Revelação do ano

Associações | Atletas
14 ABR 2009

Dos Vitorinos chega mais um valor seguro ao basquetebol masculino terceirense. No último fim-de-semana foi o melhor marcador do Regional de Juniores e confirmou a progressão que mostra desde o início da temporada. Humildade e trabalho contribuíram para a revelação.Nos primeiros anos deu nas vistas sobretudo pela altura, mas foi passando despercebido nos grandes momentos. Aos 16 anos, a cumprir a primeira época de juniores, começou a afirmar-se no Campeonato de Ilha e na Série Açores e explodiu definitivamente no Campeonato Regional de Juniores, disputado no passado fim-de-semana. Marcou uma média de 25 pontos nos três jogos disputados e foi uma ajuda determinante para os Vitorinos chegarem ao segundo lugar, garantindo desta forma um lugar no play-off final. Agora, frente ao TerceiraBasket, só tem um pensamento… “Vamos ter der nos esforçar ao máximo e tentar chegar ao primeiro lugar. Era uma boa vitória para os Vitorinos e um grande passo para o clube… Nada é impossível e está ao nosso alcance”. Palavras sentidas de André Aguiar, no dia seguinte à primeira vitória da época sobre o Terceira, que lhes valeu um lugar na final. Uma grande exibição, que não lhe tira a capacidade de crítica. A participação na competição acabou por ser positiva, “mas podíamos ter estado melhor”, refere. “Ganhamos ao CU Sportiva com alguma sorte, depois de ter estado a perder o jogo quase todo. Frente ao Angra também tivemos uma derrota que podíamos ter evitado… Valeu o domingo, em que conseguimos uma boa vitória frente ao TerceiraBasket”. A emendar para os jogos da final, a forma de encarar os jogos… Segundo a mnossa figura da semana, é trudo uma questão de atitude… “Nos primeiros jogos tivemos falta de atitude, que foi o que tivemos no último jogo e que fez a diferença. Se calhar pensamos que os jogos eram fáceis e acabamos por dificultar as coisas. Mesmo assim o segundo lugar foi bom e dá para estar na Final”.Série Açoresé “diferente”Aos 12 anos chegou à Vitorino Nemésio, para frequentar o 7º ano e deixou-se seduzir pelos encantos da modalidade. Viu no clube escolar uma “boa oportunidade para quem queria começar a jogar” e ficou. Passou pelos Iniciados e Cadetes sem dar muito nas vistas, apesar de já apresentar algum potencial. Hoje confirma o salto para outros patamares de qualidade. “As coisas têm corrido bem… Ao longo dos anos tenho treinado muito e isso fez-me evoluir. Para além disso tenho tido bons treinadores e bons colegas”. O resto apareceu com o salto até à equipa sénior e com “os treinos com os mais velhos”. Daí à estreia na Série Açores foi um pequeno salto. Na companhia de outros juniores do clube tem vivido uma experiência “diferente”, que tem superado as melhores expectativas: “As viagens a São Miguel, os jogos, tudo tem sido muito bom. É um espaço onde nunca tinha estado, que dá para jogar com equipas diferentes e aprender muito. Apesar das derrotas é muito bom jogar com equipas melhores do que a nossa, porque aprendemos com os adversários e acho que eles também aprendem connosco… Gostei imenso e foi uma excelente experiência”. Uma prova complicada, mas onde “fizemos bons jogos e conseguimos boas vitórias, de que é exemplo o segundo jogo frente ao Micaelense em casa”.Para que a época seja perfeita basta a vitória no Regional de Juniores e boas notas no final do 11º ano. As coisas “estão a correr bem”, mas é preciso “melhorar”, para “conseguir ir para fora e tirar um curso”. Um dos próximos objectivos da nossa figura da semana.“Um clubezinho em cada freguesia”Passatempos são poucos… O estudo ocupa-lhe metade do tempo; o basket e as viagens entre as Lajes e a Praia da Vitória ocupam-lhe o que resta. Nada que o preocupe demasiado. O autocarro “para lá e para cá”, serve para as dificuldades do dia-a-dia. O pai “também ajuda” e faz com que tudo corra dentro da normalidade e sem grandes perdas de tempo.Mesmo assim fica o lamento em forma de desejo. “Gostava que houvesse mais jogadores na minha zona, porque eu sou o único das Lajes a jogar… (risos). Faz falta haver mais gente”. Então porque continua uma área tão grande, com tanta gente, a produzir tão poucos atletas? “Parece-me que falta alguma iniciativa e mais incentivo para praticar basquetebol”, refere André Aguiar. “Devia haver um clubezinho em cada freguesia. É pena, mas é a nossa realidade”, adianta. Uma lacuna que começa a ser preenchida através da Escolinha das Lajes. Algo que considera “importante, porque os miúdos também gostam de fazer desporto e é uma boa maneira de quando crescerem continuarem a jogar e a gostar do jogo”.

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14 ABR 2009

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