Torneio da Páscoa de Cadetes

Terminado o II Torneio da Páscoa de Cadetes, parece- nos importante retirar algumas conclusões sobre a participação dos nossos atletas nesta competição, onde se viram confrontados/as com equipas provenientes de outras regiões do país, algumas delas com um basquetebol bastante evoluído.

Associações
21 ABR 2005

Em linhas gerais e de ummodo tão objectivo quanto oespaço dedicado a esta colunaexige, verificou-se que os/asnossos/as basquetebolistasnão conseguem manter aintensidade competitiva impostadurante os 40 minutosde jogo pelas equipas continentais(menor capacidadefísica), evidenciam dificuldadeem aplicar os fundamentostécnicos a um ritmo de jogoelevado (menor capacidadeexecutar os fundamentostécnicos associados a regimesde esforço intenso),não mostram capacidade dese desembaraçar de defesaspressionantes, sejam elas h xh ou zona (menor capacidadetáctica, esta associada àscomponentes física e técnica)e não manifestam a capacidadede sacrifício necessária àabordagem de um jogo comelevada intensidade (menordesenvolvimento das capacidadesvolitivas).Que a ausência de quadroscompetitivos mais ricos eexigentes são um factor limitativodo desempenho dosnossos jovens atletas em jogo,julga-se que ser uma evidênciaaceite por todos. Porém, nãopodemos resignar-nos eternamenteperante a fatalidadedo isolamento. Temos, issosim, que procurar formas deultrapassar essa dificuldadecom mais trabalho, mais empenhoe mais determinação, atéporque não é só a insipiênciados quadros competitivosque limita o desempenhodos nossos jovens. Existemoutros factores da preparaçãoe formação dos jovens atletasque sendo também determinantesno comportamentodestes no jogo, carecem dereflexão e reajustamento noplaneamento anual e plurianualdo treino. São eles: desenvolvimentodas capacidadescondicionais, como processofacilitador da execução dastécnicas fundamentais do basquetebol;desenvolvimento dacapacidade táctica dos jovensatletas, proporcionando-lhesa possibilidade de perceberemcomo, quando e porqueexecutam as diversas acçõesno jogo; desenvolvimentodas capacidades volitivas,enquanto forma de aumentara capacidade de superação,elevar a auto-estima e o gostopela actividade desportiva quedesenvolvem. Este último é,na nossa opinião, o mais importantee decisivo. E assimé porque os nossos jovensbasquetebolistas manifestampouco rigor no cumprimentodos compromissos desportivose pouca capacidade dereagir a situações adversasimpostas pelo jogo ou pelotreino.Neste sentido, nós treinadoresnecessitamos derever os processos de treino,nomeadamente sendo maisexigentes e rigorosos natarefa de liderar a equipa efazer cumprir as regras, sendomais meticulosos na tarefa deplanear as sessões de treino,procurando seleccionar exercíciosque não só desenvolvamas capacidades técnicas, mastambém estimulem as capacidadesvolitivas, desenvolvamcapacidades físicas específicasdo basquetebol, aumentema motivação e que façam ojovem jogador ter vontadede regressar no dia seguinte.Temos que aumentar a intensidadedos nossos treinos,procurando, entre outras,compensar a ausência de umacompetição mais exigente.Temos que ser intransigentescom a negligência e falta deempenho, deixando de ladoo fantasma do “abandono”.Aliás, entendemos que osjovens gostam de sentir aliderança e na presença desta,mostram-se mais disponíveise confiantes.Finalmente, também julgamosimportante referir querelativamente à execução purados fundamentos técnicos dobasquetebol, o II Torneio daPáscoa mostrou que temosdado passos muito importantese que a distância que nossepara dos demais já não émuito significativa nesta matéria.Agora só falta avançarmospara os passos seguintes eesperar ansiosamente pelospróximos torneios que tãobem fazem aos nossos treinadorese jovens praticantes!E não se esqueçam, pressionaré preciso!!

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21 ABR 2005

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