Portugal perde com Bielorrússia
A forma atípica como Portugal voltou a iniciar,em Fafe, mais um jogo da fase de apuramento para o próximo Eurobasket (15-28), precipitou nova derrota da equipa nacional (75-82), desta vez diante da Bielorrússia.
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27 AGO 2012
O que não significa que Portugal não tenha sido uma vez mais competitivo, voltando a ficar muito perto de em alguns momentos do encontro poder passar a controlar a marcha do marcador. A atitude esteve sempre presente, o desejo de vencer por parte de toda a equipa de trabalho é evidente, mas a este nível exige-se maior eficácia na hora de atirar ao cesto, bem como um rigor ofensivo que aproxime o mais possível a equipa da excelência.
Certamente não estaria nos planos da nossa Seleção permitir que o adversário construísse nos primeiros 10 minutos do encontro uma vantagem de treze pontos. O acerto da linha de três pontos por parte dos bielorrussos no primeiro quarto (4/5) contrastava com a falta de pontaria dos jogadores portugueses. Recuperado do mau momento inicial, Portugal conseguiu encurtar distâncias e, no final do primeiro tempo, a equipa nacional recolocava-se na discussão do resultado (37-44).Na segunda parte a turma portuguesa subiu de rendimento, principalmente porque um quarteto começava a dar nas vistas em termos ofensivos. Mário Fernandes (19 pontos e 4 assistências) continuava a evidenciar que estava com a mão quente nos lançamentos longos; Cláudio Fonseca (15 pontos e 5 ressaltos) revelava ser, apesar da oposição do gigante bielorrusso, uma solução interior com belos movimentos de poste; João Santos (14 pontos, 6 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola) tentava colmatar a falta de estatura de Portugal alternando os cestos do exterior com pontos nas áreas mais próximas do cesto, o mesmo sucedendo com João Betinho Gomes (12 pontos, 8 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola), que passou a ser mais ofensivo, sobretudo de cada vez que decidia atacar o cesto em drible. Portugal no final do 3º período encostava o resultado á diferença mínima (57-58), deixando tudo em aberto para os últimos 10 minutos do encontro.E quando tudo levava a crer que o momento pertencia ao conjunto nacional, eis que a Bielorrússia começa o derradeiro quarto com um parcial de 10-0, aumentando novamente distâncias para a casa das dezenas. A defesa do bloqueio direto, mas fundamentalmente o forte jogo interior da equipa adversária causava mossa, enquanto que no ataque o coração falava mais alto que a cabeça. Más decisões ofensivas, bem como elevar o ritmo do jogo, levou a que a equipa se desunisse em termos defensivos, tornando mais complicada a difícil tarefa de parar o experiente cinco bielorrusso. Alheio a este facto não poderá estar o acumular de cansaço físico provocado pelo confronto com o peso e envergadura dos atletas bielorrussos, bem como o sobrecarga de minutos que alguns destes jogadores têm, a jogar de 3 em 3 dias, alguns deles sem estarem nas sua melhor forma física…Embora seja sempre custoso perder jogos, muitas ilações positivas podem ser retiradas deste encontro, bem como o crescimento internacional de alguns jogadores que dão os seus primeiros passos na Seleção. Mesmo falhando em alguns momentos chave do jogo, Portugal voltou a demonstrar alguma falta de eficácia nos lançamentos de curta e média distância, alguns deles bem próximos do cesto. O Selecionador Mário Palma no final do jogo estava visivelmente desgostoso por não ter conseguido vencer o encontro, algo que não lhe retirou a clarividência para afirmar uma vez mais que este grupo trabalha para alcançar o sucesso, e jogos como este fazem parte de um caminho que esta Seleção tem obrigatoriamente de percorrer para chegar ao sucesso neste tipo de competições.