«Ponto mais alto da minha carreira»
Foi adjunto durante vários anos, mas agora teve a oportunidade assumir a liderança de um projeto, neste caso a seleção de sub-16 feminina.

Seleções | Treinadores
25 DEZ 2014
O treinador quer dar continuidade ao trabalho desenvolvido, mas também acrescentar o seu cunho pessoal, pois os objetivos a que a equipa propõe são ambiciosos, ou não estivesse a competir na Divisão A…
Como recebeu o convite de ser promovido a treinador principal da Seleção de Sub 16 Feminina?
Recebi com muita alegria, porque foi um objetivo que sempre tive e trabalhei durante a minha carreira, para tentar um dia conseguir chegar a orientar a Seleção do meu País o que para mim é um orgulho enorme.
Sente que terá de mudar muito tendo em conta a sua nova função dentro da Seleção?
Sinto que tenho ainda mais responsabilidades do que as que tinha já antes, mas de um modo geral tenho que ser eu mesmo. Talvez um pouco ainda mais observador e tranquilo. Penso que sim, já que o trabalho que se tem realizado tem sido muito positivo e que felizmente tive o privilégio de estar a ajudar a Catarina e o Ricardo, com o meu contributo.
Logicamente que quererá que a equipa tenha o seu cunho pessoal. O que irá procurar acrescentar à Seleção?
Evidentemente que a algumas coisas que irão ter o meu cunho pessoal, mas como se costuma dizer se as coisas já funcionam bem, acima de tudo dar continuidade ao trabalho. Se possível, aproveitar da minha experiência como adjunto para melhorar em alguns aspetos que não correram também como desejávamos.
Quais as principais preocupações neste primeiro período de trabalho da Seleção?
As principais preocupações é saber o nível em que se encontram as jogadoras. Desenvolver algum trabalho ou ideias para aquilo que vamos tentar fazer mais a frente. E fazer sentir as jogadoras principalmente as que vem a seleção na sua primeira vez a responsabilidade que tem em representar Portugal o orgulho que se tem que ter por estar neste patamar e as mais velhas ou seja as que já fizeram Europeu passarem a mensagem as mais novas do que é representar o nosso País.
Tem pela frente o enorme desafio de tentar manter a Seleção na Divisão A. Quais os principais problemas que este novo grupo de trabalho irá ter pela frente no próximo Europeu?
É um desafio enorme, o maior da minha longa carreira de treinador. O mais fácil era não aceitar este desafio ou mais cómodo. Mas acredito no meu trabalho e nas pessoas que vão trabalhar comigo e sinto-me com muitas ganas para este desafio. Os maiores problemas é a falta de contactos internacionais, mas não adianta lamentar é o que temos e com o que temos fazer o possível e impossível, trabalho e mais trabalho.
Já teve a experiência de disputar um Europeu em Portugal. Qual é a sensação? E se funciona como uma pressão extra o facto de querer corresponder ao apoio de milhares de pessoas?
Sim felizmente tive essa experiência, foi um momento fantástico ver aquela gente toda a apoiar a Seleção Sub-16 feminina, mais gente do que em muitos jogos de futebol da nossa Liga. O envolvimento das pessoas o apoio que sempre nos deram. Indiscritível ouvir o hino do meu Pais com um pavilhão assim, as pessoas que nunca nos viram a passar na rua a desejarem boa sorte a dizerem logo vamos estar lá, temos que ganhar lindo, lindo. E disputar a final foi uma grande promoção talvez das maiores de sempre para o basquetebol nacional.
É uma pressão extra porque queremos não falhar e ainda mais por cima ser a jogar em casa. Mas temos que aproveitar para ser uma vantagem jogar em casa com o apoio daquele maravilhoso público. Jogar em casa tem que ser um fator positivo e saber aproveitar o mesmo e é isso que vamos fazer.
Está ligado há muitos anos ao basquetebol feminino de formação. Esta nomeação é o ponto mais alto da sua carreira?
Sim estou ligado a mais de 30 anos. Felizmente já trabalhei com a Seleção Nacional de Seniores como adjunto e nas Sub-16. Sem duvida que é o ponto mais alto da minha carreira.