Vitória moralizadora fruto de melhoria defensiva
Tínhamos esperança de que no 2º jogo de preparação com a Dinamarca, as coisas corressem melhor para as nossas cores.
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27 JUL 2011
A inclusão de Joana Jesus e Inês Pinto (não tinham alinhado no jogo de 2ª feira devido a compromissos escolares), transmitiu outra segurança defensiva e também maior agressividade atacante o que, aliado à melhoria defensiva e ao maior acerto nos lançamentos de 2 pontos, foram factores decisivos para a vitória lusa (65-62).
Para o colectivo de Kostourkova o êxito foi importante para moralizar a equipa, nunca esquecendo de que só com muito espírito de conquista e muita entreajuda será possível compensar alguns pontos fracos.As nossas representantes voltaram a entrar mal na partida com as dinamarquesas a ganharem alguma vantagem, mas gradualmente fomos conseguindo acertar as agulhas e no final dos 10 minutos iniciais já estávamos na frente (19-16). Ainda que cometendo poucos erros, o seleccionado luso não foi capaz de gerir a vantagem no 2º quarto (13-21), particularmente a partir do minuto15, quando a Dinamarca operou a reviravolta e chegou ao intervalo a ganhar por 5 (32-37).No 3º período (15-9) verificou-se uma melhoria defensiva significativa, com as pupilas de Kostourkova a conseguirem vários roubos de bola e jogando de uma forma colectiva (evidência para os passes decisivos de Jessica a descobrir Raquel Jamanca para concretizações fáceis, debaixo do cesto), Portugal ganhou confiança e passou para a frente (47-46) no final dos 30 minutos. A elevada percentagem de lançamento na área pintada, nomeadamente por banda de Raquel Jamanca e a boa prestação da jogadora interior montijense nas tabelas (foi a melhor ressaltadora do encontro) foram factores chave que levaram a equipa portuguesa ao triunfo, sem esquecer os poucos erros cometidos (11 turnovers contra 22 da Dinamarca). Depois de uma igualdade a 54 pontos no minuto 35, Portugal embalou com mais um duplo de Jamanca (56-54) e uma bomba de Catarina Neves (59-54), em cima da buzina. A partir daí as comandadas de Kostourkova souberam controlar a posse da bola, com alguma segurança, aumentando inclusive o pecúlio que chegou a 8 pontos. Um derradeira reacção adversária possibilitou o encurtar da diferença que se fixou nos 3 pontos finais (65-62), mercê de um triplo de Sarah Amalou, que acreditou mesmo em cima do último segundo.Resultado final: Portugal (Sub-18) 65-62 Dinamarca (Sub-18)Destaque na selecção portuguesa para a exibição de Raquel Jamanca, MVP do encontro (27,5 de valorização), ao contabilizar 17 pontos, 8/11 nos duplos, 9 ressaltos sendo 4 ofensivos, uma assistência, 1 roubo, 1 desarme de lançamento e 3 faltas provocadas. Foi bem acompanhada por Jessica Almeida (12 pontos, 5/7 nos duplos, 3 ressaltos, 6 assistências, 4 roubos e duas faltas provocadas, com 2/4 nos lances livres), Catarina Neves (13 pontos,1/2 nos triplos, uma assistência, 5 roubos e 5 faltas provocadas, com 2/2 nos lances livres), Inês Pinto (5 pontos, 4 ressaltos sendo 3 ofensivos, uma assistência, 2 roubos e uma falta provocada) e Nádia Fernandes (4 pontos, 4 ressaltos sendo metade ofensivos, duas assistências e uma falta provocada). A experiência de Joana Jesus foi evidente em algumas situações de jogo (3 assistências, 2 roubos e duas faltas provocadas) mas exagerou nos tiros do perímetro (1 triplo em 10 tentativas). Na congénere dinamarquesa a mais valiosa voltou a ser a base Anna Seilund (11 pontos, 5/5 nos lançamentos de campo com 1 triplo incluído, 6 ressaltos sendo 1 ofensivo, duas assistências e duas faltas provocadas), bem secundada por Maria Jespersen (8 pontos, 4 ressaltos sendo 1 ofensivo, duas assistências, 2 roubos e duas faltas provocadas, com 2/2 nos lances livres). O êxito das portuguesas assentou fundamentalmente no menor número de erros cometidos (11-22 turnovers), no maior número de roubos de bola (16-3), no maior colectivismo (14-6 assistências) e na maior eficácia nos tiros de 2 pontos (55%-46%). Por seu turno a Dinamarca ganhou as tabelas (32-36 ressaltos), mormente na defensiva (19-29) enquanto na tabela ofensiva o desempenho da nossas representantes foi excelente, conseguindo capturar 13 ressaltos contra apenas 7 das adversárias. As dinamarquesas foram mais certeiras no tiro exterior (13%-50%), com 4 triplos em 8 tentados, enquanto as atiradoras lusas foram demasiado perdulárias (apenas 3 em 24 tentativas) e além disso provocaram mais faltas (14-17), indo mais vezes para a linha de lance livre (16/22) contra precisamente metade da nossa equipa (8/11), o que deu por coincidência a mesma eficácia (73% para ambos).Ficha do jogoPortugal Sub-18 (65) – Catarina Neves (13), Jessica Almeida (12), Helga Gonçalves, Raquel Jamanca (17) e Vânia Sousa; Joana Jesus (9), Nádia Fernandes (4), Joana Canastra (2), Inês Pinto (5), Mafalda Barros (3) e Helena CostaDinamarca Sub-18 (62) – Anna Seilund (11), Ida Klussmann (2), Maria Jespersen (8), Marie-Louise Blyme (7) e Mathilde Fogelstrom (8); Emilie Klint (7), Ena Viso (6), Sarah Amalou (7), Elisabeth Brynaa, Cecilie Overgaard (6), Natascha Hartvich e Marian SheikhPor períodos: 19-16, 13-21, 15-9, 18-16Árbitros: José Gouveia e Paulo Pereira A comitiva dinamarquesa regressou hoje ao seu país, tendo manifestado o bom acolhimento que tiveram na sua curta estadia.