Vitória adianta-se

A eliminatória entre os vizinhos Barcelos HotelTerçoGiv e Vitória SC manteve-se disputada a cada posse de bola, com nenhuma das equipas, à imagem do que sucedeu nos jogos anteriores, a não conseguir superiorizar-se ao seu adversário.

Competições
16 MAI 2015

Ainda assim, foi a equipa da casa a vencer o 1º quarto (15-13), mas no 2º os vimaranenses mostraram-se mais fortes. Ao dobrarem a pontuação dos barcelenses (20-10), a equipa de Guimarães foi para o descanso a liderar um jogo em que as duas equipas sentiam enormes dificuldades em converter de longa distância. No final venceram os vimaraneses (72-54), que agora lideram a série, por 2-1.

 

Se é verdade que o Barcelos esteve um pouco melhor, converteu três triplos, diante de um Vitória que falhou os sete que tentou, o facto de ter lançado 17 vezes para lá dos 6.75 metros (17%) condicionou a eficácia ofensiva da equipa comandada por José Ricardo Neves. Os comandados de Fernando Sá apostavam mais em lançamentos de 2 pontos (13/26), habitualmente de maior eficiência, sendo recompensados com a reviravolta no resultado.

 

No recomeço da etapa complementar, a equipa visitante deu continuidade ao bom momento vivido no final do 1º tempo, com a diferença a subir para a casa das dezenas. O técnico Fernando Sá apostou numa equipa mais móvel e versátil, com quatro portugueses em campo, e quatro pontos consecutivos fixavam o resultado em 49-37 favorável ao Vitória no final do 3º período.

 

O técnico vimaranense mantinha a aposta num cinco muito móvel, onde o bloqueio central e as penetrações em drible eram as soluções ofensivas escolhidas e com resultados bastante positivos. Com menos de três minutos jogados e a vantagem já era de treze pontos (56-43). Depois de um desconto de tempo pedido pelo treinador José Ricardo, tudo ainda se tornou mais complicado, ou pelo menos mais estranho para equipa de Barcelos, já que o seu técnico acabaria por ser excluído do encontro.

 

Seguiram-se alguns minutos em que ambas as equipas acumularam erros, embora a equipa da casa tentasse sempre recuperar o prejuízo. Momentos houve em que conseguiu manter-se fiel à forma de jogar, transições rápidas e tentar tirar partido do seu jogo interior, mas do outro lado, Doug Wiggins fazia toda a diferença. Tudo passava pelas mãos do norte-americano, fosse para criar os seus próprios lançamentos ou assistir os seus companheiros.

 

A formação de Barcelos sentiu enormes dificuldades em conseguir defender o 1×1 dos jogadores exteriores do Vitória, o mesmo sucedendo com o encaixe defensivo perante quatro jogadores abertos em que todos tinham a capacidade de atirar, penetrar e mover-se sem bola reagindo às penetrações de Wiggins.

 

Foi uma segunda parte “anormal”, pelo que o 4º jogo entre estas duas equipas tem tudo para ser mais um enorme desafio à capacidade de superação e caráter dos jogadores envolvidos neste playoff.

 

A influencia de Doug Wiggins (21 pontos e 3 assistências) foi por demais evidente na forma como jogo virou a favor do Vitória, isto sem esquecer os contributos extremamente importantes de João Guerreiro (9 pontos e 15 ressaltos), nos dois lados do campo, Pedro Pinto (14 pontos, 3 ressaltos e 3 assistências) e Paulo Cunha (11 pontos e 10 ressaltos).

 

O Barcelos perdeu neste jogo a luta das tabelas (40/50), permitiu muitos ressaltos ofensivos (16), não esteve feliz a lançar de longa distância (5/24 – 21%), bem como de dois pontos (12/37 – 32%). No entanto, Nuno Oliveira, MVP do jogo com 23 de valorização, registou 17 pontos, 7 ressaltos, 3 assistências e 2 roubos de bola, esteve a um nível aceitável. O mesmo sucedeu com Marko Loncovic (13 pontos e 9 ressaltos) embora ambos não tenham estado particularmente eficazes a lançar ao cesto.

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16 MAI 2015

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