Prioridade: Trabalho

Em fase de adaptação, a um novo basquetebol e a uma nova escola, o futuro é uma incógnita.

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28 SET 2006

Mas a vontade de trabalhar e a capacidade de liderança, fazem dela candidata a conseguir ‘um lugar nos pátios’. No Faial, no último Encontro Nacional de Minibasquete, revelou-se como um exemplo de trabalho, qualidade técnica e de liderança. Uniu uma equipa que teve a sua primeira experiência competitiva fora da ilha e provou que os “três ou quatro anos” nos minis deram frutos. Agora, é o fechar de um ciclo, aos 12 anos, e um frio na barriga por enfrentar uma nova realidade. Tatiana mudou de campo (para um maior, no escalão de iniciados) e mudou de escola (para o Liceu de Angra), e é uma das atletas que nos fazem ter vontade de voltar aos pavilhões.

“Acho que vai ser bom”, confessou a nossa figura da semana na véspera do primeiro treino no Boa Viagem, “mas por outro lado também tenho algum medo, porque não vai haver muitas colegas que eu conheça. Mas vou entregar-me bem e tenho esperanças que tudo corra bem. Acho que vai exigir mais de mim. Vou ter que me esforçar mais. Mas como adoro basket deve tudo correr bem”. Vontade e receios alargados ao resto da vida de Tatiana: a escola. “Por um lado é divertido, mas por outro é complicado. Não sabemos para onde ir, não sabemos o que fazer e até para jogar basket é mais difícil. Aliás, ainda nem tentei jogar porque, ou não queremos levar a bola, ou nem sabemos sequer se podemos ou não levar bola… Ainda estou numa fase inicial, a aprender como tudo funciona”. “CONTEM COMIGO” Mas não se pense que os receios significam medo de enfrentar as situações… Ao primeiro olhar, às primeiras palavras, vemos que se trata apenas de precaução. Porque é fácil notar que em breve ela terá o seu lugar ‘debaixo da tabela’, nos pátios do Liceu e nos pavilhões da Terceira. Competitiva e com personalidade forte, Tatiana antevê uma “época renhida”, para as Iniciadas do Boa Viagem, porque “este escalão é mais difícil do que os minis e a evolução das equipas vai ser maior”. Mas, apesar das férias darem “para enferrujar um pouco”, acha que “agora as coisas vão voltar ao sítio. Temos uma boa equipa. Muitas das jogadoras foram bem preparadas e já têm muitos anos de basket, por isso acredito que vamos ter uma equipa forte. O ano passado o Boa Viagem ganhou tudo nas Iniciadas e acho que com um pouco de esforço, algum divertimento e um pouco de amizade que as coisas vão correr bem”, refere a nossa figura da semana, pronta a dar o seu contributo. Quanto ao resto, a precaução continua a ser a receita… “Selecção? Vai ser difícil. Há pessoas melhores do que eu, que já estão neste escalão há mais tempo e que estão habituadas à Selecção. Por isso este ano não sei se será possível, mas também não é algo que pense muito. A minha prioridade é esforçar-me e trabalhar cada vez mais e não estar preocupada com isso”. FUTURO AMBICIOSO Muito esforço, muito trabalho e já agora alguma inteligência. Se a conversa deu para perceber a vontade em agarrar o futuro, deu tambémpara notar que o método e o cérebro podem ajudar bastante o futuro de Tatiana. “Agora as coisas já são mais a sério. Ainda não podemos estar a pensar na Universidade, mas temos de começar a ter ideias quanto ao futuro e para que tudo corra bem é preciso muito trabalho. Tenho novos objectivos, quero alcançar outras coisas e ser melhor do que fui até agora, até porque gostava de tirar medicina (pediatria), mas entre querer e poder vai uma grande distância, por isso tenho de me esforçar muito”, explica a atleta, levantando o véu sobre as suas metas: “Em termos de basket gostava dechegar longe, talvez jogar profissionalmente. Em termos de escola e profissão, talvez ter o meu próprio consultório. Mas isso ainda é cedo. No geral o que me interessa é conseguir cumprir os meus objectivos e não ter demais, nem ter de menos”. Para já, “ estudar muito e esperar para ver o que vai mudar, até em termos de horários, porque as coisas começam a apertar e o tempo já parece menos, mas gostar mesmo é de jogar basket. Depois, à noite, vejo televisão (Morangos com Açúcar), estudo e pouco mais… Tudo menos ler… Isso não gosto”, confessa Tatiana Dinis.

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28 SET 2006

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