«Vamos agarrar esta oportunidade»

Os maiatos conseguiram ficar na Liga na sequência da desistência do Dragon Force e a equipa não quer desperdiçar a oportunidade, prometendo o seu técnico tudo fazer para manter os maiatos entre a elite nacional.

Competições | Treinadores
21 SET 2014

Há limitações, até porque o clube recusa-se a entrar em euforias no momento de contratar, mas Manuel Romão acredita que o Maia Basket pode fazer uma boa temporada.

 

A permanência na LPB foi sempre um desejo do clube?

 

Claro, todos os Clubes querem estar nas melhores competições e o Maia Basket não é exceção. Infelizmente não conseguimos garantir esse direito pela via desportiva no ano passado, estando nós na Liga por desistência do Dragon Force, mas agora que tivemos esta oportunidade vamos agarrá-la com todas as nossas forças para nos mantermos neste nível competitivo, mas sempre com os pés bem assentes na terra, conscientes das nossas limitações.

 

O facto de disputarem a LPB mudou muita coisa na estrutura da equipa? Ou pelo contrário, o planeamento desta temporada já estava definido independentemente da competição em que participassem?

 

Ao nível da estrutura do Clube houve uma melhoria significativa com a chegada do Jorge Gonçalves para Diretor Desportivo, o que permitiu uma melhoria na organização do Clube. Quanto à estrutura da equipa, não houve alterações significativas, transitando quase todos os jogadores da época passada.

O planeamento foi feito conjuntamente por mim e o Jorge Gonçalves, e nas suas linhas gerais estava definido independentemente da competição em que fôssemos participar, havendo depois pequenos ajustes quando ficou definida a competição em que iriamos participar, jogar na Pro Liga ou na Liga necessariamente que existem diferenças, no entanto foi feito um planeamento tranquilo e objetivo.  

 

Na última temporada pegou na equipa já com a temporada a decorrer. Sentiu que poderia ter ajudado ou feito algo mais se tivesse tido mais tempo para desenvolver o seu trabalho?

 

Não devo fazer esse tipo de juízo de valor por respeito a um companheiro treinador, podia estar a correr o risco de avaliar o trabalho realizado pelo Vicente que com certeza fez o seu melhor. No entanto, independentemente disso, se a mudança tivesse sido feita antes do Natal, aí na minha opinião teria sido mais benéfico para mim e para a equipa porque nos dava tempo de trabalhar com a equipa aproveitando a paragem do campeonato. Os acontecimento precipitaram-se muito rápido e praticamente tive 3 treinos com a equipa antes do jogo com a Ovarense. Para mim foi muito difícil porque estava fora das rotinas da equipa, já é difícil pegar numa equipa nestas condições e ainda incutir novas rotinas é sempre complicado, é um processo que demora o seu tempo.

Mas fazendo uma análise pessoal, estou convicto que realizei um bom trabalho, para isso contei sempre com a solidariedade e colaboração dos jogadores que é sempre um aspeto fundamental para o êxito de uma equipa.

 

Aspetos do jogo que identificou como sendo necessários melhorar este ano?

 

Prendem-se fundamentalmente com a forma como gosto que joguem as minhas equipas. No ano passado praticamente fiz a gestão do que já estava definido quanto à forma de jogar da equipa como manda o bom senso; este ano posso fazer um trabalho desde o inicio.

No entanto penso que a equipa terá que melhorar o seu jogo ao nível das transições ofensivas e defensivas, aspetos que já estamos a trabalhar logo desde o início da época.

 

O plantel deste ano oferece mais qualidade e opções?

 

Claro que nós treinadores gostamos de ter várias opções mas o Maia Basket não pode hipotecar o Clube entrando em loucuras para depois não poder pagar aquilo que oferece e nesse aspeto o nosso Diretor Desportivo tem sido de um rigor extremo, deixando claro desde o início que essa seria a política de contratações: só oferecemos aquilo que podemos dar de forma que o Clube consiga honrar as suas obrigações.

Quanto ao plantel é quase o mesmo, saíram 4 jogadores: os Estrangeiros, o Ricardo Pinto e o João Diamantino. Neste momento o plantel ainda não está fechado, estamos a estudar algumas possibilidades no sentido de colmatar as lacunas por nós detetadas, vamos ver se é possível o Clube proporcionar-nos aquilo que pretendemos.

Quanto aos reforços fomos buscar 4 jovens jogadores sub 20 sendo um deles internacional que participou recentemente no europeu o Pedro Meireles, são jovens com qualidade que na minha perspetiva num futuro próximo podem acrescentar algo à equipa. Temos também na equipa o André Carvalho que jogava na Oliveirense, um jogador com qualidade que vem dar-nos mais opções para a posição 3 e 4.

Mas como já referi, a equipa não está fechada, estamos a tentar encontrar soluções para o jogo interior que neste momento está deficitário.

 

Chegar ao playoff seria um feito que teria repercussões no projeto do Maia Basket?

 

O projeto do Maia Basket é um projeto a médio prazo, passa essencialmente por consolidar primeiro a sua continuidade na Liga, se conseguirmos mais alguma coisa ótimo, mas temos consciência das dificuldades que vamos enfrentar, as equipas na sua generalidade reforçaram-se com qualidade. Tirando o Benfica, penso que o campeonato vai ser muito equilibrado e competitivo.

Sabemos que temos um caminho muito difícil pela frente, estamos conscientes disso, mas “o caminho faz-se caminhando” e todos os dias vamos trabalhar cada vez mais e melhor para podermos atingir os nossos objetivos.

 

O que se pode esperar de uma equipa treinada por si?

 

Uma equipa treinada por mim defende bem (aspeto a que dou bastante importância), com agressividade e intensidade para depois partir em transições rápidas, que no ataque procura circular a bola assente num jogo coletivo tirando partido das características dos jogadores.

Pretendo uma equipa solidaria com grande espirito de equipa e que trabalhe nos limites todos os dias para podermos enfrentar juntos a época que vai começar.

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21 SET 2014

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