“Somos uma equipa que nunca desiste.”
A equipa feminina do CAB Madeira continua a somar títulos, sendo que o último foi a Taça de Portugal, novamente frente à equipa da Quinta dos Lombos.

Atletas | Competições
12 MAR 2015
As duas equipas voltam a defrontar-se este fim de semana, uma vez mais no Funchal, para decidirem quem vencerá a fase regular da Liga Feminina. Carla Freitas acredita que a experiência da equipa poderá proporcionar mais um resultado positivo, embora reconheça que o adversário tem qualidades para lutar pela vitória. Na opinião da experiente jogadora madeirense, a luta das tabelas vai ser decisiva, bem como o sucesso do jogo interior do CAB. A atleta destaca ainda o papel individual que cada atleta desempenha dentro do grupo de trabalho, considerando ser esse o grande segredo para a época de sucesso que a formação madeirense tem vindo a realizar.
Este foi o terceiro titulo conquistado pelo CAB esta temporada, e, frente ao mesmo adversário. Todas as finais tiveram a sua história, se bem que esta tenha exigido ainda mais da equipa madeirense. “Na minha opinião foi a mais difícil, porque na Taça da Federação, tivemos um pouco sorte, já que a Quinta dos Lombos não esteve muito eficaz. Para além de que estávamos a jogar muito bem. Sabíamos que não iriam jogar da mesma forma na Taça de Portugal.”
Os jogos são todos diferentes, no entanto, Carla Freitas encontra pontos comuns a todos as três finais que ajudam a explicar a superioridade e o sucesso do CAB. “Somos uma equipa que nunca desiste, e uma das chaves é o nosso jogo interior que quase sempre funciona.”
Mais do que os jogos entre o CAB e a Quinta dos Lombos serem decididos pela inspiração individual das atletas, ou áreas do jogo em que uma equipa domine, Freitas destaca o papel que cada atleta do CAB tem no interior da equipa, e a forma como funciona como um grupo. “A maior ajuda que temos nestes confrontos é a experiência acumulada. Temos a Joana que para mim é a melhor base portuguesa. Agora temos a Kristen, a Marta Bravo e a Carolina Escórcio que são jogadoras que na defesa são o nosso porto seguro, e isso numa equipa ajuda imenso. No interior, a Lavinia e a Ashely são as rainhas dos ressaltos, isto sem esquecer o resto da equipa. Senão fossem elas (Cintia, Relva, Catarina, Sara e Leonor), não havia esta conexão. Por vezes as pessoas não fazem ideia, e repito, que são a minha alegria quando jogo. E quero agradecer por fazerem parte da minha equipa.”
As duas equipas voltam a defrontar-se no próximo fim de semana, e nesta fase da temporada o conhecimento mútuo é enorme. A Quinta dos Lombos, sem apresentar grandes surpresas táticas, coloca sempre problemas próprios de uma equipa com tremendo talento e capacidade atlética. “Espera-nos mais um jogo difícil. Quando jogamos com uma equipa que fisicamente é impressionante, é sempre uma surpresa de que forma irá decorrer o encontro,. Ainda assim, sabemos que os ressaltos são um dos problemas em que devemos melhorar.”
Embora tenha consciência que este jogo irá ser decisivo para a classificação final da fase regular, Carla prefere encará-lo como mais um que a equipa tem de ultrapassar. O CAB permanece invicto, e poderá gerir a vitória por quatro pontos (74-70) obtida, em Carcavelos, no jogo da 1ª volta. “Sabemos que é um jogo decisivo, mas temos de nos focar no jogo, queremos ganhar e isso é o mais importante.”
A experiente atleta madeirense não aponta algum segredo, ou forma especial, para o CAB manter a mesma determinação, e evitar cair no relaxamento provocado pelas sucessivas vitórias. “Ganhar é bom, mas todas nós sabemos que ainda não é o suficiente. Queremos mostrar o nosso trabalho dia após dia, e o que é passado, passado é.”