«Sonho tornado realidade»
Trocou o Benfica pelo MoraBanc Andorra e está a gostar da experiência de jogar num dos melhores campeonatos da Europa.

Atletas | Competições
9 OUT 2014
O internacional português conta nesta entrevista as principais diferenças que encontrou entre a Liga portuguesa e a principal competição espanhola, e só lamenta ter começado com uma derrota, não obstante o bom desempenho individual.
Tinha como objetivo pessoal voltar a ter uma experiência fora de Portugal?
Sim, apesar de que o Benfica é uma equipa onde qualquer jogador gostaria de jogar e terminar em grande a carreira. Eu nunca escondi a ambição que tinha dentro de mim, de querer sempre algo mais, e jogar na ACB sempre foi um objetivo desde que fui em 2007 para Espanha. Surgiram muitas oportunidades para voltar mas as lesões acabaram por inviabilizar o meu regresso. Este ano apareceu esta oportunidade e não podia deixá-la escapar, por mais feliz que me sentisse a jogar pelo Benfica.
O que o levou a aceitar o convite MoraBanc Andorra?
Como já disse anteriormente, tornar um sonho realidade, querer competir numa Liga muito exigente e poder saber até onde sou capaz de chegar com trabalho e dedicação. O facto de ficar a saber que o Morabanc Andorra já tinha interesse em mim desde quando estava na LEB Oro também contribuiu, e nada melhor que jogar em uma equipa onde sempre pensaram que podia ser uma peça importante para a equipa.
Sente-se mais preparado para enfrentar esta nova aventura espanhola?
Confesso que achei que iria ter muitas dificuldades para enfrentar este novo desafio, e acabei por sentir isso mesmo no inicio da pré-época. Mas foi uma questão de tempo até me adaptar, e passado um mês e meio já me sinto mais solto e habituado.
Quais as principais diferenças que destacaria entre a competição portuguesa e espanhola?
Destacaria a intensidade com que se treina em cada dia e em cada jogo fim de semana. Taticamente os treinadores exigem mais de ti. Defensivamente, acho que nem é preciso comentar, um jogador que não defende nunca joga um minuto que seja nesta Liga.
O jogo inaugural da Liga correu-lhe muito bem. Sente que o treinador aposta em si? E que poderá ter um papel importante dentro da equipa?
Sim, correu bem para mim, mas não lhe dou muita importância, especialmente quando a equipa perdeu o jogo. Como muitas pessoas já me conhecem, sabem que me destaco mais pela capacidade defensiva, razão pela qual os treinadores têm tendência a apostar em mim. Pela minha agressividade na defesa, e também por ser capaz de tomar boas decisões no ataque, pensando sempre no que é melhor para a equipa. Sem excesso de individualismo e isso faz-me ter um papel importante dentro da equipa.
Como descreveria a equipa do MoraBanc Andorra?
Uma equipa muito ambiciosa, que em três anos conseguiu duas subidas de divisão, e que certamente vai provocar muitas surpresas nesta Liga.
Até onde pensa que a equipa poderá chegar neste ano de regresso à Liga ACB?
Normalmente quando uma equipa sobe de divisão o principal objetivo é conseguir a permanência. Mas esta equipa é demasiado ambiciosa para ter este único objetivo, pelo que vamos tentar alcançar algo mais. Atingir o playoff é algo muito complicado mas não impossível.