Vitória em vantagem

O Vitória adiantou-se no playoff frente ao Lusitânia, sobretudo por aquilo que fez no início do derradeiro quarto do encontro.

Competições
3 MAI 2014

Apesar do resultado final (91-76) não o demonstrar, o conjunto vimaranense só nos últimos 10 minutos conseguiu confirmar o triunfo que o coloca na frente da eliminatória. A forma mais disciplinada e eficaz com que iniciou o 4º período, equilíbrio quase perfeito na procura da melhor solução ofensiva e lançamento de equipa, fez com que os vitorianos fugissem no marcador, numa fase em que sentia que o jogo se iria decidir.

O 1º período do encontro ficou marcado por muito equilíbrio e alternâncias no comando do marcador. Apesar de terem sido os açorianos, sempre por vantagens curtas, a comandarem o resultado durante largos minutos, o Vitória nos últimos dois minutos – um triplo de João Balseiro à entrada do último minuto foi decisivo (22-19) -, deu a volta ao marcador e terminou o quarto a vencer pela diferença mínima (22-21). O maior acerto nos lançamentos de longa distância (3/5) por parte dos vimaranenses colocava-nos na frente do resultado.Os insulares mantinham-se na discussão do jogo, e em pouco tempo davam a volta ao marcador. Com um parcial de 5-0 logo a abrir o 2º período, o Lusitânia colocava-se na frente do marcador (26-22). Novo triplo de Balseiro aproximava os vimaranenses, que depois de alguns minutos de equilíbrio, conseguiam fugir no marcador. Um parcial de 11-0, favorável à equipa da casa, que esteve bem neste período na tabela ofensiva, permitia aos comandados de Fernando Sá passar de uma desvantagem de 30-31, para uma liderança na casa das dezenas (41-31).Um desconto de tempo pedido por Nuno Barroso permitiu à equipa açoriana acalmar-se, bem como alterar a sua forma de jogar no ataque, dando primazia às finalizações perto do cesto ( os triplos não caiam) , com Zane Campbell a mostrar-se como sua principal referencia ofensiva e Sobrinho rapidíssimo nas situações de contra-ataque. Mas seria com um triplo da autoria de James Smith, já dentro do último minuto da 1ª parte, que o Lusitânia reduziria a diferença para apenas um ponto (44-45). Balseiro estava com a mão quente, e com novo triplo levava o jogo para intervalo com o resultado em 48-45 favorável ao Vitória.O 3º período foi muitíssimo disputado com ambas as equipas a recorrerem às trocas defensivas como forma de impedir o sucesso ofensivo adversário. A leitura dessas trocas nem sempre foi a melhor, com os dois conjuntos a abusarem do tiro de três pontos como solução. Correções feitas, e ambos os técnicos a perceberem que a eficácia de longa distância era reduzida e haveria que procurar outras soluções. O Lusitânia tentava explorar o jogo exterior, já o Vitória apostava nas penetrações em drible. Nesta luta muito igual, um lançamento de José Silva quase a terminar o período dava vantagem ao Vitória no final do período (62-61).O inicio do último quarto coincidiu com um dos melhores períodos do Vitória no encontro. Pedro Pinto mais sóbrio a marcar os ritmos do jogo, com a equipa a alternar bem as soluções interiores com o tiro de três pontos. Os cestos sucediam-se, e com três triplos já marcados a meio do período, os visitados fugiam para 75-66. O Lusitânia desuniu-se um pouco, James Smith nem sempre conseguiu tomar as melhores decisões, forçando mesmo algumas situações, fazendo com que os turnovers se sucedem-se na equipa da ilha Terceira. A eficácia dos açorianos nos triplos, alguns bem abertos e como resultado de boas ações ofensivas não era a melhor, o Vitória controlava bem a tabela defensiva, pelo que, sem surpresa a vantagem foi aumentando, e a 3.34 do final já era na casa das dezenas (81-68). Apesar de alguns triplos conseguidos pelos forasteiros na parte final do encontro, a liderança do Vitória não mais seria posta em causa. O resultado de 91-76 não revela a dificuldade que o Vitória sentiu para ultrapassar a equipa que viajou da ilha Terceira.O homem do jogo foi sem dúvida, João Balseiro (31 pontos, 5 ressaltos, 3 roubos de bola e 2 assistências), MVP do jogo com 32.5 de valorização, pelos pontos que marcou, bem como nas alturas em que os conseguiu. A subida de rendimento do base Pedro Pinto (14 pontos, 9 assistências, 2 ressaltos e 2 roubos de bola) durante o encontro permitiu que o Vitória conseguisse superiorizar-se neste encontro. Mais um bom jogo para José Silva (16 pontos, 5 ressaltos e 3 assistências) e Paulo Cunha (10 pontos, 8 ressaltos, 4 roubos de bola, 3 desarmes de lançamento e 2 assistências), apesar dos problemas com faltas as faltas deste último.O base da equipa açoriana James Smith (24 pontos, 6 assistências, 4 ressaltos e 2 roubos de bola) mostrou que tem qualidade e que pode fazer a diferença, se bem que não tenha estado muito bem no período em que o encontro se decidiu. O seu compatriota Zane Campbell (20 pontos, 4 ressaltos e 3 assistências) num estilo bem mais discreto, faz exemplarmente o seu trabalho, acabando por ser sempre um elemento muito útil á equipa.

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3 MAI 2014

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