Está a chegar a hora do clássico!
Este sábado (15 horas, transmissão na RTP2), é dia de clássico entre eternos rivais e gigantes do nosso basquetebol, com o SL Benfica a receber o FC Porto! A “águia”, ainda invencível decorridas quatro jornadas, defronta um “dragão” que já averbou duas derrotas, mas que vem de um moralizador triunfo na Bulgária para as competições europeias.
Atletas | Competições | Juízes | Treinadores
2 NOV 2018
Num duelo espanhol, Arturo Álvarez, treinador dos “encarnados”, e Moncho López, timoneiro dos “azuis e brancos”, projetam o desafio da Luz!
Arturo Álvarez – SL Benfica
Numa conferência de imprensa de antevisão do clássico, Arturo Álvarez realçou a grandeza desta partida: “Espero um jogo muito bonito, disputado, num dos melhores jogos que se podem acompanhar em Portugal nesta temporada. É um jogo esperado por todos os amantes do basquetebol e espero que desfrutemos todos dele”, afirmou.
O técnico do país vizinho, que chegou esta temporada ao Benfica, não espera facilidades, apesar do arranque mais tremido do rival: “O Benfica tem quatro jogos e quatro vitórias e o FC Porto duas vitórias e duas derrotas, mas não significa nada. Nesta competição cada jogo é muito importante, é igual jogarmos com o FC Porto ou com o Vitória SC, é muito complicado ganhar e isso tem sido evidente. Esperamos o melhor FC Porto, e por isso estamos a trabalhar no sentido de estar preparados para qualquer situação que eles planeiem para este jogo. Queremos ganhar em frente aos nossos adeptos”, finalizou.
Moncho López – FC Porto
Como antevê mais um clássico frente ao SL Benfica? Que diferenças encontra deste SL Benfica para o da temporada passada, depois de tanta mudança?
Prevejo um jogo muito emotivo das duas partes, como acontece em todos os clássicos. Não consigo comparar este Benfica com o da época passada, primeiro porque a entrada de oito jogadores novos no plantel e a mudança de treinador obriga a pensar que necessariamente haverá muita diferença. E também porque só tive oportunidade de ver os dois jogos do Benfica contra o Sassari e o desequilíbrio lógico entre equipas de realidades tão diferentes não permite tirar muitas ilações.
O Benfica ainda se encontra invencível. Pensa que isso poderá pesar em termos motivacionais?
Não me parece. Temos uma equipa muito jovem, mas com experiência suficiente para compreender que no basquetebol, com apenas quatro jornadas disputadas, não é conclusivo ter mais ou menos vitórias. Se calhar, noutras modalidades pode ter mais relevância, mas também duvido.
Em que aspetos o FC Porto terá de ser mais forte?
A nossa maior preocupação é a recuperação física do esforço que significa um jogo no meio da semana com viagens de muitas horas e diferenças horárias significativas para alterar ciclos de sono, rotinas de alimentação, etc. Depois de termos jogado na Bulgária, esta quarta-feira, apenas com duas ou três horas para dormir, iniciámos viagem de camioneta às 2 horas da noite, desde Rilski a Sófia, para depois fazer duas viagens de avião e chegar ao Porto. Na sexta-feira, depois de um treino, iniciaremos viagem de autocarro a Lisboa, enquanto o Benfica tem sete dias para programar treinos e descansos. Nestas circunstâncias, obviamente haverá mais argumentos do lado adversário, e nós deveremos focar muito os aspetos básicos do jogo, como são o ressalto e a recuperação defensiva, tentando aprender e encontrar soluções para o venha a acontecer com o decorrer da partida.
Como avalia a Liga Placard desta temporada, por aquilo que já observou?
A chegada de mais jogadores internacionais tem vindo a acrescentar qualidade aos jogos. Em termos comparativos, com outros países, vemos que o nível da nossa arbitragem está no mesmo patamar de organização e competência do que outras ligas mais conceituadas.