«Serão jogos equilibrados»
Já só são quatro as equipas que podem ainda sonhar com o título da Liga Feminina.
Atletas | Competições
30 MAR 2011
Terminada a 1ª ronda do playoff, não houve surpresas com as equipas ditas mais fortes a avançarem na prova. O Mcell-Algés teve de sofrer para garantir um lugar nas meias-finais, algo que na opinião da atleta Ana Oliveira fortaleceu ainda mais o grupo de trabalho, conhecedor das suas responsabilidades, ou não fosse a maturidade da maioria das jogadoras do plantel um dos seus pontos fortes. Quanto ao CAB, próximo adversário, Ana diz que nesta fase já existem segredos, vencerá a equipa que estiver melhor na eliminatória. Mais espectáculo em perspectiva este sábado, pelas 15.30 horas, em Algés, entre duas equipas que integram nos seus planteis o que de melhor existe no basquetebol feminino.
A primeira ronda frente ao Olivais de Coimbra foi dura, e só no prolongamento do segundo jogo a equipa de Algés garantiu a passagem a esta ronda. Perante tamanhas dificuldades, ultrapassar a formação de Coimbra fez aumentar os níveis de confiança e a própria moral da equipa. “Foi mais um passo importante. Como conseguimos eliminar uma excelente equipa que é o Olivais, mais motivadas ficámos para encarar a meia-final.” Os jogos entre o Algés e o CAB ao longo de toda a temporada foram todos muito equilibrados. A diferença pontual para equipa vencedora foi sempre bastante curta, nunca superior a três pontos, algo que pressupõe confrontos disputadíssimos de resultado incerto. “Estou certa, à semelhança do que aconteceu durante a temporada, que estes jogos das meias finais também serão muito equilibrados. Em relação aos pormenores, já dificilmente haverá surpresas. Nós estudámos muito bem a equipa do CAB, com a certeza que elas fizeram o mesmo em relação à nossa equipa, com o objectivo de contrariar os pontos fortes e aproveitar os pontos fracos.” Um factor poderá pesar neste duelo, quanto muito alterar os pressupostos que marcaram os confrontos anteriores. A perda da Angel Robinson fez com que as algesinas passassem a ter menos opções no jogo interior e a sua principal referência ofensiva nas áreas próximas do cesto. “A nossa equipa é constituída por excelentes jogadoras, cada uma com as suas próprias características. A não participação de uma delas faz com que tenha que ser outra a assumir o papel que ela representava dentro da equipa.” Olhando para as duas equipas, pode falar-se num duelo entre a experiência e a maturidade da formação de Algés, e a juventude e a irreverência do lado do CAB Madeira. Isto obviamente se tivermos apenas em linha de conta as idades das atletas. “A idade tem um papel importante relativamente à experiência, porque um jogador mais velho por norma tende a ser mais experiente. No entanto, como já estamos no fim da época, com um elevado número de jogos, a usar os mesmos sistemas, dificilmente será a irreverência ou a experiência um factor determinante para a vitória.” A situação nesta eliminatória inverteu-se para o conjunto de Algés já que deixou de ter a vantagem factor casa. Tal como sucedeu na ronda anterior, numa eliminatória à melhor de três jogos, o primeiro realiza-se em casa do pior classificado. O que confere ao jogo do próximo sábado, em Algés, um carácter ainda mais decisivo se quiser marcar presença em mais uma final esta temporada. “O primeiro jogo é sempre um jogo importante, porque sendo à melhor de três a equipa que não levar a vitória terá uma pressão extra bastante elevada no jogo seguinte.”O CAB Madeira foi o vencedor da fase regular, é uma equipa extremamente complicada quando actua perante os seus adeptos, tem um plantel formado por excelentes atletas jovens com alguma veterania à mistura, pelo que Ana não espera facilidades para esta eliminatória. Embora também saiba a forma como se pode ultrapassar este temível adversário. “O ponto forte do CAB é a equipa, logo não as podemos deixar jogar como tal.”