Portugal consegue competir mas Suécia foi superior

A Selecção Nacional de Sub 16 masculinos fez um bom jogo, bateu-se muito bem, mas não conseguiu contrariar a superioridade da Suécia que evidenciou um maior nível de intensidade ao longo de todo o jogo, sendo o resultado final 53-70.

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10 AGO 2015

A equipa portuguesa estava focada vencer com a equipa que estava colocada à sua frente na classificação do Grupo D, para tentar discutir os primeiros 8 lugares do Campeonato da Europa de Sub 16 Masculinos que decorre em Sofia na Bulgária. Contudo não conseguiu contrariar a antevista superioridade da Suécia, especialmente no 2º período em que o jogo se desequilibrou de forma decisiva (-14 pontos para Portugal). Assim, Portugal ficou em 3º lugar no grupo D (2v. 3 d.), atrás da Estónia (5 v.) e Suécia (4v. 1d.) e à frente da Ucrânia (2v. 3d.), Islândia (1v. 4d.) e Macedónia (1v. 4d.).

 

Um objetivo que se manteve perfeitamente em aberto durante os primeiros 10 minutos do encontro, numa clara mostra de da capacidade competitiva e ambição da equipa nacional. O 1º período foi bastante equilibrado (18-18), com Portugal a conseguir conter as penetrações adversárias, reconhecidamente um dos seus pontos fortes, através de uma eficaz defesa hxh, e a não se perturbar com a defesa zona 1-3-1 da Suécia. Atuando com a clarividência necessária para criar boas situações de lançamento, concretizando com boas percentagens de 2 e de 3 pontos.

 

No 2º período, a nossa Selecção sentiu grandes dificuldades em construir boas situações de lançamento, apenas concretizando 2 cestos de campo. Em virtude de a Suécia ter aumentado a agressividade da sua defesa, tanto na zona 1-3-1 como no hxh, colocando sempre grande pressão sobre o base de Portugal. Adicionalmente a equipa portuguesa ía sentindo cada vez mais dificuldades em conter as penetrações da equipa sueca e manifestava uma grande passividade na luta dos ressaltos (nesse período a Suécia conquistaram 8 ressaltos ofensivos e 8 defensivos, contra apenas 1 e 5 de Portugal). O resultado parcial deste período foi muito desfavorável a Portugal (7-21), pelo que no final da 1ª parte a suécia já comandava claramente por 39-25. 

 

Portugal conseguiu equilibrar o 3º período (parcial de 11-10), fruto de uma maior concentração e agressividade defensiva, utilizando alternadamente defesas zona press 2-2-1 e 2-3 e hxh, com o que conseguiu conter as penetrações da equipa sueca, mas continuando a sentir muitas dificuldades no ressalto defensivo.

 

No último período, os comandados de António Ferreira melhoraram a sua capacidade concretizadora, especialmente de 2 pontos em resultado de maior agressividade no ataque ao cesto, através de penetrações e ressaltos ofensivos, associada a uma melhor circulação da bola no ataque e de algumas recuperações decorrentes de maior agressividade e de alternâncias defensivas. Portugal, aumentando o risco defensivo, conseguiu reduzir a diferença até 7 pontos, a cerca de 6,30 minutos do final, mas a Suécia conseguiu responder, até com elevada percentagem de 3 pontos (4 em 6 neste período), dilatando o resultado final para 53-70, desfavorável a Portugal.

 

O resultado final acaba por espelhar o que se passou no jogo e as diferenças entre as duas equipas: Portugal não conseguiu equilibrar com continuidade e permanência o nível de intensidade ofensiva e defensiva. Portugal teve melhores percentagens de lançamentos de campo (50% vs 38%), mas fez menos 20 lançamentos, dada a maior dificuldade em construir os ataques, circular a bola e atacar o cesto. Portugal foi muito inferior a atacar a bola, no ressalto defensivo (perdemos 16 ressaltos na nossa tabela, que se traduziram em 13 pontos de 2º lançamento) e a provocar erros (tivemos 24 perdas de bola, contra 14 do adversário). A selecção da Suécia é superior em termos de técnica e táctica individual, permitindo-lhe construir soluções colectivas ofensivas e defensivas com maior variabilidade e simplicidade.

 

Mais uma bela exibição de Vladi Voytso, que terminou o encontro com um duplo-duplo (16 pontos e 11 ressaltos). 

 

Esta terça-feira é dia de descanso na competição, e no dia seguinte Portugal iniciará a disputa da classificação do 9º – 16º lugares, integrando um grupo com a Suiça, Hungria e Ucrânia, para o qual parte já com a vitória sobre a Ucrânia, na 1ª fase. A Selecção mantém o objectivo de competir e discutir o resultado com todas as equipas, perspectivando-se que os próximos jogos sejam equilibrados, existindo boas hipóteses de poder terminar na 1ª metade da classificação. 

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10 AGO 2015

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