“Temos a responsabilidade de jogar bem”
Com a fase final do Campeonato Nacional da II DIvisão Feminina aí à porta, estando o início agendado para esta sexta-feira, entrevistámos Nuno Miguel Rebelo, técnico do CAD/UPCC, uma das equipas presentes na competição e que ainda não perdeu qualquer jogo.

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11 MAI 2017
Nota: Foto retirada do site oficial do CAD
O CAD ainda não perdeu qualquer jogo para o campeonato. Pensa que esse facto traz favoritismo à sua equipa para se sagrar campeã?
Favoritismo não traz, até porque jogamos na casa de um adversário direto que ganhou a fase regular da Zona Sul. Se isto não fosse suficiente, basta ver o que aconteceu na Final a 4 da liga, onde o campeão da fase regular ficou na terceira posição.
Aquilo que na minha opinião traz é a responsabilidade de jogar bem, cumprir com o plano de jogo de cada partida e tentar ser mais competente do que o adversário para conseguir a vitória, visto partirmos todos com a mesma ilusão e em igualdade.
Avaliando os adversários, o que espera da fase final?
Em relação aos adversários, tive oportunidade de ver jogar o BAC e os Tubarões. Parecem-me equipas muito idênticas, os próprios resultados espelham isso. O BAC, do ponto de vista ofensivo, parece-me mais agressivo, com uma maior apetência para o contra ataque, enquanto os Tubarões são uma equipa que joga um basquetebol mais posicional. Ambas pressionam todo o campo, o que confere mais rapidez ao jogo e maior espetacularidade.
A Oliveirense conhecemos bem, ganhámos as duas partidas por uma diferença confortável, no entanto num contexto de Final a 4 as jogadoras encaram os jogos de maneira diferente e acredito que seja bem mais competitiva do que foi na Fase Regular.
Antevejo jogos competitivos, que com toda a certeza vão ser decididos nos pormenores, como são os lances livre e as perdas de bola.
A subida de divisão foi um objetivo definido desde o início da época?
Sim, o objetivo número um foi a subida de divisão.
Na época passada não estivemos presentes nas grandes decisões, porque perdemos o último jogo da Fase Regular por cinco pontos de diferença. Esta época procurámos trazer jogadoras que nos ajudassem a superar as fraquezas que detetámos na temporada passada, sendo que, felizmente para nós, aceitaram o convite e conseguimos chegar ao momento alto da época.
Qual o principal segredo do percurso efetuado pela equipa até agora?
Na minha opinião, o segredo assenta no recrutamento das jogadoras, no empenho que estas têm no trabalho desenvolvido ao longo da temporada e no fantástico espírito de equipa. Algo que igualmente ajuda nos bons resultados é a humildade de perceber que é no campo que se ganham as partidas, tendo o máximo respeito pelo adversário.