Portugal perde invencibilidade na Finlândia
A Selecção Nacional não conseguiu manter o seu impressionante registo de vitórias consecutivas, ao perder, esta segunda-feira, na Finlândia, por 56-68.
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15 AGO 2011
O conjunto português foi superado porque do ponto de vista ofensivo esteve muito aquém do desejado, com paupérrimas percentagens de lançamento, principalmente da linha de lance-livre, diante de um adversário que soube explorar as transições rápidas, bem como alternar as soluções interiores com o temível tiro do perímetro. Um resultado negativo mas que em nada compromete as aspirações da equipa nacional, que pode muito bem vingar esta derrota a quando da visita dos finlandeses a Portugal.
Terminado o primeiro período do encontro (empate a 15 pontos) e a menor preocupação do técnico Mário Palma deveria ser a prestação atacante da equipa portuguesa. A verdade é que o conjunto português até ao intervalo desesperou para fazer pontos no ataque, isto porque não havendo uma referência interior, e assim não entrem os lançamentos de fora fica complicado para Portugal conseguir marcar cestos.Para agudizar ainda mais este mau período não foi alheio o facto de a equipa cometer demasiado turnovers (12 na 1ª parte), bem aproveitados pelos finlandeses para fazer pontos em contra-ataque ou transições ofensivas rápidas. Se a isto juntarmos o domínio da luta das tabelas, ficam explicadas as dificuldades sentidas pela equipa orientada pelo técnico Mário Palma, que ao intervalo perdia por 22-31.A segunda parte não mudou muito de feição, com os atletas nacionais a baterem-se até final, conscientes da importância da diferença pontual, mas sempre a correr atrás do prejuízo. Os finlandeses tiveram mérito na forma como defenderam, agressivos, a evitarem desequilíbrios defensivos na defesa do bloqueio directo, perante a turma nacional que a espaços se desorientou ofensivamente. Os atletas portugueses começaram a jogar mais com o coração do que com a cabeça e quando isso acontece normalmente o preço que se paga é sofrer pontos em contra-ataque pois a equipa não está preparada para recuperar.Mesmo sem estar numa tarde inspirada, e ter de lutar contra uma equipa que respirava confiança, Portugal soube sempre encontrar forças para não deixar fugir a Finlândia no marcador, que explorou na perfeição as vantagens que tinha no jogo interior, ou os tiros que daí resultavam.Com as percentagens de lançamento que a equipa portuguesa teve – 33% de 2 pontos, 57% de lance-livre e 30% de 3 pontos (aceitável) – era muito difícil conseguir uma vitória, já que nos restantes itens de avaliação a equipa finlandesa levou a melhor.Agora há que descansar preparar bem o próximo jogo, com a consciência que um triunfo na Hungria será um passo de gigante rumo ao Eurobasket na Lituânia. Todos acreditamos que o tiro exterior vai aparecer, que a inspiração individual vai surgir, tornando muito mais fácil a missão de Portugal tendo em conta todas as condicionantes que envolveram esta preparação.O extremo Carlos Andrade (11 pontos, 5 ressaltos e 2 assistências) foi o rosto do inconformismo português, Paulo Cunha (6 pontos e 10 ressaltos) voltou a estar irrepreensível na luta das tabelas, faltando-lhe agora elevar o seu contributo ofensivo, e uma palavra para António Tavares (11 pontos e 2 ressaltos), não se escondeu quando lhe pediram para assumir as responsabilidades ofensivas no momento em que os caminhos para o cesto estavam fechados, a quem desejamos que a lesão que contraiu não seja nada de grave.