“Temos a nossa estratégia montada para ganhar”
Bergen (Noruega) - A pouco mais de 24 horas da partida com a Noruega, que marca o início da 2ª volta do Campeonato da Europa de Seniores Femininos, Divisão B, pedimos a Ricardo Vasconcelos, seleccionador nacional, que nos fizesse a antevisão do jogo.
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3 JUN 2011
Antes lançámos os tópicos para a abordagem, nomeadamente o facto de a selecção que está aqui em Bergen, estar desfalcada de Sónia Reis e Paula Muxiri, ausentes por motivos diferentes e que em conjunto representaram nos 3 encontros da 1ª volta, realizados em Agosto de 2010, mais de 35 pontos e 13 ressaltos por jogo.«Não só perdemos as duas melhores marcadoras (24 pontos da Sónia e 11,3 da Paula) mas também as duas melhores ressaltadoras (9,3 ressaltos da Sónia e 3,7 da Paula). Estamos conscientes disso e tivemos que trabalhar tacticamente para compensar essas ausências. Independentemente do que perdemos, a equipa está mais afinada tacticamente do que a do ano passado. Das 11 que foram utilizadas há um ano restam apenas 5. Mas contamos com jogadoras que apareceram fisicamente em muito melhor condição do que há um ano.»Perante uma Noruega que se apresenta na cauda da classificação do Grupo A, só com derrotas (médias de 49,7 pontos marcados e 71,7 sofridos) não é linear dizer-se que são favas contadas. Ricardo Vasconcelos está consciente das dificuldades com que as suas pupilas se irão deparar amanhã.« Temos a nossa estratégia montada para ganhar. Vamos jogar com uma Noruega muito forte fisicamente nas tabelas, muito batalhadora, mas que é seguramente a mais fraca do Grupo onde estamos inseridos. Não é um adversário fácil, mas pode-se tornar um jogo fácil. Depende muito da maneira com o encararmos. Possuímos jogadoras mais baixas, mas muito velozes, capazes de imprimir um ritmo intenso. A chave da vitória passa claramente pelos aspectos defensivos e do comando do ritmo do jogo, impondo um basquete intenso e veloz que decorre da forma como defendemos no campo todo.»A finalizar uma questão pertinente. A preparação da equipa foi a suficiente? O seleccionador não se esquivou, dizendo de sua justiça.« Independentemente das restrições financeiras, que compreendemos e aceitamos numa altura de crise como a que atravessamos, a preparação pecou pela falta de jogos (apenas 4). É preciso não esquecer que é uma equipa que tem 7 jogadoras novas. No entanto as condições de trabalho proporcionadas foram perfeitamente aceitáveis e o desempenho e entrega das jogadoras foram fantásticos. Jogo após jogo sentimos que a equipa apresentava melhorias significativas.»