“Sente-se um frio na barriga e um nervoso miudinho”

Nuno Marçal, extremo-poste de 41 anos do Maia Basket/Escape Forte e que continua a brilhar a grande altura nos pavilhões nacionais, comentou para a FPB a final da Liga Placard entre FC Porto e SL Benfica.

Atletas | Competições | Treinadores
31 MAI 2017

O antigo internacional português, MVP Tissot da fase regular do campeonato pelo terceiro ano consecutivo, deu conta da importância de um duelo como este, depois de ter sido protagonista em tanto clássico.

 

Deixamos aqui um excerto das declarações de Nuno Marçal, sendo que as mesmas poderão ser lidas na totalidade através da nossa Newsletter, a publicar brevemente.

Projetando esta final da Liga Placard, entre FC Porto e SL Benfica, que análise faz? Daquilo que foi observando, era o duelo que mais esperava?

Eu penso que sim, foram as equipas mais regulares e que estiveram sempre no topo da classificação. Passaram praticamente incólumes nas eliminatórias do playoff, o FC Porto aplicou por duas vezes um 3-0 e o Benfica teve apena um percalço diante um CAB muito combativo, não esquecendo que eliminaram duas excelentes equipas como o Vitória SC e UD Oliveirense. Vai ser muito equilibrada esta final, são as duas equipas com maior historial no nosso basquetebol. Não sei se chegará ao jogo 5, mas certamente que teremos bons desafios, até para continuar a fomentar a nossa modalidade. Todos os jogos serão transmitidos porque ambos os clubes têm canal televisivo, portanto é desfrutar do nosso basquetebol, que penso que vem a subir novamente de nível. Que vença o melhor.

 

Participou em imensos clássicos entre “dragões” e “águias”, muitos deles decisivos. É o jogo mais apetecido? Sentia-se mais motivado?

Qualquer jogador gosta de participar num clássico, qualquer que seja a modalidade. Não havendo Sporting, FC Porto e SL Benfica protagonizam o jogo de maior chamariz, por isso está tudo montado para que seja uma grande final entre duas equipas com um palmarés tão brilhante. Obviamente que qualquer jogador que seja profissional e que goste daquilo que faz, tem a obrigação de estar sempre motivado, mas isso é apenas a realidade normal. Claro que há uma motivação extra nestes jogos, sente-se um frio na barriga e um nervoso miudinho, porque são partidas disputadas em pavilhões cheios de público e que têm muita responsabilidade, decidem campeonatos. Motivação não falta, portanto é desfrutar, ter a felicidade de disputar uma final. Não é só a parte profissional que conta, o lado pessoal também, e desfrutar de se jogar perante tanta gente, porque é isso que nos falta para que o basquetebol volte a crescer, tal como se via há 15 anos, por exemplo. Eu lembro-me de jogar em muitos pavilhões cheios e isso hoje não acontece, o que é um pouco triste.

Atletas | Competições | Treinadores
31 MAI 2017

Mais Notícias