Vitória faz sonhar

Um triunfo frente à Ucrânia é possível de acontecer, desde que a Seleção mantenha a mesma atitude defensiva, garanta a luta das tabelas, tenha uma boa presença no ressalto ofensivo, e volte a demonstrar a mesma maturidade para atacar qualquer sistema defensivo utilizado pelo adversário.

O inicio do jogo foi marcado pelo domínio repartido, mas foi Portugal a primeira equipa a fugir no resultado (17-9 e 19-12). Já durante o último minuto do 1º quarto, as belgas colocaram-se a dois pontos de distância, mas os segundos finais foram bastante favoráveis à formação nacional (23-17).

Só passados dois minutos do 2º período, Laura Ferreira fez novamente funcionar o marcador (25-22), numa altura em que Portugal já só vencia pela diferença mínima. Foram os únicos dois pontos de Portugal nos primeiros cinco minutos do quarto, se bem que a excelência da defesa de Portugal mantinha-a na frente do resultado (25-24). Na segunda metade do período, as defesas continuaram a superiorizar-se aos ataques, mas sempre com as comandadas de Eugénio Rodrigues no comando do jogo.

As duas equipas mostravam-se pouco certeiras da linha de três pontos, Portugal falhou seis consecutivos, Eugénio Rodrigues pediu, a 1.28 minutos do final da 1ª parte, novo desconto de tempo, quando Portugal liderava por 27-24. A equipa nacional chegou mesmo a estar em desvantagem no resultado (29-30), mas seria de três que Joana Soeiro fixaria o resultado em 30-29 no final do 1º tempo favorável a Portugal.

No recomeço da etapa complementar, o conjunto nacional voltou a revelar enormes dificuldades para somar pontos no ataque, e passados 5 minutos continuava em branco. Aproveitou a Bélgica para dar a volta ao marcador (34-30), mas um cesto de Laura Ferreira cortou o período negro da formação nacional. Dois pontos que deram o mote para nova cambalhota no comando do marcador, com Portugal a colocar-se de novo na frente (40-36), a pouco mais de 2 minutos do final do período. As belgas ainda assim conseguiriam empatar de novo a partida, mas mais um triplo, este da autoria de Joana Cortinhas, a 7 segundos do final do quarto, permitia que Portugal comandasse no derradeiro período (43-40).

Portugal não acusou a pressão de ter que vencer e soube lidar muito bem com esse facto, mostrando-se destemido e determinado em conseguir ganhar este encontro nos 10 minutos finais. Até ao 47-43, favorável a Portugal, o jogo esteve fechado, mas um parcial de 9-0, colocou as jovens portuguesas perto da desejada vitória (56-43). A Bélgica ainda reduziu para dez pontos, mas Laura Ferreira colocaria um ponto final nas aspirações das belgas com novo triplo a 1.15 minutos do final do encontro (59-46).

Nos instantes finais Portugal soube ultrapassar com facilidade a pressão das belgas, foi inteligente a jogar com o relógio, nunca abrandou a intensidade defensiva, não deu tiros abertos e garantiu a tabela defensiva.

Laura Ferreira terminou o encontro com um duplo-duplo (14 pontos e 12 ressaltos), num jogo em que Emília Ferreira (15 pontos e 5 ressaltos) foi a melhor marcadora de Portugal, e Josephine Filipe (14 pontos e 3 ressaltos) voltou a estar a bom nível.