao intervalo (37-21) já tínhamos ido 12 vezes à linha de lance livre e com bom aproveitamento (83%). Mantinha-se naturalmente a pecha da inferioridade na luta das tabelas (21-12 ressaltos a favor das anfitriãs) e a fraquíssima eficácia nos lançamentos de 2 pontos (1/12). No 3º quarto (5-16) a agressividade defensiva aumentou e assim conseguimos provocar várias situações de 24 segundos sem lançamento às nossas adversárias. Sofia Carolina finalmente apareceu na área pintada a concretizar (4/4), sendo assim a nossa marcadora de serviço neste período. Por seu turno a nossa melhoria na defesa condicionou a manobra ofensiva da Polónia que só marcou 5 pontos (2 duplos e 1 lance livre), particularmente entre o minuto 24 (41-28) e o minuto 30 (42-37).No último período (19-9), quando encostámos o resultado a 3 pontos (42-39), logo no minuto 31 através de uma entrada de Mª João Correia, pelo corredor central e tudo fazia crer que a recuperação era um facto incontornável, o cansaço veio ao de cima e o maior poder físico das anfitriãs fez a diferença. Em 6 minutos consentimos um parcial de 16-2 (!), com a margem pontual a pular para 17 (58-41). O lançamento exterior de Agnieszka Skobel (2 /2 nos triplos num total de 9 pontos conseguidos nestes últimos 10 minutos) foi decisivo para o cavar da diferença, que veio a cifrar-se nos 15 pontos finais (61-46).Resultado final: Polónia 61-46 PortugalO seleccionador nacional, Ricardo Vasconcelos, analisou a partida no final: “ Basicamente o jogo de hoje foi muito marcado pelo facto de termos tido um curto período de recuperação dum jogo para o outro (menos de 15 horas). Também encontrámos pela frente uma Polónia a defender de forma muito mais física e agressiva o que nos fez iniciar o jogo de forma desastrada (10-0 em 5 minutos). A ilação importante a tirar do encontro foi a forma como reagimos em que demonstrámos muito carácter ao ganhar o 2º e 3º período, colocando o resultado a 3 pontos no início do último quarto, portanto com o jogo perfeitamente em aberto. No 3º período limitámos o ataque polaco a apenas 5 pontos. Claro que esta percepção de superação a juntar ao já referido curto espaço temporal de recuperação, fez com que nos apresentássemos nos últimos 5 minutos em nítida quebra física. Temos agora dois vídeos para ver (dos 2 jogos), dois treinos para corrigir o que esteve menos bem e dois jogos com a Eslovénia para rectificar e melhorar todos os pequenos detalhes que nos vão trazer um colectivo mais forte.”. Na selecção polaca a mais valiosa foi Joanna Walich (15,0 de valorização) ao anotar 9 pontos, 3/3 nos duplos, 6 ressaltos sendo 2 ofensivos, duas assistências, 2 desarmes de lançamento e duas faltas provocadas, com 3/4 nos lances livres. Foi bem secundada pela poste Agnieszka Majewska (11 pontos, 5 ressaltos sendo 3 ofensivos, uma assistência, 1 roubo e duas faltas provocadas, com 1/1 nos lances livres) e pela extremo Agnieszka Szott-Hejmej (5 pontos, 2/3 nos lançamentos de campo, 4 ressaltos sendo 1 ofensivo, 2 roubos e 4 faltas provocadas).No seleccionado luso a melhor marcadora e MVP da partida (16,5 de valorização) foi a poste Sofia Carolina (12 pontos, 4 ressaltos sendo 1 ofensivo, 3 roubos, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas, com 4/4 nos lances livres), que subiu de rendimento após o intervalo. Foi bem acompanhada pela experiência de Vera Correia (9 pontos, 2/5 nos triplos, 3 ressaltos sendo 2 ofensivos, 3 roubos e duas faltas provocadas, com 3/4 nos lances livres). Referência também em alguns pormenores para a poste Lavínia Silva (melhor ressaltadora da equipa com 5 ressaltos sendo 2 ofensivos), Carla Nascimento (3 assistências, 2 roubos e 4 faltas provocadas), Mª João Correia (3 assistências) e Ana Oliveira (2 roubos e 3 faltas provocadas, com 3/4 nos lances livres). E m termos globais o triunfo da Polónia justificou-se pela supremacia na luta das tabelas (36-26 ressaltos), mais na tabela defensiva (27-18) já que na tabela ofensiva (9-8) as nossas representantes deram boa conta de si. Decisiva foi quanto a nós a maior eficácia nos lançamentos de campo (50%-30%), tanto nos duplos (54%-33%) como nos triplos (39%-25%), com as duas equipas a acertarem o mesmo número de tiros (5) mas com as polacas a precisarem de menos tentativas (13 contra 20). Foram também mais colectivas (14-8 assistências).Portugal cometeu menos erros (23-20 turnovers) e esteve ligeiramente melhor nos roubos de bola (10-11). Foi ainda mais eficaz da linha de lance livre (53%-72%), desperdiçando 5 em 18 tentativas, enquanto as polacas foram mais perdulárias (7 falhanços em 15 tentados). Ficha de jogoGdynia Sports Hall, em Gdynia (Polónia)Polónia (61) – Weronika Idczak, Magdalena Skorek (5), Agnieszka Szott-Hejmej (5), Magdalena Leciejewska (6) e Agnieszka Majewska (11); Martyna Koc (5), Dominika Owczarzak (7), Joanna Walich (9), Paulina Misiek (2), Magdalena Zietara, Aleksandra Pawlak e Agnieszka Skobel (11) Portugal (46) – Carla Nascimento (2), Carla Freitas (5), Ana Oliveira (3), Vera Correia (9) e Sofia Carolina (12); Lavínia Silva (4), Mª João Correia (2), Inês Faustino (3), Dora Duarte, Joana Jesus (3), Mª João Andrade (3) e Francisca BragaPor períodos: 21-3, 16-18, 5-16, 19-9Árbitros: Tomasz Kudlicki, Damian Ottenburger e Ewa Matuszewska Amanhã é dia de viajar para a Eslovénia. Pequeno almoço às 05H30 e saída matutina do Hotel Kuracyjny, por volta das 06H00, já que o voo que levará a comitiva portuguesa até Ljubljana tem a partida marcada para as 08H15, do Aeroporto Lech Walesa, em Gdansk. Teremos uma escala de duas horas e meia em Frankfurt e só então a ligação para a capital eslovena, com chegada prevista para as 13H50 locais (12H50 portuguesas). Depois uma viagem de autocarro até Kranjska Gora, estância de desportos de inverno onde terão lugar os dois jogos de preparação com a Eslovénia, no próximo fim-de-semana.

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30 MAI 2013

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