Portugal com duas faces
O jogo não correu de feição à equipa portuguesa, derrota por 62-72, sobretudo pela forma como se desenrolou a 1ª parte.

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7 SET 2016
Nos primeiros 20 minutos, Portugal não conseguiu impor o seu estilo de jogo ofensivo, fluido, com circulação de bola, sempre na procura do desequilíbrio defensivo de forma a criar o lançamento da equipa. Na segunda metade, mesmo obrigada a ter que correr atrás do prejuízo, os jogadores portugueses voltaram a mostrar o seu querer, a sua forma de estar competitiva, conseguindo mesmo fechar o jogo e discutir pela vitória nos minutos finais. A seleção terá agora pela frente mais uma longa viagem, para depois preparar o jogo do próximo sábado, em Oliveira de Azeméis, frente à poderosa Polónia.
Não que a Bielorrússia tivesse surpreendido taticamente, mas a verdade é que Portugal sentiu muitas dificuldades para conseguir fazer pontos durante os primeiros vinte minutos, e na defesa não foi tão disciplinada como se desejaria de forma a poder condicionar o ataque adversário. As percentagens de lançamento não foram famosas e a equipa tinha dificuldades em dar continuidade aos seus ataques e partilhar a bola (1 assistência na 1ª parte). Ao intervalo, Portugal foi para os balneários a perder por dezasseis pontos de diferença (25-41), nada que beliscasse a atitude e o desejo de querer fazer sempre mais e melhor.
A entrada na etapa complementar provou isso mesmo, com um parcial de 8-0, relançado de imediato o jogo, numa clara declaração que estava em condições de lutar pela vitória. O aumento da agressividade defensiva por parte de Portugal, tanto sobre a bola, como no fecho das linha de passe, desregulou por completo o ataque da Bielorrússia, valendo-lhes a presença no ressalto ofensivo, que era depois traduzida em pontos, em segundos lançamentos.
A luta das tabelas (29-41) acabou por pesar no desfecho desfavorável do jogo, mas a verdade é que a pouco menos de quatro minutos do final Portugal perdia por apenas seis pontos, e viu-lhe ser assinalada uma falta, muito discutível, quando já em posse de bola. Mesmo tendo terminado o jogo com uma percentagem de lançamentos de 31.7% (4/23 – 17.4% de 3pts), a seleção nacional foi capaz de discutir o jogo, pelo que reúne condições para, em casa, provar que é melhor que esta Bielorrússia.
A nota de destaque vai para a atitude revelada pelo grupo de trabalho durante a 2ª parte, embora se tenha que realçar as exibições individuais de João Betinho Gomes, somou mais um duplo-duplo (21 pontos e 11 ressaltos), José Silva (15pts e 3 roubos de bola) e Pedro Pinto (12pts, 5 assistências, 3 ressaltos e 2 roubos de bola).