“Temos que dar o que temos e o que não temos”

A Seleção Nacional de Sub 17 Femininos iniciará no próximo dia 16 de maio a sua preparação final tendo em vista a sua participação no Campeonato do Mundo, que se realizará em Saragoça, de 22 a Junho a 2 de Julho.

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4 MAI 2016

O selecionador Agostinho Pinto convocou 14 atletas, para dar inicio a uma fase de trabalho que tem de ter em conta muitas variantes, onde a parte escolar e competitiva assumem importância acrescida. O técnico reconhece muitas qualidades às selecionadas, se bem que a falta de jogos de controlo agendados preocupe, neste momento Agostinho Pinto. O selecionador pretende proporcionar às eleitas jogos que se aproximem da realidade de um Campeonato do Mundo, mas para que estejam à altura do evento, exige das atletas empenho total na forma como trabalham. Representar Portugal tem de ser sempre um orgulho, e é isso que Agostinho Pinto promete a todos aqueles que queiram deslocar-se a Espanha para apoiar a nossa seleção.

 

Estão 14 atletas convocadas para iniciar a preparação para o Mundial. O grupo está fechado? Ou ainda pode sofrer alterações?

 

O grupo não está fechado. Existem mais algumas atletas que estão de prevenção e que podem ser chamadas. Naturalmente que neste momento, e pelo que fomos observando, estas 14 são as que estão melhores posicionadas.

 

Foram obrigados a ter que iniciar a fase final da vossa preparação ainda dentro do período escolar. De que forma contornaram esse problema?

 

Como a competição é em Junho temos que começar a trabalhar ainda durante o período escolar. A FPB, e as entidades governamentais, é que trataram desse assunto, e que, felizmente, teve um bom desfecho, como era desejo de todas as partes.

 

Nesta primeira fase de trabalho, vai se focar em que aspetos do jogo?

 

Este trabalho vai ser continuo até ao Mundial. Mas numa primeira fase vamos avaliar o estado em que as atletas chegam ao estágio, essencialmente a sua condição física. Isto porque vamos ter algumas atletas que irão estar em competição no fim de semana antes na Fase Final de Sub-19, e outras a jogar no Campeonato Nacional de Sub-16.

Depois teremos de ter em atenção que vamos ter atletas em estágio, que ainda vão ter jogos nos seu clubes e algumas ainda terão a Fase Final Nacional de Sub-16. Temos que salvaguardar essas atletas para chegarem aos seus clubes nas melhores condições para os puderem ajudar.

Iremos começar a integrar conteúdos táticos, nesta fase mais ofensivos para as jogadoras tentarem perceber o mais cedo possível o que queremos, porque o tempo voa.

 

Olhando para as caraterísticas deste grupo de trabalho, quais julga serem os seus pontos fortes enquanto equipa?

 

União, muita capacidade de sofrimento e superação, remarmos todos para o mesmo lado, humildes e trabalhadores. Cada jogadora deverá saber o seu papel dentro do campo e o coletivo deverá ser o mais importante. Deverá ainda esxistir um equilíbrio entre o jogo interior e exterior.

 

E quais os principais problemas que terá de resolver, ou quando muito disfarçar, numa competição com a exigência de um Campeonato do Mundo?

 

O principal problema passa por encontrar equipas para fazer jogos de controlo. O que não significa que a FPB, não esteja a fazer o possível e o impossível, para que seja ultrapassado. Mas nem sempre se consegue, e isso pode ser um ponto menos positivo.

O jogo interior das outras equipas pelo conhecimento que tenho é muito forte, quer em estatura como fisicamente. Têm ritmos de jogo altos. A maioria das nossas jogadoras estiveram o ano todo a jogar em competições Sub-16 ou 19 e isso é muito diferente dum Campeonato do Mundo.

 

Independentemente dos resultados que venham a alcançar, o que irá exigir das atletas que representem Portugal durante a preparação e a própria competição?

 

Trabalharem nos seus limites máximos sempre. Respeitarem e honrarem o nome de Portugal. Terem noção que independentemente de merecerem estar no Mundial, pelo trabalho que foram feito ao longo dos anos, são umas privilegiadas, tal como eu e respetiva equipa técnica. E que sem o trabalho de muita gente, e principalmente dos clubes, nunca tal era possível. Por estas razões todas e mais algumas, temos que dar o que temos e o que não temos.

 

Espero que as pessoas que nos apoiaram em Matosinhos, e outras, nos vão apoiar, porque estas miúdas merecem e o basquetebol também.

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4 MAI 2016

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