Portugal sem soluções para o jogo interior da Bielorússia
Miskolç (Hungria) – Sempre pensámos que, sendo a 2ª vez que defrontávamos este adversário (a Bielorússia), tínhamos obrigação de rectificar os erros cometidos no jogo anterior, realizado na passada 2ª feira, em que a derrota pesada (30 pontos) aconteceu porque a equipa entrou desconcentrada e dificilmente se poderia anular a desvantagem concedida no 1º período.
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14 AGO 2011
Tal não aconteceu e por isso resta-nos discutir amanhã a 7ª posição com a aguerrida selecção de Israel.
Pese embora as indicações transmitidas pela equipa técnica, as nossas representantes tornaram a entrar mal na partida (0-8, no minuto 3), obrigando Kostourkova a parar o cronómetro. A vantagem das nossas opositoras subiria para os 0-11 e foi Jéssica Almeida que descobriu o caminho para o cesto à entrada do minuto 5. Embaladas as portuguesas chegaram a 6-11, fazendo com que o treinador Viktar Bialevich pedisse o seu 1º desconto de tempo, no minuto 6. A vantagem bielorussa chegou aos 12 pontos (9-21), mas um triplo de Nádia Fernandes, muito perto da buzina, fixou o resultado do 1º período (12-21). Um dos aspectos em que era notória a desconcentração das pupilas de Kostourkova era o elevado número de turnovers (8) ao cabo dos 10 minutos iniciais, tantos quantos os cometidos durante todo o jogo com a Alemanha.Jéssica Almeida bem tentava pôr ordem na casa, mas as suas companheiras não correspondiam. Embora a eficácia dos lançamentos de 2 pontos tenha melhorado no 2º quarto (11-17), para se fixar nos 50%, curiosamente o mesmo valor do adversário, o facto é que a Bielorússia tinha mais posses de bola, por via do maior número de erros das portuguesas, além de ser mais decidida a atacar o cesto, provocando naturalmente mais faltas. Ao intervalo (23-38) as nossas opositoras já tinham ido à linha de lance livre 17 vezes, contra apenas 8, e além disso com melhores percentagens.No reatamento as coisas não melhoraram, com a poste Maryna Ivashchanka, (1,90 m), MVP da partida, a fazer a diferença na área pintada, enquanto a base/extremo Lipinskaya continuava a ser mais rápida que as lusas, em penetrações convertidas em cesto com aparente facilidade. Jéssica Almeida com mais 8 pontos no 3º período (12-16) não conseguia contagiar as suas companheiras. No último quarto (13-10), ganho por Portugal, as nossas representantes deram um ar da sua graça, particularmente através de Helga Gonçalves (4 pontos seguidos e uma falta provocada) no espaço de um minuto, que terá feito a sua exibição mais consistente do campeonato e de Joana Jesus, que embora inferiorizada fisicamente, apareceu no derradeiro parcial, ao acertar o seu 2º triplo da tarde (44-62, no minuto 37) para selar o resultado final (48-64) com mais um duplo a 10 segundos da buzina.Destaque nas vencedoras para o trabalho da poste Maryna Ivashchanka, MVP do encontro com 22,0 de valorização (15 pontos, 7 ressaltos sendo 1 ofensivo, uma assistência, 1 roubo, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas, com 3/3 nos lances livres), bem acompanhada por Darya Lipinskaya (14 pontos, 6/8 nos duplos, 4 ressaltos sendo 1 ofensivo, duas assistências, 4 roubos e 3 faltas provocadas) e pela extremo/poste Maryia Papova (12 pontos, 7 ressaltos sendo 4 ofensivos, 1 roubo, 1 desarme de lançamento e 4 faltas provocadas). No seleccionado luso a mais valiosa foi Jéssica Almeida (16 pontos, 2 ressaltos defensivos, uma assistência e 3 faltas provocadas, com 2/2 nos lances livres), bem secundada por Joana Jesus (12 pontos, 2/8 nos triplos, 7 ressaltos sendo 2 ofensivos, 4 assistências, 4 roubos e uma falta provocada), com o senão de ter feito 6 turnovers e Helga Gonçalves (6 pontos, 3/4 nos duplos, 4 ressaltos sendo metade ofensivos e duas faltas provocadas). Raquel Jamanca bateu-se bem nas tabelas (11 ressaltos sendo 4 ofensivos) mas cometeu demasiados erros (5 turnovers)para uma jogadora na sua posição. Em termos globais a vitória da Bielorússia justifica-se basicamente porque foi mais eficaz nos lançamentos de campo (36%-43%), tanto nos duplos (44%-48%) como nos triplos (19%-25%). Cometeu menos erros (21-12 turnovers), provocou mais faltas (14-18), tendo um melhor aproveitamento da linha de lance livre (39%-58%), ao converter 11 das 19 tentativas contra apenas 5 em 13 tentados das nossas representantes e foi mais colectiva (8-9 assistências). As portuguesas ganharam as tabelas (38-37 ressaltos), com a curiosidade de a diferença de 1 ressalto ser na tabela ofensiva (15-14), já que na tabela defensiva cada equipa capturou 23 ressaltos. Além disso roubaram mais bolas (9-7 roubos). Ficha do jogo Portugal (48) – Jéssica Almeida (16), Joana Jesus (12), Joana Canastra (2), Raquel Jamanca (5) e Vânia Sousa ; Inês Pinto, Helga Gonçalves (6), Helena Costa (4), Mafalda Barros, Catarina Neves e Nádia Fernandes (3)Bielorússia (64) – Natallia BaKlaha (3), Darya Lipinskaya (14), Hanna Kalenta (11), Maryia Papova (12) e Maryna Ivashchanka (15); Ksenija Voishal, Katsiaryna Pratasevich (4), Katsiaryna Nialepka (3), Yuliya Haponava (2), Katsiaryna Shastsilouskaya, Alena Holubeva e Tatsiana Dudareva Por períodos: 12-21, 11-17, 12-16, 13-10Árbitros: Simon Unsworth (Inglaterra), Seppo Nyström (Finlândia) e Marc Mouton (Luxemburgo) Resultados:Meias-finais (1º ao 4º lugares)Croácia 83-73 LetóniaFinlândia 45-67 GréciaClassificação do 5º ao 8º lugaresIsrael 60-71 HungriaPortugal 48-64 BielorússiaCalendário para amanhã (14/08, domingo)7º/8º lugaresIsrael-Portugal (11H30)5º/6º lugaresHungria-Bielorússia (13H45)3º/4º lugaresLetónia-Finlândia (16H00)Final (1º/2º lugares)Croácia-Grécia (18H15)Os dois finalistas garantiram a subida à Divisão A.