«Uma nova aventura»
Antigo treinador do Algés e atual adjunto da Seleção de Sub 20 feminina, José Araújo está a treinar o Univ.
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7 OUT 2013
Goldis ICIM Arad, na Roménia. O clube é pequeno, mas tem todas as condições de trabalho e nos primeiros dias desta nova etapa da sua carreira tudo tem corrido bem. Num campeonato onde é possível utilizar seis estrangeiras, a qualidade é bastante aceitável e há muitas jogadoras de qualidade. Leia a entrevista nos detalhes desta notícia.
Depois de duas épocas de enorme sucesso no Algés, sentiu necessidade de lutar por objetivos diferentes?Não foi essa a principal razão da minha saída, de todo. Os objetivos que o Algés traçou para esta época continuam a ser muito válidos e constituem um grande desafio para qualquer treinador. Mais, estou muito grato por ter tido a oportunidade de trabalhar neste histórico clube do basquetebol nacional e só tenho que agradecer a toda a “família” do Algés, será sempre com enorme prazer que voltarei a subir aquela escadaria até entrar no pavilhão!A vontade de poder treinar fora de Portugal já era antiga e finalmente surgiu uma hipótese que me agradou. Porquê a Roménia?E porque não? Já tinha tido no passado alguns contactos para outros países, mas acabou por nunca ser possível, por diversas razões. Desta vez foi diferente e rapidamente as coisas evoluíram para algo muito concreto. Achei que era o momento e o sítio ideal para começar uma nova aventura, uma nova etapa na minha carreira.Tem sido fácil a adaptação? De que sente mais falta?Felizmente tenho facilidade em adaptar-me a novas situações, tenho tentado tirar o máximo proveito das novas experiências que vou tendo. Admito que cada dia é, ainda, uma completa novidade e mais um momento de aprendizagem sobre uma cultura que vou agora conhecendo.Estou em Arad, uma cidade situada na região Oeste da Roménia, com cerca de 170 mil habitantes.Ainda estou há relativamente pouco tempo por aqui, com muito trabalho e pouco tempo para sentir saudades… mas vou sentindo falta da família e dos amigos.Satisfeito com as condições de trabalho que o clube lhe proporciona?Sim bastante. Um bom pavilhão com uma sala de musculação ótima, bons horários para treinar e a disponibilidade de onze atletas para trabalhar sempre.A estrutura do clube é bastante pequena, em numero de pessoas, mas até agora tudo tem funcionado bastante bem.E com o nível da equipa e da competição?O nível da competição é muito interessante. Acredito que existe uma grande diferença entre as ultimas quatro equipas e as restantes. Penso que entre as equipas que lutam pelo playoff haverá muito mais equilíbrio.Nesta Liga é permitido o uso de seis atletas estrangeiras por equipa, por esta razão há muitas jogadoras de qualidade em várias equipas.Aqui em Arad conseguimos construir uma equipa capaz de ser competitiva (com um orçamento mais baixo do que nas ultimas épocas), bastante equilibrada em todas as posições e com duas jogadoras com enorme experiência, que ajudam a compensar alguma da juventude das jogadoras nacionais e estrangeiras.Tem sido fácil a comunicação com as atletas? E se isso não afeta a qualidade do trabalho, bem como a transmissão de ideias?Até agora não tenho sentido dificuldade na comunicação, felizmente todos estes os anos passados a trabalhar com atletas estrangeiros acabaram por me dar traquejo e experiência para me sentir confortável no treino. Por vezes é cansativo não poder falar a minha língua, mas faz parte deste trabalho. Também tenho a vantagem de todas as atletas entenderem inglês.Tirando o facto de ainda estarmos no inicio (estamos a treinar há pouco mais de vinte dias) e por isso ,estarmos todos em fase de adaptação, acredito que tudo está a correr bem em relação à transmissão de ideais.Colocaram-lhe objetivos para atingir esta temporada?A equipa foi campeã a época passada, é um dos clubes mais importantes da liga com um grande número de apoiantes. Apesar de a direção reconhecer publicamente que esta será uma época difícil, os objetivos passam por estar nos pontos altos de todas as competições.