Prova ultrapassada

Frente ao Marienses, as praienses mostraram que têm valor para estar na Série Açores e, quem sabe, sonhar com o título.

O dia era de estreia e a pressão fazia-se sentir, principalmente entre as mais novas, antes do início da primeira partida dos Vitorinos no Campeonato Nacional da II Divisão – Série Açores, frente ao Marienses. Mas bastaram alguns minutos, para perceber que o abismo que separa as duas equipas é grande demais para nervos. De um lado esteve uma equipa com algumas limitações, é certo, mas com um basquetebol organizado, planeado no ataque e agressivo na defesa, com dois ou três elementos que fazem a diferença e que ajudam o colectivo a alcançar os objectivos… Enquanto que no outro apareceu um grupo de jogadoras esforçadas, mas com grandes limitações a todos os níveis. Foram muitos os turn-overs, muitos os lançamentos disparatados, houve pouca mobilidade na defesa e, sobretudo, basquetebol sem qualidade suficiente para estas andanças… É certo que a participação das despromovidas marienses na Série Açores se deve à desistência do TAC (último vencedor da prova), mas esperava-se bem melhor de uma equipa habituada a este nível competitivo. Em relação ao primeiro jogo entre as duas equipas, a que assistimos, os Vitorinos apresentaram-se em campo com um misto juventude/experiência, com jogadoras habituadas a estas andanças, como Sandra Vvieira, Tânia Rrocha e Silvia Andrade, que tiveram ajuda preciosa das mais jovens Ana Faria, Ana Gonçalves, Mónica Rocha ou Vanessa Canto… Com um banco bem recheado, Paulo Pinto impôs uma rotação do cinco desde o primeiro período e saíu-se bem com as escolhas, já que todo o grupo respondeu à chamada, apesar de ser impossível não destacar a prestação de Sandra Vieira. A veterana apareceu em grande forma e conseguiu 29 pontos, muitos ressaltos e uma exibição de luxo. Do outro lado apenas Sara Puím e Venância Valente tiveram exibição positiva,mostrando que estão uns furos acima da mediocridade do resto do grupo. Mesmo assim a sua prestação foi insuficiente para escrevermos algo de bom sobre o conjunto de Santa Maria, que chegou aos 42 pontos muito por força do abrandamento das praienses no final do 2º e 4º períodos.a partida acabou por ter pouca história, com os primeiros dez minutos a acabarem com um esclaredor 22-4… Palavras para quê? Ao intervalo o marcador estava em 38-24 e no final o já conhecido 85-42. No segundo jogo entre as duas equipas, disputado no dia seguinte (21 de Janeiro), as da Praia da Vitória venceram por 61-45.Luta PrometeDesde a estreia a formação praiense já disputou outras quatro partidas, sempre fora de casa, frente às micaelenses do Operário e as faialenses do Fayal Sport. Nos quatro embates,sorte diferente para o conjuntoterceirense, que passou com distinção na deslocação a São Miguel, onde conseguiu duas moralizadoras vitórias por 61-43 e 51-64, frente ao Operário, mas que baqueou frente às faialenses. No último fim-de-semana apareceram as primeiras derrotas, embora os números espelhem algum equilibrio. No sábado os Vitorinos perderam por 56-52, no domingo por 68-59. No próximo fim-de-semana prossegue a competição com a equipa da Praia da Vitória a visitar o Pavilhão de Santa Maria. Os Vitorinos ocupa actualmente a 2ª posição, atrás do Fayal Sport, que ainda não perdeu na prova.Derby dá empateA equipa masculina dos Vitorinos,que também disputa a Série Açores do Campeonato Nacional de Basquetebol 2 (CNB2), encontrou-se este fim-de-semana com o outro conjunto terceirense em prova, o AngraBasket, conseguindo uma vitória e uma derrota no primeiro derby terceirense do torneio de apuramento à fase nacional. Nos dois jogos disputados em Angra do Heroísmo, os da Praia venceram no sábado, por 45-69, os de Angra venceram no domingo, por 59-53. classificação é comandada pelo Laranjeiras, seguindo-se Vitorinos, AngraBasket e Fayal Sport. Para o próximo fim-de-semana estão agendadas duas deslocações: Os Vitorinos vão até ao Faial; O Angrabasket B joga no terreno do líder, Laranjeiras.