«Vamos ser equipa coesa e lutadora»
Os dois treinadores dão o mote para o arranque dos trabalhos da Seleção A Seleção Nacional concentra-se domingo à noite para dar início à preparação de um grande objetivo: estar presente na fase final do Eurobasket de 2015.

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20 JUN 2014
A equipa apresenta-se renovada, mas Mário Palma, e o adjunto Mário Gomes, acreditam que será possível alcançar bons resultados. Apesar de Portugal não ser favorito, vai defrontar a Hungria, a República Checa e a Geórgia de cabeça erguida e determinado a tentar ganhar cada jogo.
A equipa técnica da Seleção Nacionbal apostou numa equipa mais jovem (a média de idades é das mais baixas dos últimos anos), pois a renovação é um dos objetivos desta campanha. Mas a meta em termos competititivos é clara: “Lutar pelo apuramento para a Fase Final do Eurobasket’2015”, afiança Mário Palma.Mas o treinador não espera facilidades… “Para lá da dificuldade natural em conseguir simultaneamente renovar a equipa e conseguir o apuramento, existe, obviamente, a que é inerente à exigência da competição e que decorre da qualidade dos adversários: Hungria, República Checa e Geórgia.”Mário Gomes lembra um dos problemas que nos últimos anos tem afetado a Seleção Nacional. “São três Seleções de grande nível, cujo potencial exato ainda desconhecemos, pois depende dos jogadores que vierem a integrar cada uma delas nesta Fase de Qualificação. Aqui reside, provavelmente, a nossa grande desvantagem, ou seja, enquanto qualquer um dos nossos adversários tem jogadores espalhados por várias das melhores Ligas europeias, todos os nossos jogadores jogam apenas na competição interna”, reconhece o adjunto de Mário Palma.E esse facto acarreta problemas evidentes. “A consequência é óbvia e imediata: enquanto os nossos adversários irão competir no mesmo nível a que estão habituados, os jogadores portugueses terão pela frente exigências competitivas que lhes são estranhas, desde logo no que respeita à densidade da competição e à sequência de viagens. Este fator, conjuntamente com a falta de contacto/experiência internacional da maioria dos nossos jogadores, constitui a principal incógnita sobre o que poderá a nossa Seleção fazer em jogos a este nível.”Mas a vontade de ganhar e de representar condignamente o país estará presente em todos os jogos. Mário Palma destaca a importância dos encontros em casa. “Tal não nos desvia da ideia de entrarmos em cada jogo para o tentarmos ganhar e de termos como objetivo competitivo o apuramento, para o que será fundamental ganhar os jogos ‘em casa'”, salienta, assumindo, porém, que Portugal não é favorito. “Se conseguiremos, ou não, ser apurados, isso não sabemos, muito menos podemos garantir, até porque é óbvio que não somos favoritos. Mas, podemos garantir que vamos ser uma equipa coesa e lutadora, que vai dar sempre o seu melhor e tentar ganhar cada jogo, podendo não o conseguir, mas tendo a certeza que vai ser difícil ganhar-nos.”A preparação, assegura Mário Palma, será “séria e competente”, como aliás tem sido habitual. “Estaremos em condições para competir a alto nível e, depois, será a própria competição a colocar-nos no nosso lugar. Jogaremos bom basquetebol, pois, além de nos apresentarmos bem preparados, os nossos jogadores têm qualidade, têm talento e, acima de tudo, possuem uma ética de trabalho inquestionável, que nos faz acreditar que teremos a necessária capacidade de superação, imprescindível para conseguir bons resultados.Isto é o que podemos prometer e garantir, o resto será a competição a esclarecer “, finaliza.