Portugal desperdiçou oportunidade de vencer a Bulgária e disputar pelo 9º lugar
O desaire da equipa portuguesa diante da Bulgária (58-67) afastou Portugal da luta pelo 9º lugar.

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15 AGO 2015
Os comandados de António Paulo Ferreira voltaram a mostrar-se competitivos, isto porque nem o mau desempenho durante o 2º período afastou em definitivo a formação lusa lutar pela vitória. A meio do 4º período o jogo estava empatado a 52 pontos; a pouco mais de 2 minutos do final Portugal perdia por três, mas faltou eficácia ofensiva nos momentos finais do encontro. Assim, Portugal vai este domingo discutir o 11º lugar do Campeonato, defrontando a Dinamarca, que na 1ª fase ficara à frente da Bulgária no Grupo A (assim como Portugal ficou à frente da Ucrânia, que agora vai lutar pelo 9º lugar com a Bulgária). A Dinamarca é uma equipa muito agressiva em termos defensivos e que luta por todas as bolas, pelo que vai ser adversário muito duro e difícil. Portugal continuará a apresentar-se com o objectivo de competir e a procurar a melhorar classificação, estando já assegurado que se irá posicionar na 1ª metade da classificação.
A Selecção Nacional de Sub 16 masculinos não esteve bem no jogo com a Bulgária. Esteve intranquila e pouco confiante e determinada no ataque; esteve desconcentrada na defesa em vários períodos e permitiu muitos cestos fáceis, perante a equipa da casa adversário muito forte que aspirava a competir pelos primeiros lugares, o que não surpreendentemente não conseguiu.
O 1º período foi equilibrado (18-15), embora Portugal tenha liderado a maior parte do tempo pois, mesmo sem ter estado bem, conseguiu construir algumas boas situações de lançamento que aproveitou, fruto de algum trabalho ofensivo esclarecido, e defendeu com agressividade, provocando alguns erros à equipa contrária que lhe proporcionaram alguns cestos fáceis.
Contudo no 2º período a equipa portuguesa este muito mal, sendo incapaz de organizar o ataque, não conseguindo circular a bola, criar linhas de passe, ser ofensiva e criar boas situações de lançamento. Ao aumento da agressividade defensiva da equipa búlgara, especialmente sobre os bases e sobre as linhas de passe exteriores, os jogadores portugueses parece que se intimidaram e demonstraram uma grande passividade, cometendo muitos erros e falhando inclusive alguns lançamentos fáceis que surgiram e proporcionando muitos cestos fáceis ao adversário. Assim, Portugal sofreu um parcial de 14-0 no início do 2º período, o qual nem com 2 descontos de tempo solicitados pelo treinador nacional foi possível reverter. Só final do 2º período, a equipa portuguesa reagiu e estancou o avolumar da vantagem contrária, chegando-se ao intervalo com a Bulgária a liderar por 39-30, tendo Portugal sofrido demasiados pontos devido a erros cometidos que proporcionaram cestos fáceis do adversário nas transições ofensivas e jogo interior, dois dos seus pontos fortes.
No 3º período, Portugal conseguiu equilibrar o jogo, melhorando significativamente em termos defensivos, através da defesa zona 2-3 (e também hxh agressivo sobre a bola e linhas passe). E apesar de não ter conseguido melhorar a qualidade do jogo ofensivo, que continuava pouco fluido e pouco agressivo, foi criando algumas boas situações de lançamento que desperdiçou inacreditavelmente, mantendo uma baixa eficácia. A equipa continuava muito macia face à agressividade defensiva e ao jogo contacto físico provocado pelo adversário e falhou demasiados lançamentos curtos.
No 4º período, Portugal melhorou o seu trabalho no ataque e aumentou a eficácia do lançamento, tendo progressivamente criado mais dificuldades ao ataque adversário através de defesas agressivas e bem ajustadas, alternando a zona 2-3 e o hxh. Assim, conseguiu ir reduzindo a diferença, chegando ao empate a 52 pontos a meio do período. A equipa manteve-se a discutir o jogo até final, estando a perder por 58-61 a 2 minutos do fim, mas depois disso não teve o discernimento, a confiança e a determinação necessárias para concretizar mais pontos, deixando o resultado fugir para 58-67 a favor da Bulgária.
A equipa portuguesa esteve sempre a discutir o resultado, conseguiu contrariar muitas vezes os pontos fortes do adversário – transição ofensiva, penetrações e jogo interior -, mas não teve a determinação e a confiança para contrariar a maior intensidade e jogo de contacto físico que a Bulgária impôs, cometendo muitos erros e não aproveitando bem os que o adversário cometeu. A equipa nacional não esteve nada bem nos lançamentos de curta e média distância (18/49 – 36.7%), se bem como os 22 turnovers cometidos, ainda assim em menor número que o seu adversário (25), em nada colaboraram para o sucesso de Portugal.
Mais um duplo-duplo (15 pontos e 10 ressaltos) registado por Vladi Voytso, num jogo em que Francisco Amarante (11 pontos, 2 ressaltos e 2 roubos de bola) terminou igualmente nos dois dígitos. Destaque ainda para os 4 pontos, 9 ressaltos e 3 assistências contabilizados por Paulo Caldeira, e os 8 pontos, 5 assistências e 3 ressaltos registados por Pedro Lança.