«Temos que ser mais regulares»
A equipa do Barreiro por pouco não integrou o playoff na época passada, objetivo que gostaria de alcançar na temporada que em breve se inicia.

Atletas | Competições
15 SET 2014
O jogador constata nesta entrevista que o grupo perdeu alguns elementos importantes, mas reconhece que a entrada de Ekjersey Viana traz experiência e qualidade. Minhava analisa, também, o recente desempenho da Seleção. Não perca, nos detalhes desta notícia.
Acabou por não integrar os trabalhos da Seleção durante este verão. Que opinião tem acerca do comportamento da equipa? Acredita que a equipa ainda poderá melhorar o seu rendimento e que os jogadores têm margem para progredir?
Penso que a equipa teve o comportamento que de certa forma se esperava. Saíram os jogadores mais experientes e agora existe um longo caminho a percorrer. Foi pena não se ter conseguido a vitória frente à Geórgia, num jogo em que se alcançou uma vantagem de 23 pontos. Claro que existe margem para progredir, desde que este conjunto de jogadores possa continuar a ter este tipo de experiência, embora faça falta a competição internacional nos clubes (o regresso do Benfica é bastante positivo).
Com a sua vasta experiencia no basquetebol, de que forma descreveria o jovem jogador de basquetebol português? Considera que existem grandes diferenças comparativamente às gerações mais antigas?
Diferenças existem, o que é natural. A geração que conseguiu os apuramentos para os dois campeonatos da Europa beneficiou de um período em que existia muito mais contacto com as competições internacionais, e de certa forma tinha mais condições para se dedicar ao basquetebol a 100%. Além disso, tínhamos jogadores muito talentosos, e acima de tudo trabalhadores, que construíram uma Seleção muito forte, tendo em conta a nossa realidade. Julgo que continuamos a ter talento nestas gerações, e hoje em dia é até mais fácil para os jovens jogadores acederem às equipas seniores, nomeadamente da Liga. Continua a faltar peso e centímetros, o que não é um problema de agora. É necessário pensar o modelo de jogo no basquetebol português, de forma a disfarçar as fraquezas e potenciar os pontos mais fortes.
Vai jogar pelo segundo ano ao serviço do Galitos. Acredita que estão reunidas as condições para que a equipa possa fazer melhor esta temporada?
No ano passado, por esta altura, referi que o objetivo seria fazer melhor que no ano anterior. Penso que o mote este ano tem que ser o mesmo e, posto isto, penso que essa melhoria passa por uma ida ao playoff. Temos que ser mais regulares nesta época, e evitar períodos tão longos sem vencer. Conseguimos manter uma boa parte da equipa do ano passado, e isso pode ser um fator importante para o sucesso.
O facto de continuar a jogar basquetebol no Barreiro dá-lhe um especial prazer?
Claro que sim, o Barreiro é e será sempre a minha cidade. Estou num clube onde tenho sido muito bem tratado, e isso é algo que me satisfaz. Espero que o Galitos se continue a afirmar na LPB e que o Barreiro, enquanto cidade, mantenha o seu lugar de destaque no panorama do basquetebol nacional.
O grupo de trabalho vai ter mais opções e mais qualidade?
Acredito que sim. Apesar de termos perdido alguns jogadores importantes (António Tavares, Zé Pedro e Denis), conseguimos acrescentar um jogador muito experiente e que nos vai dar intensidade, capacidade defensiva e liderança, que é o Ekjersey Viana. Vamos contar também com mais dois jovens, Carlos Dias e André Palma, que nos vão certamente ajudar. O Bryan Clark tem-se adaptado bem e julgo que será um bom elemento. Com a inclusão dos jogadores estrangeiros que faltam, considero que teremos um plantel equilibrado e ambicioso.
Na última temporada ficaram muito próximos de atingir o playoff. Na sua opinião, o que falhou, e terá de ser corrigido durante esta temporada?
Como referi anteriormente, temos que ser mais regulares. Uma equipa que quer atingir o playoff, tem que reagir rapidamente aos resultados negativos, e no ano passado passámos muitos jogos sem vencer. Temos que ser "mais equipa" nesse aspeto. Quanto ao resto, temos que ser aquilo que as boas equipas são: Solidárias e com um forte espírito de grupo. Uma equipa muito intensa, que ataca bem e defende melhor.