“Tenho muito orgulho em ser adjunto de um clube desta dimensão”

No lançamento da nova época desportiva e depois de um ano de estreia muito bem sucedido na equipa técnica de Pascal Donnadieu, a FPB falou com Philippe da Silva, um dos técnicos lusos a treinar fora do país e que vai para o segundo ano consecutivo ao serviço dos franceses do JSF Nanterre 92.

Competições
6 SET 2019

O ex-internacional português não deixou de referir a temporada de qualidade, a evolução no percurso individual, bem como as metas que estabeleceu para a carreira fora das quatro linhas.

 

Vais para a tua segunda temporada no Nanterre, depois de uma época em que a equipa atingiu as meias-finais do campeonato e os “quartos” da Champions. Quais são os objetivos para o ano que aí vem?

 

O objetivo do clube é sempre lutar para chegar o mais longe possível nas competições onde nos inserimos.

 

Este ano estamos num patamar ainda mais alto nas competições europeias, vamos jogar na Eurocup onde vão estar equipas muito fortes (Unics Kazan, Joventut Badalona, Darussafaka…), depois temos a Taça da Liga, a Taça de França e claro o campeonato.

 

Este ano todas as equipas fizeram grandes contratações porque vão haver três descidas de divisão.

 

Há grandes orçamentos como o do LDLC Asvel Lyon-Villeurbanne, a equipa da qual Tony Parker é dono, o Mónaco, Limoges… todas elas construíram plantéis fortes com orçamentos entre os cincos e os dez milhões de euros.

 

Como tem sido a experiência como adjunto de um clube francês de topo? Em que aspetos sentes que tens evoluído mais?

 

Tenho muito orgulho em ser adjunto de um clube desta dimensão, mas também tenho responsabilidades. Mostrei um bom trabalho no aspeto ofensivo e no trabalho individual dos jogadores.

 

Aliás, o treinador principal (Pascal Donnadieu) está com a seleção francesa no Campeonato do Mundo e fizemos a pré-epoca com o segundo treinador-adjunto, sendo que eu orientei os jogos de treino e tentei impor a filosofia do treinador principal.

 

Sinto que tenho evoluído no aspeto da gestão dos egos e na maneira como consigo gerir a pressão que existe num clube que ganhou muitos títulos no últimos oito anos.

 

Esta temporada vais orientar o teu filho, Anthony da Silva. Será especial para ti este facto?

 

Sou abordado por muitas pessoas que me falam dessa situação, mas penso que não será complicado porque não sendo eu o treinador principal não tomo a decisão de o colocar em campo. Outro aspeto muito importante é o tratamento, que é o mesmo que dou aos outros.

 

Tento ser justo com ele e com os outros. Sabemos gerir esta situação até porque já fui treinador (principal) dele nas seleções regionais jovens.

 

Enquanto treinador, e pensando na tua carreira, quais são os teus principais objetivos?

 

O meu principal objetivo é um dia ter a oportunidade de estar num plantel da Euroleague e poder representar mais uma vez o meu país, como pude fazê-lo como jogador.

 

Queria dar também os parabéns a Federação, aos atletas e treinadores pelos grandes resultados alcançados pelas Seleções. Força!

Competições
6 SET 2019

Mais Notícias