“Um dos meus principais objetivos é inspirar jovens que sonham ser melhores”

Ainda esta semana realizou a melhor exibição desde que está em Itália, ao assinar 25 pontos e 6 ressaltos na vitória do Dolomiti Energia Trentino frente ao Bréscia por 80-74), comprovando toda a sua valia num campeonato tão exigente. Falamos de João “Betinho” Gomes, internacional português de 31 anos, e que esta temporada trocou a Liga Espanhola por Itália, tendo sido ele o entrevistado de mais uma edição da Newsletter da FPB, fechando em beleza este ano de 2016.

Atletas | Competições
29 DEZ 2016

 

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Nota: Por lapso, houve um erro na rubrica “Como cheguei aqui…”, da Newsletter, na qual o protagonista é Manuel Fernandes, Presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, já que a “Eleição para a Comissão Executiva da Associação Europeia de Treinadores” decorreu em 1992.

Como tem sido esta experiência na Liga Italiana, ao serviço do Dolomiti Energia Trentino? Quais as principais diferenças comparativamente ao campeonato espanhol?

Está a ser uma boa experiência, apesar de muitos altos e baixos, o que é normal tendo em conta que estou num país diferente, onde se joga um basquetebol diferente do que aquele a estava acostumado em Espanha. Mas acredito que com muito trabalho e que se continuar sempre numa onda positiva, as coisas vão acabar por correr muito melhor.

O facto de cada equipa possuir pelo menos 4 americanos, sendo que a maioria das equipas tem 5, acaba por tornar óbvio o estilo de jogo aqui: pouco tático, com o talento individual a sobrepor-se ao coletivo.
 

 

Quais são os principais objetivos do Trentino para esta temporada? E em termos individuais, quais são as suas principais metas nesta etapa por terras italianas?

Agora mesmo estamos a lutar para garantir um lugar nos oitos finalistas da primeira volta e poder disputar a Taça de Itália, e depois claro, no fim disputar os “playoffs”, mas sempre com a ideia de ir jogo a jogo.

A minha meta, como sempre, é o coletivo, dar tudo para ajudar a equipa a alcançar os objetivos definidos.
 

 

Relativamente à Seleção Nacional, qual é a sua opinião sobre o nosso grupo de pré-qualificação para o apuramento do Mundial 2019, composto por Bulgária e Bielorrússia?

Eu creio que o nosso foco não deve estar sobre eles, mas sim no nosso trabalho. Este verão, e apesar dos resultados, na minha opinião, demos um salto de qualidade que se refletiu na vitória no último jogo contra a Bielorrússia, e mesmo nos jogos em que perdemos tivemos momentos de muita boa qualidade. Conseguindo gerir bem estes momentos, teremos grandes hipóteses.
 

 

É o jogador português com maior projeção internacional. Sente-se um pouco como o embaixador dos nossos basquetebolistas que alinham no estrangeiro?

Um dos meus principais objetivos é inspirar jovens que sonham ser melhores. O facto de ter jogado na melhor Liga da Europa e de agora estar numa Liga forte como a Italiana acabo por ser um modelo a seguir e isso dá-me forças para continuar a trabalhar duro a cada dia e mostrar que com trabalho e dedicação tudo se consegue.
 

 

Tem acompanhado a Liga Portuguesa? Se sim, como tem visto a competição deste ano, marcada por muito equilíbrio na frente?

Sim, tenho acompanhado e devo dizer que estou muito satisfeito com o equilíbrio que se faz notar, o que acaba por tornar o nosso basquetebol mais atrativo, e por isso mesmo somos a segunda modalidade mais seguida. Isso deveria ser um motivo de orgulho e incentivo para os jogadores e treinadores.
 

 

Será possível vermos ainda um “Betinho” Gomes a alinhar no nosso campeonato?

Claro que sim, nunca fecho nenhuma porta. Por agora não penso muito nisso porque quero disfrutar ao máximo desta experiência no estrangeiro que tem sido fantástica.

Atletas | Competições
29 DEZ 2016

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