“Queremos estar entre as oito melhores equipas”

Pela primeira vez na sua história, Portugal levará duas seleções de basquetebol a competir nos Jogos Mundiais Universitários de verão, que decorrem em Chengdu, China, entre 26 de junho e 7 de julho.

A pouco menos de cinco meses do início da competição, a FADU – Federação Académica do Desporto Universitário – entrevistou responsáveis federativos sobre o momento histórico que o basquetebol universitário português vai experienciar.

“É uma competição com um nível muito elevado, em que estão atletas de seleção de topo e que faz desenvolver muito os nossos jogadores”, explicou Nuno Manaia, diretor técnico nacional. “A última participação foi extraordinária, sabemos que é um lugar difícil de alcançar, mas estamos muito empenhados”, antecipou.

Já com duas participações na competição, em Taipé (Taiwan) e Nápoles (Itália), o selecionador nacional do conjunto feminino, Ricardo Vasconcelos, não espera facilidades, mas aponta alto: “Queremos estar entre as oito melhores equipas e ter uma palavra a dizer. Chegando aí é que podemos perspectivar algo mais, até porque teremos um conhecimento mais realista da prova”, considera o técnico.

“Temos algumas seniores a dizer que gostavam de ter tido a oportunidade de ir a uns Jogos Mundiais Universitários na altura delas!”, confessou Inês Antunes, responsável da FPB, que acompanhou as seleções femininas enquanto team manager em Taipé e Nápoles, em entrevista à FADU.

A internacional portuguesa, Maianca Umbano, esteve presente nas edições de 2017 e 2019 e relembra as ocasiões: “Foram das melhores coisas que me aconteceram e dois dos pontos altos do meu percurso até aqui”, atestou a extremo que ajudou Portugal a conquistar a medalha de bronze em Nápoles. Já Miguel Minhava, antigo atleta da “equipa das quinas”, integrava a última seleção masculina a participar na competição: “É muito bom para o basquetebol que se levem duas equipas. Com as participações e os bons resultados, conseguimos demonstrar que temos pessoas de alta competição que também estudam acaba por ser estimulante”, conclui.