«Um teste à nossa preparação»

No sábado a Quinta dos Lombos defronta o Boa Viagem na ilha Terceira; no domingo mede forças com a União Sportiva em S.

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8 JAN 2014

Miguel. Uma deslocação com viagens de avião entre os dois jogos o que, na opinião da jogadora, servirá para testar a capacidade física e a força mental da equipa. Não perca a entrevista, nos detalhes desta notícia.

Depois de um ciclo menos positivo, duas derrotas consecutivas, a equipa voltou a exibir o domínio que marcou o inicio do campeonato. O que tiveram de recuperar ou alterar para regressarem às vitórias? Apesar desses jogos terem sido já há algum tempo, tenho na memória que a equipa foi surpreendida por novas dificuldades por parte dos adversários, nomeadamente a defesa pressão campo inteiro, o que nos provocou algum descontrolo dos ataques, fazendo-nos perder eficácia, assim como, e consequentemente, as capacidades de reação defensiva. Depois dessas duas derrotas, a equipa teve que se reajustar na saída de pressão e a continuar a trabalhar dependendo das características específicas de cada equipa do jogo seguinte. Concorda que esta jornada dupla nos Açores, uma vez que defrontam dois adversários diretos na luta pelo 1º lugar, vai ter um peso importante na definição da vossa posição final nesta fase regular? Todos os jogos são decisivos, não só em termos de classificação mas em termos de confiança e coesão da equipa para as etapas seguintes. Deste modo, a equipa irá encarar estes jogos nos Açores com a mesma importância e ainda mais concentração no plano de trabalho, pois disputamo-los na casa de ambos os adversários. Preparadas para disputar dois jogos consecutivos com as viagens pelo meio? É um teste à nossa preparação física e mental, pois é a primeira vez que a equipa joga dois jogos consecutivos com viagens de avião intercaladas. Mas é de notar que a maior parte das jogadoras continua a fazer parte, ou já fez parte, de equipas nacionais, a disputar Campeonatos de Europa ou em campeonatos estrangeiros ao mais alto nível, em que o sacrifício físico é constantemente exigido e o tempo de repouso reduzido. Por isso penso que o coletivo está preparado. No jogo com o Boa Viagem os principais problemas a resolver serão a qualidade do seu jogo interior e o controlo da luta do ressalto? Sem dúvida que o Boa Viagem apresenta um jogo interior forte, mas não podemos negligenciar o resto da equipa, uma vez que também apresenta jogadoras exteriores lançadoras e ofensivas. Um dos aspetos que nos é transmitido para se ter em atenção é realmente o bloqueio defensivo e posteriormente a disputa do ressalto, porque como todos nós sabemos é o primeiro passo para uma oportunidade de ataque e, dependendo do ressalto, de um contra-ataque. Não há receitas específicas, como no primeiro jogo vamos colocar dentro de campo todo o trabalho desenvolvido desde o início do campeonato. Já no domingo defrontam a equipa do União Sportiva que ainda não perdeu em casa. A estratégia passa por controlar muito bem defensivamente a norte-americana Jhasmin Player obrigando as restantes companheiras a terem que assumir protagonismo no ataque? Ou defender muito bem as restantes companheiras limitando ainda mais as soluções ofensivas do União Sportiva? Estamos no início da semana e ainda há aspetos a serem discutidos e trabalhados. Um pormenor é o facto do União Sportiva ainda não ter perdido em casa, o que pelos vistos torna o fator “casa” bastante relevante, devido à grande massa humana que apoia este clube. A nossa equipa encara esse fator com respeito, mas não o receia, porque é um fator extrínseco ao trabalho desenvolvido dentro de campo, em que as jogadoras são as principais intervenientes do jogo, não o público, não os árbitros, nem ninguém, para além das jogadoras. E falando em jogadoras é de salientar a norte-americana Jhasmin Player, que nos irá despertar maior atenção em reduzir-lhe as soluções, mas também dificultando-as para as restantes jogadoras, como na primeira volta o fizemos.

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8 JAN 2014

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