“Quero conquistar o meu espaço e ser consistente durante a época”

O contingente de jogadores portugueses no estrangeiro vai ser reforçado por Michelle Brandão na nova temporada.

Atletas | Competições
7 SET 2017

A base de 26 anos, que estava no Olivais Coimbra, prepara-se para alinhar no Lokomotiva Trutnov, do principal escalão da República Checa. Mas, antes de embarcar nesta nova aventura, a internacional portuguesa, que representou a Universidade de Old Dominion e também já jogou em Espanha, respondeu às nossas questões.

O que espera desta nova aventura na República Checa? Pode falar-nos um pouco sobre o Lokomotiva Trutnov?
Confesso que não sei bem o que esperar, é uma cultura bastante diferente daquelas que estou habituada. Nunca visitei a República Checa, por isso vai ser tudo completamente novo, mas ao mesmo tempo estou tranquila, já estou habituada a este tipo de situações.  O basquetebol checo é mais intenso do que o português, com jogadoras de elevada estatura, obrigando a um jogo diferente do que aquele que encontrei em Portugal. As seleções checas, normalmente, têm jogadoras muito altas e acredito que o campeonato seja igual. Lokomotiva Trutnov é um clube com alguma tradição no basquetebol checo, com participações na Euroliga e Eurocup no passado. Nos últimos anos tiveram alguns problemas financeiros e tiveram que reduzir o investimento na equipa. Agora estão no processo de construção, por isso é uma formação muito jovem, com muitas jogadoras da seleção que ganhou o Europeu de Sub 16 em Matosinhos.

 

Quais são os seus principais objetivos? O basquetebol checo atrai-a?

Em termos coletivos, chegar aos playoffs. Em termos individuais, conquistar o meu espaço e ser consistente durante a época.  Sim, o basquetebol checo é uma das potências a nível europeu, tem bastante visibilidade. Neste momento tem uma equipa na Euroliga e é uma liga bastante competitiva. Vou ter a oportunidade de jogar contra uma equipa que alinha na Euroliga, contra atletas da WNBA e jogadoras de topo da europa.  

 

Depois dos EUA, mais uma experiência no estrangeiro. Sente-se mais preparada?

Sim,  principalmente porque me sinto bem fisicamente, sem lesões. Ir para o estrangeiro foi sempre um dos meus objetivos, por isso estou muito contente com a oportunidade. 

 

Esteve durante duas épocas no Olivais, assumindo papel de destaque. Que palavras deixa para a passagem pelo clube de Coimbra nesse período?

O Olivais foi sempre como uma segunda casa para mim. Tive muita sorte nas pessoas que encontrei desde os meus 17 anos, como o José Araújo e o João Pedro, dirigentes do clube e muitas colegas de equipa que hoje são minhas amigas. Cresci muito como pessoa e como jogadora, e por isso tenho um carinho especial pelo clube e pelas pessoas que fazem e fizeram parte dele. Foi o clube que apostou em mim quando era jovem e também  quando estava numa das piores fases da minha carreira como profissional. 

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7 SET 2017

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