Portugal lutou muito mas não teve eficácia no lançamento
A Seleção Nacional sub-16 masculina não conseguiu manter-se na senda dos triunfos e, depois de na véspera ter ganho a Islândia, sexta-feira cedeu diante da Macedónia, por 51-40, na segunda jornada da fase de grupos do Campeonato da Europa, Divisão B, que decorre na Bulgária.

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7 AGO 2015
Este sábado a equipa mede forças com a Estónia, por volta das 19h30 portuguesas.
Bom começo dos jovens portugueses (9-2), com excelente atitude defensiva que permitiu obter alguns pontos após perdas de bola provocadas ao adversário. Aumento de dificuldades na defesa das penetrações, característica principal do ataque da Macedónia e em que se revelaram muito fortes, e que lhes permitiu encostar o resultado à diferença mínima (9-8). Um problema sustido durante alguns minutos da primeira parte, até ao empate a 16 pontos, com a introdução de uma defesa zona press 2x2x1 e 2×3 em meio campo.
Ainda no 2º período, a equipa nacional voltou à defesa hxh, pois não estava a tirar proveito da defesa zona. Apesar de estarmos a conseguir obter boas situações de lançamento exterior a ineficácia ofensiva manteve-se, pois as percentagens foram muito baixas, e a capacidade de concretizar penetrações e tirar vantagens no jogo interior foram quase inexistentes.
A meio do 3º período, perante a máxima vantagem da Macedónia (15 pontos), o selecionador nacional optou por baixar claramente a altura da equipa, aumentando a pressão defensiva, hxh todo o campo, e melhorando a fluidez do ataque, o que permitiu equilibrar a partida e reduzir a desvantagem até 5 pontos (36-41), a menos de 4 minutos do fim. Voltava a estar tudo em aberto, um prémio para a boa recuperação dos comandados de António Paulo Ferreira. Mas um parcial negativo de 6-0 hipotecava a ambição de Portugal poder dar a volta ao resultado. Faltou a clarividência necessária ao taque luso para tomar as melhores opções no ataque.
A Seleção Nacional bateu-se até à exaustão, com muita coragem, mas revelou muitas dificuldades em obter boas percentagens de lançamento de campo sob pressão. Assim como de jogadores libertos, a pressão do resultado, capazes de criar boas situações de lançamento com penetrações e assistências, em concretizarem com contacto físico, situações em que os macedónios se revelaram mais fortes, apesar de terem uma estatura idêntica à nossa.
Apesar de ter conquistado 49 ressaltos, 23 dos quais ofensivos, a falta de pontaria de longa distância (1/17 – 5.9% de 3 pontos) complicou, e de que maneira, a tarefa da seleção portuguesa. De dois pontos a eficácia também não foi brilhante (15/53 – 22.6%), pelo que se torna relativamente fácil explicar este insucesso dos Sub-16 Masculinos. Neste jogo a percentagem de concretização de lance-livre melhorou bastante, atingindo um valor aceitável (68%) e próximo do adversário.
Vladi Voytso (14 pontos e 11 ressaltos) esteve muito bem nos dois lados do campo, especialmente na tabela ofensiva (7). Francisco Amarante (13 pontos, 6 ressaltos e 3 assistências) terminou igualmente nos dois dígitos em pontos marcados.