Portugal deu luta

O último jogo de Portugal na fase de qualificação para o Eurobasket´2015 não culminou com um triunfo da equipa portuguesa (derrota frente à Geórgia por 59-71), mas confirmou que a Seleção encurtou distâncias para as equipas mais fortes do basquetebol europeu.

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27 AGO 2014

Os maus inícios dos quatro períodos do jogo comprometeram as aspirações de Portugal, se bem que em largos períodos do jogo a formação nacional tenha revelado capacidade e qualidade para se bater de igual para igual, diante um adversário super motivado, já que um triunfo neste encontro colocava os georgianos no próximo Europeu de basquetebol.

 

Os jogadores portugueses demoraram algum tempo a encontrarem o caminho do cesto, obrigando, uma vez mais, a que tivessem de correr atrás do prejuízo. Corrigidos alguns erros defensivos, nomeadamente as defesas de ajuda, e assim que conseguiu equilibrar a luta das tabelas (29/43), Portugal passou a discutir o jogo, embora sempre atrás no resultado por curtas vantagens.

 

No final da 1ª parte, os comandados de Mário Palma perdiam por cinco pontos (31-36), tendo desperdiçado as cinco oportunidades de que dispuseram da linha de lance-livre. A bola não chegava com tanta facilidade aos jogadores interiores georgianos, a comunicação defensiva era melhor, a Geórgia não dispunha de segundos e terceiros lançamentos, fatores que somados colocavam Portugal na discussão do jogo ao intervalo.

 

O inicio do segundo tempo voltou a ser favorável à equipa da casa, aproveitando com grande eficácia, através da exploração do contra-ataque, alguma precipitação ofensiva dos atletas nacionais, pelo que o resultado naturalmente disparou (43-33). O conjunto português recompôs-se, ainda que continuasse a revelar uma enorme ineficácia da linha de lance-livre (5/15 – 33.3%), começou a acertar o seu tiro exterior (8/21 – 38.1%), e no final do 3º período mantinha o resultado em aberto, embora se encontrasse em desvantagem (45-52).

 

Os últimos 10 minutos coincidiram com o pior período da equipa portuguesa, sobretudo porque perderam o seu rigor tático, abusaram do drible nas situações ofensivas, forçaram alguns lançamentos, o que se traduziu numa deficiente recuperação defensiva. A intensidade defensiva baixou, os erros defensivos sucederam-se, tendo sido bem aproveitados pela Geórgia para somar cestos fáceis finalizados em penetrações em drible.

 

O resultado final é bastante enganador, já que Portugal não foi assim tão inferior à Geórgia, embora em pequenos períodos do jogo não conseguiu ser consistente, revelando-se incapaz de compensar defensivamente o insucesso que tinha no ataque. No derradeiro quarto, a equipa liderada por Mário Palma pagou a fatura da pouca rotatividade da equipa na etapa complementar, com o cansaço acumulado a retirar discernimento para continuar a executar o plano de jogo delineado pelo selecionador nacional.

 

O poste Cláudio Fonseca (17 pontos, 4 ressaltos e 3 roubos de bola) voltou a ter uma prestação muito positiva, faltando-lhe apenas alguma agressividade e capacidade de luta para impedir o ganho de posição por parte dos jogadores interiores adversários. O extremo José Silva (12 pontos) mostrou-se muito mais confortável a desempenhar o papel de atirador, sobretudo na forma como lia as saídas bloqueadas. João Soares (10 pontos) revelou uma grande utilidade, tendo ajudado a equipa em várias áreas do jogo.

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27 AGO 2014

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