“Deixaram-nos com filosofias interessantes que podemos seguir”

Ricardo Vasconcelos fez o balanço do estágio no Japão

FPB | Seleções
18 JUN 2021

Entre os dias 5 e 15 de junho, a seleção nacional de seniores femininos estagiou em Yokohama, no Japão, tendo realizado três jogos-treino com a congénere nipónica.

Para Ricardo Vasconcelos, apesar dos resultados, o estágio foi marcante em diferentes aspetos: “A análise é obviamente positiva, estivemos em competição com uma equipa que está a trabalhar há mais de dois meses a preparar uma competição como os Jogos Olímpicos, estamos a falar de uma nação que está no top 10 do ranking mundial da FIBA”, afirma o técnico, que acrescenta que “a seleção fez minutos competitivos, criou bastantes dificuldades e jogou de igual para igual durante  muito tempo, a maior parte dos períodos foram todos muito equilibrados”.

Quanto ao que a formação senior pode retirar da congénere do Japão, o treinador acredita que o estágio foi uma aprendizagem. “Estamos a falar de uma nação que tem problemas comuns aos nossos, tem jogadoras que não são muito altas, tem que criar outras forças que não sejam o jogo de postes, e, portanto, deixa-nos sempre ideias interessantes de filosofias que podemos seguir. Eu acho que realmente temos muito a aprender com os japoneses no que toca ao basquetebol, desde os treinadores aos preparadores físicos”, conclui.

Márcia Robalo, jogadora do GDESSA, concorda que se tratou de uma experiência positiva: “Foram jogos realmente construtivos como equipa. Por vezes jogamos e não trazemos o que trouxemos do Japão. A dinâmica de jogar com uma equipa não europeia abriu-nos horizontes para percebermos o que podemos explorar e que vantagens trazer para o nosso jogo”, explica.

O estágio em Yokohama também fica marcado pela estreia de quatro atletas pela seleção principal: Carolina Bernardeco, Mariana Silva, Marta Martins e Simone Costa, que se mostraram orgulhosas com o feito.

Para Carolina Bernardeco, base do CAB Madeira,“foi uma experiência incrível, é sempre bom representar a seleção e foi bastante positivo. Senti-me muito honrada por poder ter esta oportunidade”.  Já Simone Costa, atleta dos Nottingham Wildcats, revela que: “Estava um pouco nervosa, mas acabei por contribuir para a equipa e para o desempenho da seleção. Era o meu objetivo e sinto que correu bem”.

Mariana Silva, MVP da final da Taça de Portugal, diz que:,“foi um momento de muito nervosismo porque é o ponto mais alto a que se pode chegar, de forma nacional, e obviamente que é uma grande responsabilidade voltar a representar Portugal passado um ano e meio”, um sentimento que a sua colega de equipa no SL Benfica, Marta Martins, partilha: “Foi incrível poder trabalhar com este grupo de atletas tão experientes, que contam com muitas participações internacionais, e descobrir a realidade do Japão”.

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18 JUN 2021

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